Eu queria encontrar o Pai Natal.
Eu queria tranquilidade.
Eu queria ter alguém a meu lado que para além de me fazer um “cafuné”, me desse a tranquilidade de companheirismo.
Eu queria namorar em casa e não num café ou em qualquer um jantar.
Porque cada um tem direito a fazer a sua vida privada eu não queria que o pai natal fosse só meu. Não uma repartição de afetos pois entendo que cada “macaco no seu galho” mas o tal companheirismo, embora esporádico.
Eu não queria chegar a casa à noite e ficar no sofá frente à televisão aceitando entrar-me ecrã dentro o que eles querem (tenho direito a escolhas)
Ainda sou dos que aceitam a partida a meio da noite.
Um dia ou uma noite por outra, eu queria dormir juntinho e transar sem stresse
Eu queria falar de bobagem e contar umas anedotas picantes.
Eu queria fazer programas de casal com idas ao teatro, ao cinema ou a uma exposição.
Eu queria beijar uma boca sedenta eu queria sentir o cheiro do banho recém-tomado e com as velas acesas no quarto brincar por baixo do edredom.
Eu queria dormir de conchinha olhar no olho e nos entendermos.
Nas férias, percorrer em corrida os corredores de um hotel direitos a piscina.
Eu queria receber momentos românticos.
Eu queria momentos memoráveis e confiar cegamente naqueles olhos brilhantes.
Eu não queria, já o disse: “eu amo-te” com sinceridade.
Afinal de contas quem precisa de paixão? O que nós precisamos é de amor verdadeiro e incondicional.
No final de contas já tinha encontrado o Pai Natal só que não é só meu.
Também não queria.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação” (302)
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
2016 (ao abrigo do código do direito de autor)
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