Domingo, 27 de Abril de 2008

Nelson Camacho Hoje faz anos

                                      Nesta altura tinha oito dias.

Não era grande e ainda hoje não sou grande coisa.

Grande coisa como pessoa porque o resto até não é mau! Dizem....

Sou como sou e quem gosta gosta, quem não gosta não gosta e pronto!

Há quanto tempo foi, também não interessa nada.

Fiz de tudo na vida e estou pronto para mais. Pegando num dito da Ivone Silva

                      "com um fato preto, eu nunca me comprometo"  

Apeteceu-me dar uma prenda a mim mesmo e aqui estou com muitos beijinhos a vocês.

                 e um Xi

     Hoje é Domingo 27 de Abril de 2008 e estamos em plena Primavera.

 

     O dia é dedicado a S.Tertuliano e S.Pedro de Rates. A Lua encontra-se a sete dias da Lua Cheia entrando amanhã no Quarto Minguante.

 

     Segundo o Almanaque Borda-d’água, este dia pertence ao signo do Touro, sendo de natureza fria e seca e assim influi frialdade e secura, porém temperada. Os nativos de Touro são fortes, confiantes e estáveis; têm necessidade de amar e proteger; procuram um círculo de amigos restritos; bem-humorados mas teimosos reagem mal a novas ideias. As suas cores preferidas são o verde. O metal é o cobre. A pedra preciosa é a esmeralda. A planta é o eucalipto e as flores é o cravo.

 

     Tudo isto é o que diz o tal almanaque, no entanto, vou contradizer:

 

     Quanto ao ser frio e seco bem temperado: é uma questão da ocasião.

 

     O ser forte, confiante e estável; Está certo.

 

     Ter necessidade de amar; Nada mais certo. Sem amor a vida é uma merda.

 

     Quanto ao proteger os outros; Está sempre um ombro pronto a receber histórias de vida que não se contam a mais ninguém.

 

     Amigos restritos nada mais certo também; Mais vale poucos e bons que muitos e maus.

 

     Bem-humorado; A vida deve ser simples e sem complicações. Mais vale rir que chorar.

 

     O reagir mal a novas ideias; A experiência de vida leva-nos a ponderar bem nessas novas ideias. (ver para crer como S. Tomé é um principio).

 

     Quanto às cores; O vermelho é muito mais quente. Já o cobre é belo, embora o aço seja mais rijo. O eucalipto; O seu cheiro, dá uma certa paz na alma e o cravo, na época moderna significa a revolução de Abril que ainda está por se fazer.

 

     No signo do Touro, poderia enumerar algumas figuras predominantes a nível mundial nascidas sob este lapso de tempo, mas fico-me por algumas personalidades das artes portuguesas. Uns, fizeram e outros ainda fazem parte do meu ciclo de amigos profissional que são:

 

Fernando Pessa, Manuel de Almeida, Cármen Dolores, Milú, José Afonso, Canto e Castro, Fialho Gouveia, Artur Garcia, Octávio de Matos, Cláudia Cardinali, Roberto Carlos, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, Lili Caneças, Carlos Pinto Coelho, João Braga, Carlos Guilherme, Ana Maria Lucas, Alexandra, Carlos Quintas, Armando Gama, Rita Ribeiro, Maria João Abreu, Luís Esparteiro, Margarida Pinto Correia, Dulce Pontes, Inês de Medeiros, Pedro Lima, Barbara Guimarães e José Nuno Martins.

 

     Todos eles são ou foram Touros fortes, confiantes e estáveis e que nós admiramos de uma forma ou de outra.

 

     Nelson Camacho D’Magoito

 

Estou com uma pica dos diabos: e bem comigo mesmo
música que estou a ouvir: Hó tempo volta p'ra traz
publicado por nelson camacho às 00:52
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Sábado, 26 de Abril de 2008

Amanhã faço anos

     Mais um ano que vai passar, parece que foi ontem que tive a casa cheia de amigos sem esperar.

 

 

     No dia 27 de Abril de 2007, (faz amanhã um ano) eram nova da manhã quando o telefone tocou, era a minha amiga Glória a dar-me os parabéns e a perguntar-me o que iria fazer naquele dia, já que não lhe tinha dito nada sobre a data nos dias anteriores. De facto nada lhe tinha dito pois este seria um dia que queria passar com as minhas recordações, ou seja, só, somente só.

 

     Mas nem ao café vais tomar uma bica ou comprar o jornal? Perguntou ela.

     – Não, tenho tudo em casa que preciso e nem sequer me vou vestir, vou passar de pijama com as minhas recordações:

     - Olha, disse ela, pelo menos não passes o dia deitado e faz a cama, pois pode aparecer por ai alguém! Renovou os desejos de bom aniversário e desligou o telefone.

 

     Entretanto foram ligando algumas pessoas dando-me os parabéns, inclusive o meu filho que se desculpou não vir até mim, pois era um dia de semana e o trabalho não o deixava.

 

     Foi um receber de E-mails e telefonemas logo pela manhã que até me esqueci da recomendação da Glória para fazer a cama (fi-la na mesma, mas mais tarde, porque assim é meu habito depois de tomar o duche da praxe).

 

     Seria ai pela uma da tarde quando tocaram à porta. Desci as escadas e lá estava a Glória, o Alcino e a mãe. Vinham com tachos, panelas, embrulhos e mais sacos do supermercado.

 

     - Olha filho, tem paciência, mas hoje, além das tuas recordações, vais ter pelo menos mais vinte pessoas, portanto, vamos revolver-te e casa, trazemos a maior parte das coisas já feitas e quanto ao resto, nós vamos para a cozinha e fazemos.

 

     Por volta das dezoito horas, porque era dia de trabalhos, familiares e amigos do casal Bicho que também são meus amigos lá foram chegando e a festa foi grande.

 

     Da minha parte, ninguém! No entanto todos aqueles amigos que fazem o favor de me receberem nas suas casas como se da sua família fosse, estiveram presentes, sem nada lhes pedir, mostrando que ainda há solidariedade entre as pessoas e infelizmente mais entre os que nada nos são, que entre a família.

 

     Foi um ano diferente…       

 

     Mudaram as personagens a que estava habituado, porque estas também têm uma mentalidade diferente e aceitamo-nos todos conforme somos ou do que queremos da vida.

 

     Enfim não contava com a surpresa, na minha própria casa

 

     Embora tarde, ou seja um ano depois, quero agradecer mais uma vez à minha amiga Glória e seu marido Alcino terem-me proporcionado um dia tão feliz.

 

     Obrigado a todos os meus amigos que se lembraram do meu aniversário.

 

     Amanhã é mais um dia de aniversário, não sei como vai ser, sei que é Domingo e vou ficar mais velho, vamos ver se consigo ficar só com os meus fantasmas e recordações, gostava!

 

     Depois conto!

Entretanto, se quiserem enviar-me os parabéns fico grato.

 

Nelson Camacho D’Magoito

Estou com uma pica dos diabos: Feliz por estar vivo
música que estou a ouvir: Ternura dos quarenta
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Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

Cartaz Gay sob discórdia em França

 

             « Cartaz sobre amor gay

                 censurado em França

 

 

     Já tive a oportunidades em poste anterior de defender a imagem fotográfica sob o tema “Arte ou Pornografia”, tentando explicar qual a diferença entre arte e pornografia.

 

     Esta minha defesa vai no sentido de, escrevendo por vezes histórias eróticas e gostar de as acompanhar com algumas fotografias que considero eróticas mas nunca explicitas (estas guardo para um outro blog a sair brevemente) fazerem algum sentido ao texto a que se referem.

 

     O meu sentido estético sobre o nu não me admite publicar fotografia explicitas, nem a meu ver, possam ferir as susceptibilidades dos meu leitores, tendo sempre em mente que “O Canto do Nelson” é para todos e “Historias & Historietas Eróticas”, estas sim desaconselháveis a menores de dezoito anos.

 

     Toda esta conversa toda, vai no sentido de ter lido no “Expresso” uma informação sobre a polémica em França sobre um Cartaz contra a propagação do vírus da Sida, onde estão dois homens despidos e beijando-se.

 

     Ora bem, é aqui que eu entro.

     Para mim, está tudo mal:

     Primeiro, lamento que os senhores pensantes da campanha, tenham utilizado uma relação Gay para publicitar a prevenção do vírus da sida, quando está mais que provado mundialmente que a razão maior dessa propagação não são os Gays (homossexuais) nem tão pouco a sua origem, mas sim, na troca de seringas entre drogados e também heterossexuais. Essa ideia da origem do vírus da sida ser dos homossexuais, foi colocada pelos homofóbicos, pois não tiveram coragem de dizer que ele veio de Africa.

 

    Quanto aos senhores da (APPR) só lamento não olhares melhor para os quadros que têm nos seus museus e programas de TV que transmitem nos seus canais. Não quero dizer que a fotografia apresentada no cartaz seja arte, mas que não tem nada de sexo explícito, lá isso não tem. (até podia ser um salvamento de boca a boca). Imaginem dois irmãos já deitados cada um na sua cama e há um que ao beber uma Coca Cola, se engasga e começa por ter falta de ar. O irmão, não sabendo mais o que fazer, salta para cima dele e começa por fazer uma salvação de respiração boca-a-boca. (Bem, esta dava uma cena de qualquer filme).

 

Certamente estou a meter a colher em ceara alheia, mas como gosto de dizer coisas, esta, pelo menos, serve para juntar a minha voz à associação Act Up Paris.

 

Já agora, só para chatear os puritanos vou postar aqui uma fotografia da autoria deJ.Paulo Sousa (interior de casa abandonada) que foi considerada das mais belas de 2007.

 

 

-----------------------------------------------♂------------------------------------------------

 

                         Cartaz sobre amor gay censurado em França

 

A imagem de dois homens a beijarem-se, despidos e deitados, um por cima do outro, numa cama, está a suscitar polémica em França. Trata-se de um cartaz de uma campanha institucional contra a propagação do vírus da sida que acabou por receber o veto da Associação de Profissionais por uma Publicidade Responsável (APPR), por considerar a cena demasiada explícita.


A censura ao cartaz foi considerada absurda pela comunidade homossexual em França, tendo deflagrado uma guerra entre a associação e outras organizações dedicadas à luta contra a sida, tais como a Act Up Paris.


A Act Up Paris acusa a APPR de preconceito, afirmando que os critérios de censura da associação variam conforme os cartazes apresentem casais heterossexuais ou gays.


Segundo um porta-voz da Act Up Paris, "não se vê este tipo de medidas, contra cartazes semelhantes, quando os protagonistas são heterossexuais". Pelo que, a organização considera o veto uma afronta à comunidade gay.

 
Esta organização defende que a campanha continue a ser difundida tanto nos locais frequentados por homossexuais como nos meios de comunicação, e exige que o Instituto Nacional de Prevenção e Educação para a Saúde e o Ministério da Saúde francês condenem o veto da campanha por parte da APPR.

Grupos franceses de gays e lésbicas lamentaram a tendência da sociedade para questionar mensagens que tenham a ver directamente com temas como a homossexualidade ou o vírus da sida, por medo de ferir susceptibilidades.


Fonte: Expresso

In: http://Gayluso.com

 

Um abraço a todos os que me lêem e não tenham medo de comentar.

As ideias são para serem divulgadas, caso contrário nada se conquista.

 

Nelson Camacho D’Magoito

 

Estou com uma pica dos diabos: Livre
música que estou a ouvir: Liberdade, liberdade
publicado por nelson camacho às 23:54
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Sexta-feira, 11 de Abril de 2008

Intervalo da Telenovela Maria das Dores

Pronto! Acabou a primeira parte desta telenovela 

    

     Tivemos a grama-la desde 20 de Janeiro de 2007, data em que a protagonista “Maria das Dores” farta de tentar fazer tudo e mais alguma coisa para se apresentar no nosso Jet-Set, chegou à conclusão que não tendo valor social para tanto era impossível.

     Mas com algum dinheirinho o iria conseguir.

 

     Paga-se um jantar aqui, outro ali, cria-se uma festa de “croquete” onde se convidam algumas “tesas” e “tesos”mas que têm nome na sociedade, compra-se a entrada para uma festa no Casino, no Budha ou outro evento qualquer a um penetra especializado nestas coisas e lá se consegue penetrar nas festas do Jet-Set decadente da nossa praça.

     Depois, é só passarem várias vezes à frente de uma câmara de TV quando estão a entrevistar alguém ou andarem toda a noite a fazerem-se aos fotógrafos. Pois é, mas isso custa dinheiro e muito.

    São as roupinhas dos costureiros famosos a quem tem de se alugar os fatinhos, pois estes não são parvos e só emprestam mesmo, aos já famosos.

     Se forem a extremos até alugam uma limousine para entrar de estadão na festa.

     Há, também convém ir acompanhada por um bom rapagão, (não é preciso ser famoso, é necessário é que seja alto, magro, bem vestido e lhe saiba dar o braço) mas isso também custa dinheiro e alguns até levam bastante. (se for com cama é mais caro)

 

     Encontradas todas estas necessidades, sendo casada com um homem de largas posses, mas que não estava virado para aturar tanta catorreira, só havia duas soluções. Divorciava-se ou matava-o.

     O Divórcio era uma chatice, ficava mal na sociedade. Matá-lo, assim sem mais nem menos, também não dava jeito. Matar assim sem mais nem menos o pai dos filhos, o que é que lhes iria dizer? Bem, um ainda é puto e não iria entender estas coisas, o outro era mais fácil de convencer, andava da 5ª avenida de Nova York passeando os seus fatos de lantejoulas, imitando a amiga Tatiana Romanova dos seus tempos do Parque Eduardo VII e a gastar a guita que a mãezinha lhe ia dando.

 

     Como é uma pessoa pensante, pensou, pensou, e acabou por arquitectar um sistema em que o marido iria desta para a melhor sem a sua participação directa. Assim foi. Com artes, manhas e promessas de uma bela quantia, lá convenceu o pobre do seu motorista a arranjar um amigo para darem uma coça a sério, mas tinha de ser uma coça bem a sério para não voltar a dizer que não estava disposto a aturar as sua despesas mais as do progenitor.

 

     Assim foi. Naquele dia quando chegaram a casa o marido foi de elevador e ela com a desculpa que estava com claustrofobia, iria pela escada.

 

     - Isto parece uma história do cordel, mas não é! Já vão ver o final.

 

Quando o desgraçado entrou em casa, lá estavam o motorista e o carpinteiro com uma maceta das obras e um saco de plástico para enviarem o coitado para os anjinhos. E foi, o coitado!

 

Passaram dois anos com algumas peripécias pelo caminho. Todos viram esta novela, portanto não é preciso contar mais.

 

     Chegou finalmente a última parte da primeira parte da dita.

 

     Foram todos a julgamento, todos não, porque a dona, quis no último momento desta peça, ter um acto teatral, encenando o seu suicídio, encontrando-se na altura no Hospital Prisão de Caxias.

 

     Não lhe valeu de nada porque o Juiz, condenou-a a 23 anos de prisão, e aos seus comparsas

João Paulo Silva, 20 anos e a Paulo Horta 18 anos, considerados co-autores do homicídio qualificado.

 

     O pano fechou! É como quem diz: Fim da Primeira Parte.

 

     O advogado, vai recorrer, o filho, vai viver na maior com o Zezinho e como a esposa deste está lá longe e doente, pode ser que morra e os putos ficam felizes para sempre (Motta e Tatiana)

 

     Quanto à criminosa, como a nossa justiça está como está, lá vão andar de recurso e recurso e pode ser que qualquer dia a "Dona" apareça na TV com um programa "Como arranjar fortuna matando o marido".

 

Tenho Dito

 

   

     Nelson Camacho D’Magoito

 

música que estou a ouvir: O Espírito da Justiça
Estou com uma pica dos diabos: Feliz por estar vivo
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Terça-feira, 8 de Abril de 2008

Sou Lésbica, e depois?

Querida! Esta é a minha Opinião.

 

     Quero aqui dar os meus parabéns a Solange F. que saiu do armário.

 

     Só porque saiu do armário? Não! Porque sendo uma figura quase pública, vem em uma entrevista ao suplemento TV do Correio da Manhã nº. 10 535, assumir-se como lésbica e dizer que gostava de fazer um “talk Show gay”.

 

     Teve necessidade de tomar essa atitude, tudo bem, cada um procura o imediatismo conforme pode, quer ou deixam.

 

     Sinceramente nunca vi o programa “Curto Circuito” nem tão pouco qualquer trabalho seu no teatro, rádio ou TV, portanto não vou dar aqui a minha opinião sobre a sua parte profissional. Entretanto, vou tentar ver alguns trabalhos e depois sim, falarei sobre o seu profissionalismo.

 

     Segundo consta Solange é actriz e apresentadora do “Curto Circuito”, nasceu em Lisboa, a 28 de Dezembro de 1976. Estuda Psicologia Clínica e tem um curso superior de Actor.(creio que não foi tirado no Conservatório Nacional) Segundo consta na tal entrevista, aos 20 anos e pela mão de Luís Miguel Sintra, estreou-se como actriz na Cornucópia. (fiquei a conhecer).

 

     Diz ainda esta menina na tal entrevista que gosta de fazer o “talk show” “Curto Circuito” na SIC por ser um programa de entrevistas com pessoas de várias áreas e conceitos de vida, pelo que vai aprendendo mais. Por vezes até tem mudado de opinião sobre vários conceitos que tinha sobre temas controversos. Diz também que gostava de mudar um pouco o estilo de programa até se possível, fazer um “Talk Show gay”.

 

     É aqui que entra a minha opinião:

 

Mas que é que esta menina percebe de homossexualidade para fazer um programa de televisão sobre o tema?

 

     O querer imitar um dos programas que são transmitidos no Pink TV (um canal francês dedicado à homossexualidade), é uma coisa, o ser lésbica é outra coisa e sabe porquê, menina?

É que quando você diz na tal entrevista que (os gays gostam de determinados tipos de roupa, marcas, músicas e literatura), você está a confundir bichas com gays e o seu colega José Castelo Branco não é exemplo.

 

     Quando você diz que assumiu a sua sexualidade com o intuito de ajudar as pessoas ou fazer ver as pessoas de uma forma diferente, minha amiga a sua cabecinha não regula lá muito bem.

 

     As pessoas não devem ser rotuladas pelas suas opções sexuais.

     Qualquer dia passava-mos a chamar o Sr. Gay fulano de tal, como chamamos o Sr. Engenheiro ou Sr. Doutor. A si, passaríamos a chamar D. Lésbica Solange.

 

Dr.ª Lésbica Solange F., como diz o Herman José: Não há nexexidade dissooo.

 

     Você saiu do armário, tudo bem, o problema é seu, se acha que assim é mais feliz. Quanto a mim, esta sua atitude foi para arranjar protagonismo sem trabalho.

 

     Mas como você própria diz: - Deixem lá os miúdos em paz.

 

Nelson Camacho D’Magoito

música que estou a ouvir: Ralho sempre com razão
Estou com uma pica dos diabos: Farto de dar recados a bichas
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Quarta-feira, 2 de Abril de 2008

QUE FAZER CONTIGO?

                        Experiência de Vida

 

     Quando deparamos com bons textos que parecem desabafos de almas, ficamos por ali e perdemos uma horas a ler todos os seus artigos. Às vezes levamos horas, mas como encontramos almas gémeas o tempo não conta. Por vezes, encontramos por acaso, outras porque o blogista fez um comentário a algo que nós escrevemos também e lá vamos nós ver quem é o “tipo” ou a “tipa”.

     Desta feita fui encontrar um tal “B” que escreve coisas sobre o seu lado bom.

     Gostei tanto sobre o seu último artigo “ O Que Fazer…”.

     Depois de lhe ter feito um comentário à minha maneira vou tentar dar-lhe a resposta mais em pormenor, dissertando sobre o tema em questão.

     Desde já peço desculpa pelo abuso mas é com boa intenção.

 

O Meu Jardim Secreto

 

     Já não vou ter tempo de arrancar de dentro do meu “Jardim Secreto” as minhas fantasias, os meus desejos, ou os meus sonhos. Sonhos que me acompanharam toda uma vida vivida entre dois mundos embora disparos para a sociedade, eles se encontravam entre si como uma linha recta à volta do planeta.

     Não estou a falar só de sexo, como o fazia ou como o desejava faze-lo, mas sim, também, na convivência entre mim e a outra pessoa.

     Quando nos casamos, prometemos que a nossa vida prosseguiria como dois seres amantes sem tabus, sem desencontros, com honestidade e compreensão mútua. Na prelecção ante nupcial o Padre disse-nos que seríamos felizes para sempre, se aceitasse-mos o compromisso de duas mãos agarradas como uma só, pois a partir do momento da bênção papal nos transformaríamos numa só pessoa.

 

     Ele tinha razão, hoje consegui ser feliz à minha maneira porque juntei duas mãos que se transformaram numa só. Só que essas mãos são as minhas e mais mãos de alguém podem interferir na minha felicidades.

 

     Ao mesmo tempo é um pouco triste, passamos os dias sozinhos sem afectos diários, mas encontramos essa lacuna entre amigos, uns já velhos, outros de ocasião e se encontrarmos a pessoa certa, uma ou duas noites de sexo por semana, vale por todos os restantes dias.

 

     Não temos mais a preocupação das compras, do arrumo da casa, das refeições do quem vai à casa de banho primeiro, do fazer a cama, do deixar o jantar já amanhado para quando voltarmos do trabalho e ao Domingo, vamos onde queremos, levantamo-nos à hora que queremos, comemos o que bem nos apetece, não estando sempre preocupados com a outra pessoa. Quando acordamos não encontramos alguém que não é a mesma com quem nos deitámos, pois está toda desgrenhada. Todos nós sabemos que o acto de acordar não é nada agradável. Não temos de comer todos os dias “bacalhau com batatas”.

 

     As nossas fantasias eróticas são mais fáceis de concretizar porque há sempre a beleza da procura e cada encontro é outro encontro é uma aventura nova com quem vamos explorar os sonhos escondidos lá num canto do nosso “Jardim Secreto”. Não temos de fazer de contas, não temos de estar sempre prontos para a “brincadeira”.

 

     Para a mulher é sempre mais fácil, se não quer, diz que está mal disposta, lhe dói a cabeça e o homem está lixado, mas se ela entender que quer mesmo, e se somos nós que não estamos para ali virados, e não conseguimos por o pau em pé, já somos mal tratados e só sabem dizer:

     -Pois é! Anda por aí namorico na costa.

     -Quem é a gaja?

     -É uma colega tua não?

     -Ou alguma puta que engatas-te agora?

     -Pois, cansaste lá fora e depois em casa é o que se vê.

     -Olha! Qualquer dia também arranjo um amante e depois quero ver como é.

 

     Ela esquecesse que para nos dar prazer, basta abrir as pernas e fingir, enquanto nós não podemos fingir. Com o pau não se brinca.

 

     A tal compreensão necessária também não existe pois todos nós queiramos ou não, sexualmente o que queremos é virmo-nos quando e como nos dá na real gana e nem todas estão predestinadas a isso.

    

     Por mais incrível que pareça a relação sexual entre dois homens corre melhor, ninguém tem que fingir nada, normalmente ambos os paus se levantam, não há desculpas nem fingimentos além disso, há um milhar de satisfações que se podem fazer. Normalmente quando a vida sexual entre eles começa a não ser satisfatória é porque alguém está a interferir nessa relação e o seu términos é mais prático e consensual.

 

     Tudo isto é tão verdade que cada vez há mais homens casados á procurar outros homens. Não é por acaso que nalguns casos, para partir para uma relação sexual mais proveitosa se divorciam. Nesses casos, alguns até arranjam uma amiga, (somente amiga) para o faz de contas que a sociedade obriga.

 

     Em qualquer dos casos, o contar ao outro as suas frustrações, nem sempre é o melhor caminho. Nunca sabemos se o amor é recíproco. Conversar calmamente sobre o assunto por vezes dá resultado, mas o trabalho, a falta de tempo, o cansaço da vida, o vai e vem das rotinas diárias, a televisão que colocam na casa de jantar e a ligam enquanto comem. Às vezes nem comem ao mesmo tempo e não há espaço para o diálogo, quando chegam à cama se for ela, ou tem dores da cabeça ou entra no fingimento, acto que a mulher é perita.

     Se for um casal gay há mais temas de conversa, é o futebol, é o cinema, é o surf, são os carros, são uma infinidade de temas para dialogar e se a coisa começa a esfriar é porque há molho na costa porque ali não há direito a fingimentos.

 

     Há quem diga que com o tempo tudo passa, passa mas é uma ova, actualmente e o que é mais normal entre um casal heterossexual é, se a mulher ganhar mais que o homem ou se este tem uma situação de desemprego, já não há volta a dar, nem os filhos conseguem segurar o barco.

 

     A chama do amor tem que ser permanentemente ateada com brasas e com namoro permanente o que é difícil e pobres daqueles que amam sem serem amados. Sonhar é fácil, dizer-se que o com o tempo a coisa vai, também é fácil. A minha avó dizia “quem está no Convento é que sabe o lá vai dentro”

 

     Para sermos totalmente felizes (e quem o é?) é mantermo-nos dentro do nosso “Jardim Proibido”, com algumas escapadelas quando mesmo necessárias, porque essa história do diálogo ou alma gémea são coisas de literatura e já do passado. Como diz o Poeta “O Sonho Comanda a Vida” e sonhar é fácil é preciso é ter calma que com calma a coisa se ajeita.

 

     Na vida, cada um tem o que merece e o que merecemos é o resultado do que fazemos dela.

 

     Não há Santos nem mesinhas, cartomantes, tarólogas, bruxos ou videntes que nos salvem, o destino somos nós que o construímos. A verdade tem de ser dita, aguentar uma união permanentemente como muitos dizem, á espera do que possa vir ou por causa da sociedade, temos maus exemplos por esse mundo fora para não os seguir. Nem tudo o que parece é e a felicidade somos nós que a construímos, no entanto é preciso pegar os touros pelos cornos, mesmo que não estejam embolados.

 

     Se não querem estragar duas casas com uma união, antes de o fazerem façam todas as experiências. Tirem do baú do “Jardim Secreto” todos os sonhos e fantasias, experimentem-nas e então sim, dêm o passo da ligação com outra pessoa, mulher ou homem. Estejam-se nas tintas para a sociedade porque acima de tudo está a vossa felicidade, esta constrói-se e a vida é tão curta que não a podemos perder.

       

     Falou a experiência, estou só (às vezes) e sou feliz.

 

     Vocês sejam felizes também. Não se poderem, mas façam por isso.

 

     Disse! Está dito e não digo mais.

 

     Nelson Camacho D’Magoito

Estou com uma pica dos diabos: Feliz pela minha opinião
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publicado por nelson camacho às 17:44
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.Art. 13, n.º 2 da Constituição

Ninguém pode ser privilegiado, benificiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
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