Pronto! Acabou a primeira parte desta telenovela
Tivemos a grama-la desde 20 de Janeiro de 2007, data em que a protagonista “Maria das Dores” farta de tentar fazer tudo e mais alguma coisa para se apresentar no nosso Jet-Set, chegou à conclusão que não tendo valor social para tanto era impossível.
Mas com algum dinheirinho o iria conseguir.
Paga-se um jantar aqui, outro ali, cria-se uma festa de “croquete” onde se convidam algumas “tesas” e “tesos”mas que têm nome na sociedade, compra-se a entrada para uma festa no Casino, no Budha ou outro evento qualquer a um penetra especializado nestas coisas e lá se consegue penetrar nas festas do Jet-Set decadente da nossa praça.
Depois, é só passarem várias vezes à frente de uma câmara de TV quando estão a entrevistar alguém ou andarem toda a noite a fazerem-se aos fotógrafos. Pois é, mas isso custa dinheiro e muito.
São as roupinhas dos costureiros famosos a quem tem de se alugar os fatinhos, pois estes não são parvos e só emprestam mesmo, aos já famosos.
Se forem a extremos até alugam uma limousine para entrar de estadão na festa.
Há, também convém ir acompanhada por um bom rapagão, (não é preciso ser famoso, é necessário é que seja alto, magro, bem vestido e lhe saiba dar o braço) mas isso também custa dinheiro e alguns até levam bastante. (se for com cama é mais caro)
Encontradas todas estas necessidades, sendo casada com um homem de largas posses, mas que não estava virado para aturar tanta catorreira, só havia duas soluções. Divorciava-se ou matava-o.
O Divórcio era uma chatice, ficava mal na sociedade. Matá-lo, assim sem mais nem menos, também não dava jeito. Matar assim sem mais nem menos o pai dos filhos, o que é que lhes iria dizer? Bem, um ainda é puto e não iria entender estas coisas, o outro era mais fácil de convencer, andava da 5ª avenida de Nova York passeando os seus fatos de lantejoulas, imitando a amiga Tatiana Romanova dos seus tempos do Parque Eduardo VII e a gastar a guita que a mãezinha lhe ia dando.
Como é uma pessoa pensante, pensou, pensou, e acabou por arquitectar um sistema em que o marido iria desta para a melhor sem a sua participação directa. Assim foi. Com artes, manhas e promessas de uma bela quantia, lá convenceu o pobre do seu motorista a arranjar um amigo para darem uma coça a sério, mas tinha de ser uma coça bem a sério para não voltar a dizer que não estava disposto a aturar as sua despesas mais as do progenitor.
Assim foi. Naquele dia quando chegaram a casa o marido foi de elevador e ela com a desculpa que estava com claustrofobia, iria pela escada.
- Isto parece uma história do cordel, mas não é! Já vão ver o final.
Quando o desgraçado entrou em casa, lá estavam o motorista e o carpinteiro com uma maceta das obras e um saco de plástico para enviarem o coitado para os anjinhos. E foi, o coitado!
Passaram dois anos com algumas peripécias pelo caminho. Todos viram esta novela, portanto não é preciso contar mais.
Chegou finalmente a última parte da primeira parte da dita.
Foram todos a julgamento, todos não, porque a dona, quis no último momento desta peça, ter um acto teatral, encenando o seu suicídio, encontrando-se na altura no Hospital Prisão de Caxias.
Não lhe valeu de nada porque o Juiz, condenou-a a 23 anos de prisão, e aos seus comparsas
João Paulo Silva, 20 anos e a Paulo Horta 18 anos, considerados co-autores do homicídio qualificado.
O pano fechou! É como quem diz: Fim da Primeira Parte.
O advogado, vai recorrer, o filho, vai viver na maior com o Zezinho e como a esposa deste está lá longe e doente, pode ser que morra e os putos ficam felizes para sempre (Motta e Tatiana)
Quanto à criminosa, como a nossa justiça está como está, lá vão andar de recurso e recurso e pode ser que qualquer dia a "Dona" apareça na TV com um programa "Como arranjar fortuna matando o marido".
Tenho Dito
Nelson Camacho D’Magoito
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