Um dia como tantos outros, mas diferente!
Hoje fui até à praia e para não percorrer a caminhada dos fins-de-semana, deitei-me numa toalha nova grande, tem um golfinho como estampa e grande, grande que dá para dois (nesta altura não sei quem se irá deitar nela também, mas o mundo é grande e há por aí muita gente sedenta de amor).
Estive durante um pouco a trabalhar para o bronze, ao mesmo tempo que ia mirando as gentes que aparentemente são felizes (nem tudo o que luz é ouro) mas enfim... Pelo menos fui alegrando a vista e sentei-me!
Sentado na areia da praia
deixo correr entre os dedos
os grãos molhados
d'uma mão cheia
Pouco a pouco nada resta.
Tento de novo.
Tento reter alguns!
Os maiores,
Os mais brilhantes
de descuido em descuido
fico sem nada.
Talvez não seja eu
que não sei reter a areia,
Talvez ela não goste de mim...
Como não consegui reter aqueles grãos de areia, deitei-me novamente e adormeci com os anjos.....
Já eram sete horas quando acordei! Já pouca gente havia na praia pois o tempo tinha piorado e embora o Sol lá estivesse as nuvens cobriam-no.
Levantei-me, fechei o chapéu-de-sol, enrolei a toalha e fui até ao meu ninho.
Tomei um duche, comi uma bucha, fui até ao computador e acendi um cigarro à espera de uma ideia qualquer para as minhas escritas de ocasião ou continuar o meu livro.
A certa altura, tive de acender as luzes pois a noite já tinha chegado e em termos de escrita nada saia…
Lá fora
o vento lamentava-se,
numa tristeza tão dorida
num pranto eterno,
talvez lamente a fome
o frio
que arrasta consigo
a solidão
o negro passado dos dias iguais
o futuro cinzento
o Sol pálido.
É bom ouvir chorar o vento,
é meu irmão ao passar.
Nelson Camacho D'Magoito
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