IV Capítulo
Afinal o que se tinha passado naquela noite e o que tinha visto a Josefa?
O grande segredo
Tinham chegado todos bem a casa. Foi mostrada a quem não a conhecia e os quartos distribuídos. Ainda fizeram uns petiscos. Até que o relógio do Salão bateu a meia-noite e cada um foi para os quartos já estipulados.
O quarto destinado ao Carlos foi a suite do João (filho do dono da casa) pois os chamados de hóspedes já tinham sido distribuídos pelos outros visitantes e não havia outro disponível.
Era um quarto tipo suite, grande com wc e chuveiro independente mas só tinha uma cama embora grande.
O Albuquerque quando indicou a suite do filho ao Carlos pediu desculpa por ser aquele mas como eram dois rapazes não há haveria problemas.
- Não tem importância!.. Não lhe vou comer o filho… - Brincou o Carlos.
Os três deram uma gargalhada e o dono da casa saiu e fechou a porta.
- Ó pá! Desculpa lá mas não consigo deitar-me, sem tomar um duche.
Disse o João ao mesmo tempo que se ia despindo ficando todo nu e encaminhando-se para o duche fechando a porta que era de vidro translúcido vendo-se as suas formas físicas as quais o Carlos ficou admirando com o corpo do amigo.
Através do vidro reparou ter um corpo bastante delineado bíceps salientes e braços musculados, Certamente resultados de ginásio contrariamente ao seu que era normal sem grandes saliências musculares devido a ter vindo do Alentejo de onde não tinha tido quaisquer desporto que lhe transformasse o corpo.
Acabado o duche João saiu com uma toalha em volta da cintura e encaminhou-se para a cama. À borda dela deixou cair a toalha e ficando completamente nu meteu-se na cama.
Carlos, talvez para não ficar mal visto que já estava somente de shorts dirigiu-se ao duche e também se foi banha. Quando saiu trazia também uma toalha a envolvê-lo mas dirigiu-se à sua mala e tirou uns calções de noite que vestiu e se meteu na cama.
Aquela noite para o Carlos estava a ser um martírio. Nunca tinha dormido com um gajo e o corpo do amigo não lhe saia da cabeça. Aquele corpo delineado pelas formas perfeitas o os bíceps em escada o rabo saliente e aquele membro embora flácido dava a ideia de ser na seu estado de alerta um pouco maior que o seu. Não sabia bem porquê mas o seu cada vez que se movimentava na cama roçava sua cabecita nos calções e ia-se levantando. O amigo dormia virado com as costas para ele que num movimento a dormir ou talvez não, movimentou-se mais um pouco e retirou os lençóis de cima de si, ficando com as costas e o cu a descoberto.
Agora sim! Seu pénis deu um salto com aquela imagem e a sua cabecita luzidia e toda escarapulada apareceu de fora pela braguilha dos calções. Ficou aflito. Mas que é isto? Pensava! Queria agarra-se àquele corpo mas a sua mente dizia-lhe que era um disparate o que lhe estava a acontecer. Até parecia aquele anúncio dos dois diabinhos no ombro, um dizendo sim e o outro dizendo não.
Deu voltas e mais voltas na cama umas vezes tentando encostar-se àquele corpo que chamava por si e outras vezes afastando-se cada vez mais, até que acendeu um cigarro para acalmar.
Tentou meter o pirilau novamente no seu lugar, mas ele não queria. Insistia ficar de fora e já se ia babando. Aquilo era demais e pior ainda quando o corpo do amigo se movimentou e se encostou mais a ele.
Porra! Agora era mesmo demais. O calor daquele corpo que sem saber porquê lhe transmitia mais calor e desejo de o agarrar, levantou-se no momentos em que o amigo com outro movimento mais brusco os lençóis afastaram-se na totalidade ficando todo descoberto e de papo para o ar com a verga gigante e toda de pé como pau de bandeira.
Agora era mesmo demais. Das duas uma ou se atirava para aquele pau fazendo da sua mão a bandeira que faltava naquele pau ou pirava-se dali para fora. Optou pela segunda hipótese, e saiu do quarto direito à cozinha para beber um copo de água gelado.
Quando saiu do quarto e porque a casa não era sua não encontrou o interruptor e lá foi às apalpadelas escada a baixo direito à cozinha de onde se vislumbrava uma ténue luz que certamente viria pela janela que condizia com a churrasqueira.
Junto à ombreira da porta procurou o interruptor mas não encontrou mas lá no fundo no meio da penumbra e recortados pela luz que vinha do exterior viu dois corpos que se entrelaçavam como dois fantasmas.
Abriu bem os olhos. Ainda os esfregou comforça....
Não queria acreditar no que se lhe deparava em sua frente.
Se tivesse ali um buraco cairia dentro dele desamparado.
Aqueles corpos desnudos que se envolviam em beijos ardentes nem deram pela entrada daquele estranho. Naquela cena de amor ardente continuaram como nada se passasse.
Não!.. Não eram fantasmas. Era seu pai e o seu patrão que se estavam envolvendo como nada mais existisse em seu redor.
Como não havia nenhum buraco onde se meter e até ali não tinha feito qualquer barulho saiu de mansinho tal como entrou. O pau que até ali se encontrava levantado à espera do tal copo de água ou da porta do frigorífico para acalmar, nada disso foi possível, murchou completamente.
O interior da casa continuava escura como breu e às apalpadelas lá voltou escada a cima direito ao quarto. Tremia como varas verdes com aquela descoberta. Olhou para a cama onde ainda estava João como Deus o deitou ao mundo recortado por um raio de luz que entrava pela janela e de rabo para cima.
Tremeu ainda mais e meteu-se no duche. Sentou-se no chão e os seus neurónios começaram a fervilhar com as descobertas daquela noite.
Primeiro o desejo de se agarrar ao João logo quando este horas antes se tinha plantado todo nu na sua frente, depois quando sentiu o calor do seu corpo junto ao seu na cama onde tentou dormir sem resultados e finalmente quando encontrou o pai e o seu patrão envolvidos numa cena de amor.
O que se estava a passar naquela família?
O seu desejo incontrolável pelo corpo do amigo, coisa que jamais pensaria desejar e depois o impensável ao descobrir que seu pai era gay. Seria genético? E o Albuquerque seu patrão, homem digno da sua forma de ser homem, envolvido naquele acto!...
Naqueles seus pensamentos veio-lhe à mente o seu pai pessoa que jamais o julgaria também numa envolvência de homossexualidade. Seria por isso que ele gostava de sair à noite com ele para beber copos em bares de malta nova?
Quando ele saia só em algumas noites, onde iria? O que iria fazer? E sua mãe nunca tinha descoberto as suas tendências? Ou era um terrível segredo que guardava só para si?
O que se estava a passar na realidade? Sem se levantar elevou o braço até à torneira a abriu-a saindo um caudal de água fria sobre si mesmo o que deu azo a um pequeno grito que o fez levantar-se ocasionando um certo barulho que fez com que o João acorda-se, acendesse a luz e se deparasse com aquela cena às tantas da noite o amigo a tomar duche.
- Ó pá! O que se passa contigo? Estavas com calor? Ou é hábito tomar banho durante a noite?
Carlos perante a situação não sabia o que dizer e saiu todo encharcado ainda com aos calções de noite vestidos pingando por todos os lados e diga-se de passagem numa figura bastante caricata.
- Pelo menos tira os calções e enrola-te numa toalha. – Disse o João perante tal figura. – Porque não te vens deitar? Estás mal disposto?
Carlos limpou-se e foi deitar-se junto ao amigo mas soluçando.
João notando que algo de estranho se estava a passar com o amigo, chegou-se a ele colocou-o de conchinha e abraçou-o afagando-o com algum carinho segredando-lhe ao ouvido – Que se está a passar contigo?
Carlos deixou de soluçar e perante tal aconchego fez mais pressão com as suas costas na frente do amigo ficando o pau deste roçando a entrada do seu ânus.
Ambos se começaram a movimentar até uma das mãos do João desceu até ao pénis do amigo começando lentamente a manuseá-lo e ambos os pirilaus se começaram a transformar em paus rijos e hirtos.
Mais uns movimentos, acompanhados por mordidelas num dos lóbulos do Carlos de tal forma que a porta de entrada para o pirilau do João se foi abrindo e a pouco e pouco muito lentamente a cabecita entrou como a pedir licença.
Carlos movimentou-se fazendo pressão para que o resto daquele pirilau que já era um mangalho começasse a entrar. A partir daquele momento todos os movimentos foram mais rápidos. Um penetrava o outro em movimentos de vai e vem constantes ao mesmo tempo que punhetava o outro que se deixava ir na onda do que estava a acontecer até ambos se virem abundantemente e passarem ao descanso do guerreiro.
O que se tinha passado naquela noite e naquela casa seria O Grande segredo não fora o desplante da Josefa em vez de bater à porta dos rapazes abri-la escancaradamente e dar com aquele espectáculo.
Durante aquele fim-de-semana ouve olhares indiscretos entre os homens. A Josefa esteve mais agarrada ao Pedro fazendo promessas de amor as mulheres lá se entretiveram nos afazeres domésticos. As duas noites seguintes ficam para a vossa imaginação assim como o resto da história que aqui não tenho espaço para contar o resto e também isto não é uma telenovela.
FIM
Para o meu último conto deste ano espero que tenham gostado e comentem sem medos. Por exemplo e se descobrissem que o vosso pai ou filho eram gays. E se fosse mulher o que fariam se descobrissem que o vosso marido ou namorado era gay?
BOAS FESTAS E UM MELHOR ANO DE 2014 QUE SE AVIZINHA
Deixo para vocês Frank Sinatra em "Have Yourself a Merry Little Christmas
As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
© Nelson Camacho
2013 (ao abrigo do código do direito de autor)
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