Segredos que ficam para toda a vida
Você está numa festa e aceita uma bebida de um estranho e de repente fica tudo escuro, você acorda em um lugar totalmente diferente, pensa em ligar pra alguém e... epa! Onde está o telemóvel? E a carteira? Então percebe que foi vítima de um golpe: o Boa Noite Cinderela.
“Boa noite Cinderela” é um Koktail de drogas, entre as quais: Lorax, Rohypnol, Lexotam, GHB (ácido gama-hidroxibutírico) e Ketamina (Special K). Elas são encontradas normalmente na forma de compridos ou líquidos.
Essas drogas agem directamente no sistema nervoso central, podendo provocar amnésia durante a intoxicação. A pessoa perde a consciência de seus actos, a capacidade de discernimento, apresenta dificuldade de resistir a ameaças, e sujeita-se a ordens de estranhos, entre outros.
Devido aos efeitos apresentados, essas substâncias são muito utilizadas por assaltantes e agressores que dopam a vítima a fim de assaltá-la ou abusar sexualmente, sendo portanto, denominadas também de “rape drugs” (drogas de estupro).
Há inúmeros casos de pessoas que sofreram o “Golpe Boa Noite Cinderela”. Este golpe é frequentemente aplicado em boates, mas também pode ocorrer em restaurantes. O meliante finge estar ingerindo determinada bebida, contendo substância entorpecente, e oferece à vítima, que, após ingerir o líquido contrafeito, fica a mercê do bandido.
O bandido que se utiliza dessas drogas para aplicar o golpe, muitas vezes é bastante apresentável, o que faz com que fique difícil duvidar de suas intenções.
Já por aqui tenho alertado para determinados perigos que se avizinham a quando da entrada novamente na escola, não sou psicólogo mas tenho uma grande experiencia de vida que me dá esse direito.
Quem lê normalmente as minhas histórias e contos sabe que elas embora ficcionadas são com base na realidade de tal forma que muitos leitores se revêem nelas.
Há histórias de vidas que por vezes acabam bem, outras acabam mal por esta razão hoje venho aqui e mais uma vez contar alguns casos reais mais prementes, servindo não só a jovens heterossexuais, homossexuais, bissexuais como a pais menos atentos.
Um dos maiores perigos da actualidade, são os amigos virtuais e a falta de acompanhamento de certos pais, que com a desculpa de que não têm tempo não acompanham devidamente os filhos, deixando-os ao abandono no escuro dos seus quartos, trocando desabafos e fotografias com predadores que do outro lado se encontram sempre atentos a darem a machadada.
Combinam um encontro e a partir dai, tudo pode acontecer.
Normalmente estes encontros acontecem por falta de diálogo entre pais e filhos. Os pais cada vez mais atarefados com o sustento da família ou por razões sociais ficam arredados das suas inquietações e quando acontece algo diferente do que esperavam para seus filhos dizem que são eles os culpados, só porque nunca os quiseram entender.
Se descobrem que um filho é Gay. A culpa é deles. E não aceitam a diversidade. Esquecendo-se que isso aconteceu pela tal falta de diálogo ao longo dos anos pois dizem que essas coisas só acontecem aos outros.
Se descobrem que um filho foi estropiado. A culpa é deles porque não tiveram cuidado.
Está tudo errado! O que acontece aos outros também acontece aos nossos filhos infelizmente, até quando os acompanhamos no seu crescimento, mas se não os acompanharmos de verdade a possibilidades de se transformarem naquilo que não queríamos para eles é muito maior.
Um professor pedófilo
Certa vez o João que chegava à escola sempre cabisbaixo e não se aproximava muito dos colegas o professor de matemática notando o seu desapego perante os colegas e até aos estudos, no fim da aula chamou-o de parte perguntando o que se passava e ele lamuriou-se que em casa haviam discussões constantes entre os pais e não ligavam aos seus problemas fossem eles quis fossem.
O professor perante tal situação logo verificou haver ali falta de carinho perante o rapaz e então perguntou-lhe:
- E se organizarmos uma visitas de estudo num fim-de-semana achas que eles deixam-te ir?
- Se não custar dinheiro para eles e se levar um escrito nesse sentido da escola eles não se importam.
Assim ficou combinado. O professor disse que ia organizar o fim-de-semana com outra turma e depois dizia-lhe.
João quando chegou a casa quis contar aos pais a proposta recebida mas eles estavam mais preocupados com os seus problemas.
Entretanto na escola o tal professor tomou o João como seu aluno preferido, passando a dar-lhe mais apoio escolar, inclusive ficava com ele depois de algumas aulas dando-lhe apoio nos estudos.
Uma quarta-feira o João chegou a casa com um bilhete do professor perguntando aos pais se eles não se importavam que ele fosse passar o fim-de-semana com ele. Bastava para tanto que assinassem o documento.
Na quinta-feira seguinte João entregou ao professor o tal documento devidamente assinado e ficou combinado partirem para a tal visita de estudo na sexta-feira.
Como o João era de poucas falas com os colegas e a visita de estudo seria com outra turma, aguardou nas calmas a hora de partida. Certamente numa camioneta ou coisa assim.
Sexta-feira cinco da tarde acabaram as aulas e João plantou-se à porta de escola à espera, - julgava ele - outros colegas e a camioneta que supostamente os iria levar debandada.
Já todos tinham saído e nada. Estava só de mochila às costas onde tinha colocado uma muda de roupa misturada com os livros.
Já estava um pouco desesperado quando apareceu o professor pedindo desculpas pelo atraso, segurou-lhe na mochila e encaminho-o para o seu carro.
- Então os outros! - Perguntou muito admirado o João
- Os outros como saíram mais cedo já foram. Nós vamos lá ter.
Pelo caminho nada de justificações nem conversas. Somente beberam umas Coca-Cola que o professor já tinha preparado. Saíram da Cidade e a estrada parecia que nunca mais acabava. O João já estava um pouco sonolento, até que chegaram a uma vila e depois de a passarem entraram numa estrada de terra batida indo terminar numa quinta fechada com um portão automático que foi aberto mal o carro se encostou ao dito. Mais uma pequena estrada e lá estava uma vivenda. João já dormitava.
- Chegámos!
João abriu os olhos um pouco a custo e perguntou novamente:
- Então os outros.
- Devem estar a chegar. Vamos entrar! O caminho fez-te adormecer um pouco.
- Pois parece que sim! E também me deu fome.
- Já vamos resolver isso.
Entraram e o professor como o João se tinha queixado da sua sonolência levou-o até ao quarto dizendo-lhe que descansasse um pouco enquanto ia preparar uma refeição.
O Professor assim fez.
Foi ao carro buscar uma maleta de onde retirou uma sanduíche e mais uma Coca-Cola que verteu num copo misturando como já tinha feito anteriormente um comprimido.
Levou o “petisco” ao João que se deliciou.
- Descansa mais um pouco enquanto vou ver se “eles” já chegaram.
Mentira! Meteu-se no banheiro e tomou um duche.
Quando saiu do duche dirigiu-se ao quarto. João já estava mesmo dormindo, despi-o e meteu na cama ao mesmo tempo que também se despindo e se deitou a seu lado abraçando-o de conchinha.
Com o calor dos corpos o professor abraçando-o cada vez mais e sem que João desse por isso, foi penetrado.
De manhã João acordou com uma sensação estranha e uma certa dor no ânus. O professor ainda se encontrava abraçado a ele e só lhe disse:
Este fica a ser o nosso segredo.
Vou cuidar de ti melhor que teus pais, ao mesmo tempo que o acariciava. João sentiu-se confortável e deixou-se penetrar novamente.
Outros casos
O Convite para uma noite de farra.
Carlos era um moço de mente aberta e sempre pronto a acompanhar os colegas para uma boa noitada, desde que a música fosse a seu gosto. Extrovertido, ia a todas.
Um dia um colega convidou-o a ir assistir a uma noite de strippers gay. Nunca tinha ido, mas era hora de experimentar. Foram todos, eram três com ele quatro.
Entraram na boate que era só para sócios. Escura de tal forma que raramente se vislumbravam as feições de cada um. Lá ao fundo um balcão que era notado pela sua iluminação do balcão propriamente dito de tons azulados parecendo estar suspenso. Por trás do mesmo tês empregados de tronco nu, jovens e atléticos como saídos de uma capa de revista para meninas de bom gosto. Mário, era o amigo mais velho e que na entrada se identificou como sócios e os outros como seus convidados, separou-se do grupo dirigiu-se e ao balcão e pediu quatro cervejas e uma mesa para onde se dirigiram.
O ambiente estava agradável. Música tecno mas não muito alta. Já na mesa a conversa foi de circunstância até que Carlos viu os outros dois colegas se beijarem.
- Porra!.. Mas vocês são paneleiros? – Comentou muito admirado o Carlos.
- Mas nunca beijaste um homem? – Retorquiu o Mário.
- Mas é claro que não!
- E não queres experimentar?
- És parvo ou quê?
- E se for somente encostar os lábios como fazem no cinema? Afinal somos amigos ou não?
Perante tanta insistência e depois de já ir na segunda cerveja onde o Mário tinha depositado um comprimido. Carlos aceitou.
Misturado com os aperitivos estava um de cor diferente que Mário colocou nas lábios antes do beijo que ao faze-lo transferiu para a boca do Carlos. Este julgando ser mais um aperitivo mastigou e engoliu.
- Nunca o tivesse feito -. Misturado com a última cerveja, era o “Boa Noite Cinderela”
Veio o show, todas as luzes se apagaram. Somente as luzes do palco, ficando toda a sala completamente às escuras.
Carlos já só via o palco mas cada vez mais pequeno até que começou a sentir que alguém lhe desapertava a braguilha e manuseava seu pau já cá fora ao mesmo tempo que o Mário o beijava com língua e tudo.
Aqueles lábios e língua na sua boca e uma mão na sua gaita foi o êxtase para começar a estar confortável. Melhor ainda quando sentiu que seu pito já não estava a ser seguro por uma mão mas enfiado numa boca que não sabia qual mas que lhe estava a dar prazer. Foi a vez de outro dos seus amigos lhe segurar na cabeça e baixando-a a encaminhou para o seu pau que já estava de fora das calças à espera de se abocanhado.
O show continuava com músicas frenéticas e vozes esganiçadas. Ao lado da sua mesa, algo idêntico ao que se passava na sua estava a acontecer, mas o prazer que estava a ter era tanto que já nem sabia onde estava.
Tudo terminou quando todos satisfizeram seus desejos mais pecaminosos onde Carlos entrou sem dar por isso.
O show terminou as luzes foram-se acendendo pouco a pouco, o barman serviu mais uma cervejas. E foram todos para casa. Mário levou o Carlos de táxi. Quando se despediu, segredou-lhe ao ouvido:
- Este fica a ser o nosso segredo.
Do Whisky para a calçada
O publicitário Pedro Janeiro, que participava numa festa de formatura de uns colegas, resolveu às tantas da noite irem a um bar de meninas.
Pedro era um rapaz alto, bonito, forte, sensual e atiradiço a qualquer menina pelo que logo deu nas vistas ao entrar.
Como é hábito naquelas casas logo se aproximaram várias meninas para os assediarem a uma bebida. Pedro sendo o mais atiradiço logo começou por ser recebido com beijinhos.
Mão aqui, mão ali e logo o pau se pôs em pé. A prostituta para além de pedir mais uma bebida para si também verteu mais uma no copo do Pedro e mais tarde outro. Às folhas tantas embora já todos estivessem um pouco bebidos o Pedro sendo o mais atrevido e em pior estado e esperando naquele noite uma rapidinha aceitou o convite da prostituta a saírem para a rua. Ele foi e não se lembra de mais nada. Foi encontrado pelos colegas duas horas mais tarde na beira do passeio sem quaisquer documentos e sem o dinheiro que levava consigo.
Um Gay abandonado
Há muito que ele se tinha enamorado com quem era feliz embora a sua diferença de idade fosse grande. Resultado, um dia o companheiro pirou-se. Aquilo foi uma tragédia para o nosso cóta, entrou em depressão e raramente saia de casa, até que uma noite sentindo falta de um carinho, depois de se aparaltar meteu-se a caminhos de um bar gay.
Assim que entrou deu de caras com um tipo jovem, moreno bens constituído e sensual o estereótipo idealizado por si para substituir o seu mais que tudo. Uma troca de olhares foi o suficiente para depois de uma bebida que o outro lhe ofereceu foi o suficiente para saltarem para a pista e começarem a dançar. O comportamento daquele rapaz lindo de morrer começou a ficar um pouco estranho. Ao mesmo tempo que suas mãos percorriam todo o seu corpo também apalpava seus bolsos.
Momentos depois, a confirmação do que nunca esperou viesse a acontecer.
- Através do beijo - isso mesmo, do beijo – o morenaço despejou em sua boca o drink que toda hora lhe oferecia e fingia beber.
Pedro beijou e engoli, consciente do que estava por vir (ou não). Em poucos minutos, um sono profundo tomou conta do Pedro sedento de amor, mal conseguindo mexer-se.
O Príncipe moreno por sua vez assoprava calmamente seus olhos que não conseguia abrir, fechava-os com os dedos.
Pedro ainda tentou esquivar-se mas o príncipe encantado transformou-se em lobo: puxou-o bruscamente, carregando-o a caminho de um dark room. Onde foi estupriado e roubado
Mulher! Procura homem para convívio num site.
Isabel, 15 anos. A melhor prenda que os pais lhe poderiam ter oferecido foi um computador portátil dos mais caros com quick cam e tudo. Passou a ser o seu companheiro em todas as horas e amigo de mostragem aos seus amigos na escola. Todos os dias lá ia ela toda contente de mochila às costas e computador debaixo do braço. Isabel até então tinha poucas amigas a partir desse momento os amigos e amigas aumentaram, mas nenhum deles era o seu príncipe encantado. Quando chegava a casa recolhia-se no escuro do seu quarto na busca constante de novos amigos nos sítios sociais, trocando mensagens e suas expectativas para a vida e para o amor até que um dia encontrou um namorado virtual lindo. Rapaz moreno de olhos verdes e cabelos compridos que misturados com um corpo bastante atlético era o homem dos seus sonhos.
Trocaram todas as informações possíveis. Fotografias, estado social, moradas, telefones e até informações sobre os pais.
Isabel até já tinha mandado emoldurar uma fotografia daquele rapaz e colocado na mesa-de-cabeceira.
A Mãe mesmo depois de ver tal fotografia não a questionou, nem o pai se preocupou com o assunto depois de a mulher lhe ter contado nem tão pouco a fazer uma visita ao computador da filha.
Um dia depois da escola foi cumprir com o compromisso de se encontrar com o seu amigo virtual.
Quem estava lá à sua espera era uma carrinha daquelas que a porta lateral se abre lateralmente e só ouviu lá de dentro dizer:
- Isabel! Entra! Sou eu…
Isabel foi encontrada oito dias depois num barracão a meio do nada no Alentejo, estropiada. E da conta bancária do pai tinham desaparecido uns milhares de euros.
Meus amigos estas histórias são verdadeiras. Aconteceram por aí num mundo onde os pais pelos seus afazeres julgados mais prementes, pouca importância ligam aos filhos deixando-os na escuridão das noites em seus quartos desabafando com os amigos virtuais as sua inquietações ou na rua entre colegas e outros o carinho que não têm em casa.
Depois do estupro as vítimas temem denunciar por vergonha alguns carregando com essa cruz durante anos.
"A vergonha é um dos sentimentos mais presentes nas vítimas, a cicatriz mais difícil de curar. É preciso tempo e, muitas vezes, psicoterapia para que a vítima se recupere".
Previna-se
Não existe faixa etária, opção sexual, dia, nem lugar. Todos estão sujeitos a cair nas mãos de golpistas e aproveitadores sexuais.
Não aceitar nada de estranhos ou de quem não tenha inteira confiança.
Depois é ficar atento no assunto da conversa e nunca levar alguém de imediato para casa.
Final Feliz?
O crime pode ser legalmente tipificado de várias formas, do sequestro ao roubo qualificado, até mesmo tentativa de latrocínio, mas, dadas as dificuldades que as vítimas encontram nas polícias o mais normal é um mero registo de roubo, estupro ou pedofilia.
Enquanto isso, o lobo moreno e simpático continua lindo e solto nos vossos caminhos
As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.
Nelson Camacho D’Magoito
“As minhas raivas”
de Nelson Camacho
Na abertura das aulas é bom em vês da mochila às costas, levar um amigo que é para toda a vida.
Eu sei que não devia dizer isto mas como a Constituição da Republica diz uma coisas e os governantes actuais fazem outra e não estou a ofender seja quem for directamente e porque a mesma também assim mo permite, fica aqui a raiva que me assiste! Aqui vai:
Há milhares de estudantes que estão próximos a acabarem as suas férias – para quem as teve.
De qualquer nas maneiras a escola vai começar. Uns vão para o privado que uma boa parte é pago por nós e outros vão para o público que é pago por nós na sua totalidade. È assim que manda a Constituição da Republica no
Artigo 74.º
(Ensino)
1. Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
a) Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito;
b) Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-escolar;
c) Garantir a educação permanente e eliminar o analfabetismo;
d) Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação artística;
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais;
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadãos portadores de deficiência ao ensino e apoiar o ensino especial, quando necessário;
h) Proteger e valorizar a língua gestual portuguesa, enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades;
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da língua portuguesa e o acesso à cultura portuguesa;
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivação do direito ao ensino.
Mais tarde na mesma constituição, pode ler-se no:
Artigo 79.º
(Cultura física e desporto)
1. Todos têm direito à cultura física e ao desporto.
2. Incumbe ao Estado, em colaboração com as escolas e as associações e colectividades desportivas, promover, estimular, orientar e apoiar a prática e a difusão da cultura física e do desporto, bem como prevenir a violência no desporto.
Ora bem! O Estado obriga-se a educar os seus cidadãos, mas não lhes dá condições de sobrevivência para tal.
Cada vez há mais desempregados sem condições de pagarem os livros para que eles estudem.
Cada filho custa a seus pais, uma média de 525,00 a 1,500 euros com o regresso às aulas de seus filhos.
Há ainda a acrescentar uma média mensal para as despesas do dia-a-dia de 100 Euros
Despesas estas como óbvio será a multiplicar por cada filho acrescentando outras despesas inerentes ao ano que frequentarem.
Uma boa parte dos jovens são atirados para escolas que distam alguns quilómetros de suas casas obrigando-os a sair dos seus leitos à 6 da manhã para entrarem às 8. A quando do seu regresso, chegam à hora de jantar, (para quem o tem) ficando escassos momentos de confraternização com pais e irmãos.
Mais grave ainda, são aqueles jovens que vivendo (miseravelmente) é na escola que recebem um prato de sopa. Há alguns, quando têm direito a conduto guardam uma parte para levares para casa para o jantar e até para os pais.
Educação física e canto coral são coisas que não existe nas escolas oficiais e em algumas privadas também não.
Já há escolas que derivado e exigência do ministério que as rege obrigam a que haja salas superlotadas ao ponto de se terem de juntar as carteiras de tal forma que nem espaço fica para colocares as suas mochilas.
Há escolas degradadas e com aulas em contentores.
Há escolas sem empregados suficientes para cuidarem deles.
Há escolas sem aquecimento. Em algumas no inverno, até chove sobre eles.
Tudo bem quando acaba bem para uns e infelizmente para outros não tanto.
A Escola é uma obrigação, pena é que alguns vão com a barriga cheia e outros nem tanto.
O governo nunca mais se entende no respeitante às aulas com média de 20 alunos por turma.
Também nunca mais se entente com os professores. Há falta de professores mas o governo corta na sua quantidade e diz que não. Assim está bem!
Está bem para os senhores governantes que ganhos chorudos ordenados enquanto o povo vão a pouco e pouco morrendo de fome.
Já se mata por causa da crise.
Já se rouba por causa da crise.
Já há mais divórcios por causa da crise.
A comunicação social em grandes parangonas alicia os pais a comprarem objectos de não primeira necessidades e de marcas a que só podem chegar alguns.
Depois dá-se o confronto nas escolas entre os que têm uma mochila ou uns ténis de marca com os outros foram obrigados a fazerem as suas compras nas lojas dos chineses.
Não satisfeitos ainda existem os que aliciam, pais, alunos e familiares a comprarem novos computadores e outros aparelhos do género para os atirarem para o quarto porque estão cansados do trabalho e não se querem chatear.
É no escuro dos seus quartos de muitos jovens através do Facebook e outros sites encontram amigos virtuais que muitas vezes não são mais que predadores.
Não bastava eles os (predadores sexuais) rondarem as escolas que deviam se seguras, agora também aparecem nas comunicações sociais.
Meus amigos, eu sou do tempo em que tinha aos sábados uma coisa chamada Mocidade Portuguesa. Nunca usei a farda nem desci a Avenida da Liberdade. Mas foi lá que tive canto coral, música, e tirei a carta de velejador de Borla.
Eu sei que em meados de 1935/40 havia racionamento mas ninguém contrariamente ao que se diz passava fome. Quem vinha para Lisboa para tentar a sorte, quase todos tinhas o seu quinhão de terra de onde provinha o azeito as couves as batatas e um porco.
Havia analfabetos! Pois bem! Também não havia as tecnologias que há hoje.
Não haviam casas para comprar, mas havia para alugar. Meus pais moravam numa casa de 8 assoalhadas e pagavam 100$00.
Minha avó esteve hospitalizada durante várias vezes no Hospital de Arroios e nunca pagou fosse o que fosse.
Hoje há quem não se trate porque não tem dinheiro para as consultas e para os remédios.
Há mas quero que o tempo volte para trás? Não isso só na canção de Eduardo Damas e Manuel Paião, interpretada por António Mourão.
Mas afinal de quem é a culpa de todo que se está a passar no meu pais?
É a crise? Não fui eu que a criei. Sempre trabalhei enquanto senhores mandantes se abotoam com os meus dinheiros tão arduamente ganhos.
As novas tecnologias não sou contra, mas deviam se usadas para o bem do povo e não criar desemprego e para sacar impostos.
O regresso às aulas vai ser uma festa, só tenho pena que em 2013 uns vão de barriga cheia e outros de barriga vazia.
Agora prendam-me por dizer a verdade. Sempre tinha cama. Mesa e roupa lavada. E mais alguma coisa que não tenho cá fora.
Como dizia o outro
A Bem da Nação
Nelson Camacho D’Magoito
“As minhas raivas”
de Nelson Camacho
No tempo em que se trabalhava na voz de António Mourão
em Nota; Espero que tenham gostado, meditem e comentem sem medos. Mesmo anónimos aceito todas as criticas. Eu por mim, já não tenho tempo para ter medos. Já vivi o suficiente para reconhecer o que está bem e o que está mal e meus amigos, isto não é um Conto é a realidade, tal como nos meus contos o é só que nesses casos devidamente ficcionadas. Aqui a história é real. Não quero voltar a tras no tempo mas que mereciamos melhor lá isso é verdade.
Obrigado se estiverem com esta minha revolta
Nelson Camacho
Dia 10 de Setembro e repetindo o que aconteceu em 2008.
Chega a Lisboa um Cruzeiro de meninos e cotas gays e ricos.
Celebrity Constellation atracará no porto de Lisboa com mais de 2.500 passageiros homossexuais que ficarão por cá dois dias, tendo a oportunidades de visitarem a nossa cidade, onde visitarão, igrejas monumentos associados aos descobrimentos e idas até Cascais e Estoril descritos como “resort cities”.
Está também programado a passagem durante a noite pela Baixa lisboeta, Bairro Alto e Príncipe Real para aproveitarem a “vida nocturna extravagante e a nossa cultura gay”.
Vários empresários da noite de Lisboa estão a preparar festas especiais para essa terça-feira.
Há que os mimar pois não são turistas de mochila às costas pois cada cruzeiro destes tem a módica quantia de 3.000 Euros.
Eles vão por cá deixar também alguns dólares.
Para além de Bordéus, Bilbau, Curunha, Cádiz e Ibiza, é nesta última Ilha e em Lisboa que vão passar a noite fora do barco.
Segundo notícias dos organizadores a todos os custos ainda têm de suportar 250,00 Euros por pessoa como taxa de porto. O que não entendo. È assim que Portugal tratas os turistas ou é só para esta comunidade? Se souberem, digam-me. Não é um roubo 250,00 Euros só porque descem do barco?
Terça feira Vai ser uma boa noite para muitos desenferrujarem a língua.
Nelson Camacho D’Magoito
“Informação”
de Nelson Camacho
O Evangelho segundo Jesus Cristo
A quando da preparação para o meu casamento andava a ler este livro de José Saramago que foi galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE em 1992 e ao mesmo tempo que era ferozmente criticado pelos senhores pensantes da nossa terra, levou o seu autor a exilar-se em Lanzarote.
O Evangelho segundo Jesus Cristo, traz-nos a história de Jesus numa nova perspectiva, com um Deus opressor e dominador, um Diabo simpático, uma Madalena cheia de volúpia, um José destroçado por não poder avisar o filho da morte que o espera, uma Maria jovem e inexperiente.
Independente dos apoios e das críticas perante este romance, José Saramago, mais tarde, em Outubro de 1998 a Real Academia Sueca outorga-lhe o Prémio Novel da literatura.
Filho de gente humilde e nascido em 16 de Novembro de 1922 na Aldeia de Azinhais, no Ribatejo, em 1934 vem com seus pais para Lisboa a fim de tentarem a sua sorte como a maioria das gentes do interior
José Saramago viria a frequentar o Liceu Gil Vicente e mais tarde a Escola Industrial Afonso Domingues onde completa o curso de Serralharia Mecânica co o qual consegue o seu primeiro emprego. No seu percurso de trabalho de um simples mecânico até em 1972 se tornar director literário da Editorial Estúdios Cor. Depois de em 1975 desempenhar as funções directivas no Diário de Notícias, dedica-se exclusivamente à escrita. Em reacção ao acto sensório de que foi alvo no ano 1992 pelo então subsecretário de Estado da Cultura que vetou a candidatura deste romance ao Prémio Literário Europeu desiludido com os nossos governantes dá um pontapé no charco e armando-se de armas e bagagens fixa residência oficial na Ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias.
Escrever mais sobre o nosso Prémio Novel da literatura, iria cair em confronto com os seus seguidores e também não é este o espaço indicado.
Falar deste homem, do seu percurso e da sua obra também seria fastidioso para a minha história e se falo neste romance é porque acredito que no tal
“Deus opressor e dominador, um Diabo simpático”. Certamente seu filho enquanto homem, também teve em trinta e tal anos de vida os seus quês. Para além das suas virtudes também para nosso exemplo também teve os seus defeitos tal como eu, você e todos os seres pensantes.
Quem escreve, tem sempre o seu canto predilecto e então quis saber e conhecer o que é viver em Lanzarote para além do meu canto de escrita. Quis saber das suas gentes e da sua arquitectura. Aproveitei a minha lua-de-mel para lá dar um salto.
Lua-de-mel em Lanzarote
Lanzarote com uma área de 860 quilómetros quadrados, é a ilha mais oriental das Canárias, um arquipélago vulcânico situado a sul da Madeira e a cerca de cem quilómetros a oeste da costa marroquina. Território espanhol, a Comunidade Autónoma das Canárias inclui também as ilhas de Fuerteventura, Gran Canaria, Tenerife, Gomera, Hierro e La Palma. A norte de Lanzarote, os ilhotes Graciosa, Montaña Clara e Alegranza formam o arquipélago “Chinijo” (pequeno).
Apesar de rodeada pelo Atlântico, Lanzarote sente os efeitos da latitude a que se encontra e da proximidade da costa africana. No verão, o calor aperta, e o Inverno nunca chega a ser muito frio, como o atestam as temperaturas médias de 25° C em Agosto e de 16,4° C em Janeiro. Pouco abundante durante todo a ano, de Maio a Setembro a chuva é ainda mais rara.
Lanzarote a lha de Deus
Lanzarote é um daqueles lugares que tinha todas as condições para não ter nada. Vista do ar, a oriental ilha do arquipélago das Canárias assusta pela aspereza do ocre, aqui e ali ocultado por manchas brancas ou, mais raramente, verdes, que nos levam a presumir que uma parte do deserto foi roubada a África pelas correntes do Atlântico.
Há dois nomes a decorar quando se chega a Lanzarote: Timanfaya, o desajeitado vulcão que hoje se deleita, adormecido e Manrique, um artista que foi César no nome e na forma como conseguiu emprestar à sua terra natal um ar de museu vivo.
O primeiro impôs à população uma cultura e um estilo de vida. Ao segundo, deve a ilha um conceito - Arte-Natureza/Natureza-Arte - e a clarividência com que hoje preserva essa cultura, fazendo dela a maior riqueza destas paragens.
O castelo de Guanapay guarda as memórias da imigração dos habitantes de Lanzarote para a América Latina
Hoje, os habitantes de Lanzarote guardam a imensidão de crateras que povoa o sudoeste da ilha como imagem do tempo primordial em que a vida era ainda uma palavra à espera da vontade do Criador.
Parque Nacional de Timanfaya - a grande atracção da ilha - foram muitos os homens que não esperaram por qualquer gesto de Deus, e reinventaram na paisagem as aldeias soterradas pela lava. No vale de La Geria, o manto negro e empedernido cobre-se, por estes dias de Agosto, de verde.
Puerto del Carmen e Costa Teguise, uma faixa de alguns quilómetros onde se concentra a maior parte das unidades hoteleiras de Lanzarote. É o sítio ideal para quem procura conforto, praia e movida, mas pouco mais. Afortunadamente - e muito por culpa de Manrique e da sua Fundação - aquele modelo de desenvolvimento tem vindo a ser invertido, a tempo de salvar a maior parte da ilha. E para tal valeu também o fato de em 1993 ela ter sido classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera. O Parque Nacional de Timanfaya é uma reserva de duzentos quilómetros quadrados que resguarda um cenário inóspito, polvilhado por mais de uma centena de vulcões aparentemente adormecidos, depois de milénios em que se entretiveram a modelar este pedaço de terra.
Os antigos habitantes de Lanzarote - Tytheroygatra, para os nativos cujos vestígios estão guardados no Castelo de S. Gabriel, um forte construído nos finais do século XVI num ilhote ligado à capital Arrecife - não imaginariam que alguns séculos depois da chegada dos invasores europeus, os descendentes destes se predispusessem a percorrer os céus sobre o Atlântico à procura de um paraíso na sua ilha.
Mas o desejo de sol e de águas quentes tem este condão de atrair multidões. E praias, aqui, não faltam. Quer para quem procure simplesmente um bronzeado, quer para os amantes de actividades radicais.
««« Vista sobre a praia de Famara, Lanzarote
A praia del Reducto, de areias finas e douradas, é uma das mais frequentadas de toda a ilha, e tem a vantagem, ou desvantagem, de estar a poucos metros da avenida marginal de Arrecife. Seguindo para sul, ou para norte - neste lado da ilha o mar é calmo, e as águas atingem temperaturas superiores a vinte graus - há dezenas de opções, mas para quem prefira o sossego de um areal branco rodeado da paisagem negra dos vulcões, o melhor é mesmo estender a toalha na praia de Punta de Papagayo, para onde se consegue aceder por estreitas pistas de terra. Tomando o caminho para Yaiza, a praia de Janubio, uma enorme extensão de areia negra embebida no azul do Atlântico, é outra alternativa.
No norte da Ilha, os ventos fortes que sopram costa dentro tornam um pouco incómoda a fruição dos excelentes areais ali existentes, mas transformaram toda a zona entre La Santa, no município de Tinajo, e Famara, já em Teguise, num verdadeiro refúgio para os praticantes de desportos náuticos com vela, que já são mais dos que os pescadores que habitam nesta zona. Toda a praia de Famara é também um excelente percurso para um passeio a pé. Tal como a de Caletón Blanco, no extremo norte de Haria, onde o negrume do magma se tenta disfarçar do Atlântico com montículos de areia branca. E com autorização das autoridades, até é possível montar a tenda, e passar aqui a noite.
Foi neste espaço criado por Deus que José Saramago se refugiou, escreveu e amou a sua Pilar.
Não sei se há Deus ou não o que sei é que vim de lá outra pessoa.
Depois de quinze dias de lua-de-mel entre vulcões, paisagens inóspitas e volúpias de amor nos silêncios das noites aconteceu poesia entre dois corpos.
O que não queria. Julgava eu! Aconteceu!
O regresso a Lisboa foi de festa. Os pais de ambos tinham combinado uma festa de recepção aos nubentes. Meu pai e meu sogro estavam no aeroporto há nossa espera e sem nos contarem o que nos esperava em vez de nos encaminharem para uma das nossas casas, encaminharam-nos para uma residência que não conhecíamos.
Era uma pequena vivenda na Praia da Adraga tendo como fundo o mar.
Meus pais e meus sogros tinham combinado juntar uns dinheiros e compraram aquela casa que estava para venda para nos oferecerem como prenda de casamento.
Por coincidência ou não quem tinha indicado este espaço foi o Carlos que tinha uma idêntica de paredes-meias.
Estavam lá todos os convidados no nosso casamento. Segundo depois me contaram para que a nova nossa casa não ficasse conspurcada logo no primeiro dia a festa em forma de churrasco foi feita no quintal do Carlos.
A Festa durou até às tantas. Aguentámos até há noitinha quanto mais não fosse por agradecimentos a meus pais e sogros com aquela oferta pois quando pensamos em casar, a ideia era ficarmos em casa de meus pais pois sempre era maior que a de meus sogros. Só mais tarde viemos a saber que o valor da compra foi dividida pelos dois e na escritura constava nosso uso fruto, até que um dia tivéssemos filhos e nessa altura seria feita uma escritura para nosso nome.
Algo na mente deles se adivinhava.
A partir daquele momento a nossa vida corria à mil maravilhas não perecendo ser como a novela da TVI “ Ninguém é como tu” em que todos moram no mesmo prédio e passam a vida em casa uns dos outros pedindo favores ou ratando da vida uns dos outros.
Era o que acontecia com o Carlos que vivendo sozinho, havia sempre algo que lhe faltava e nos batia à porta solicitando algo como bons vizinhos. Era o açúcar, o limão, as batatas a cebola e outros ingredientes que se esquecia de ter comprado. Por vezes também aparecia com um filme novo para vermos. Quando não vinha pedir qualquer coisa, como era o cabeleireiro das senhoras e meninas amigas e de família da Paula, por vezes também vinha ratar como velha coscuvilheira do que tinha ouvido no cabeleireiro. Por vezes era uma seca. A Paula já dizia que tinha sido má ideia de virmos morar para o lado do Carlos, mas no fim, ele até era bom rapaz e eu desculpava-o por viver só.
Passados uns meses o Carlos fez no dia dos seus anos, fez um evento com fadistas e tudo no seu SPA e convidou-nos assim como todos os seus clientes e amigos.
A festa durou até às duas da manhã, hora do começo da debandada mas a Paula estava mal disposta e os pais não a deixaram ir para casa e para que ficasse mais à vontade aos cuidados da mãe, deixei o carro nos meus sogros e fui para casa de boleia com o Carlos.
Metemo-nos a caminho. Já estávamos na IC19 quando o Carlos alvitrou como tínhamos de passar por Sintra, irmos tomar um copo a um bar que ainda estaria aberto.
Nunca tinha saído nem de dia nem de noite sozinho com o Carlos, mas aceitei a ideia.
O Bar era simpático, estava cheio e com uma musica bastante agradável e baixa de tal forma que dava para conversarmos. Procuramos uma mesa a um canto e manamos ver uns whiskies.
A nossa conversa foi no sentido de se estava feliz com o casamento, quais os meus planos para o futuro, até que veio à baila o memento em que nos conhecemos para primeira vez no metro e da coincidência de nos virmos a ser apresentados no mesmo dia em minha casa numa festa de minha irmã.
Gozamos com a coincidência e com tudo o que se tinha passado desde então até aquela noite ali sentados tomando uns copos. Afinal de contas o Carlos até era um tipo porreiro e contrariamente há minha primeira impressão de há dois anos, já era amigo dele.
Tomamos mais uns copos e depois outro até às tantas. Altura em que o bar fechou.
Caminhamos para nossas casas e Carlos antes de se encaminhar para casa, subiu com o carro para um monte de onde se vislumbrava o amanhecer lá no horizonte. Parou ligou o leitor de CDs com uma das minha músicas preferidas (que ele conhecia) “Noturno de Chopi” recostou-se no banco que movimentou as costas para trás ao mesmo tempo do meu e perguntou:
- Lembraste bem daquela manhã no metro?
- Já falamos disso e lembro-me perfeitamente.
- E não acreditas que há coincidências assim como é verdade quando se diz que “Deus escreve direito com linhas tortas?
- E que vem isso agora a propósito?
É neste momento que Carlos põe uma mão na minha perna. Não liguei! Mas fiquei um pouco atrapalhado quando senti aquela mão encaminhar-se para o meu coiso.
Não sei se era por estar um pouco com os copos ou por aquela mão fazer cada vez mais pressão sobre o meu coitado ali deitado dormindo a sono-solto, pela música que me entrava ouvidos dentro ou pelo Sol que lá ao longe já despontava timidamente no horizonte, também meu maninho timidamente despontava.
Nunca na vida algum homem me tinha feito aquilo, mas ao sentir aquela mão quente através das calças apertar cada vez mais o dito, começou já não timidamente mas estremecendo todo o seu corpo e o meu a levantar-se ficando hirto.
Quando senti que a braguilha se estava a abrir e o Carlos caminhando o coitado cá para fora, fechei os olhos.
- Já tiveste alguma vez esta experiência? – Sussurrou-me ele ao ouvido ao mesmo tempo que senti sua língua no meu lóbulo.
- Não pá! Eu não sou gay! Gosto é de mulheres.
- Mas não é preciso ser gay para gostar que um gajo te faça a quilo que tua mulher não faz.
Já o meu pau estava todo de fora e ele masturbando-me.
- E que é que um gajo pode fazer que minha mulher não faz? – Perguntei timidamente.
Foi a vez de Carlos baixar a cabeça e meter meu pau na sua boca. Chupou duas ou três vezes, tirou fora e perguntou:
- Por exemplo. Isto!.. - A voltou à primeira forma.
Efectivamente minha mulher ou as putas com quem tinha andado nuca me tinham feito um boquete. Estava-me a saber tão bem que nem disse mais nada. Só me apeteceu segurar-lhe na cabeça e movimenta-la de forma que o meu pau andasse dentro e fora daquela boca gostosa. Guinchei que nem vaca louca e vi-me abundantemente.
Fiquei na mesma posição durante vários minutos. O CD tinha acabado e Carlos recomeçou masturbando-me. Excitado que estava meu pau voltou a ficar hirto e firme.
- Agora sim!!! Vais ver o que é gozar. – Disse ele ao mesmo tempo que descia as calças e se colocava de costas deitado nas costas do banco que já estava todo descido e encaminhou-me para cima dele que abriu as pernas e apontou meu pirilau para dento daquele cuzinho apertadinho ao mesmo tempo que puxando minha cabeça colocava meus lábios junto aos seus que beijei loucamente e durante algum tempo até que meu esperma se soltou em grande esguicho à procura de um óvulo como era normal mas desta vês não iriam encontrar.
Parecia uma divida de Deus cumprida, pois o Sol todo radioso despontava ao mesmo tempo lá no horizonte.
A partir daquele nascer de sol na praia da Adraga a minha vida nunca mais foi a mesma. O meu relacionamento sexual com a Paula também nunca mais foi o mesmo. Embora fosse sexualmente bastante interessado, não aguentava com os dois, aliás, o Carlos dava-me muito mais prazer.
Quando digo que “Não sou Gay” é que ainda não experimentei o outro lado, talvez por ele ainda não ter feito pressão para que isso acontecesse, embora minha avó dizer que “tanto é o que rouba como o que fica há porta a avisar o polícia”.
Como o “para sempre não existe” Talvez um dia experimente, se ele estiver finalmente interessado! (Amor tem destas coisas!)
O resto desta história é simples. Diz-se que para não estragar duas casas o melhor é escolher uma!
Contei a meus pais as minhas novas escolhas sexuais e a minha mulher ao mesmo tempo que fizemos um divórcio de comum acordo. Como ainda não havia filhos, a coisa foi fácil.
Paula foi compreensível com a minha honestidade e hoje somos simplesmente amigos.
Para minha mãe foi um pesadelo difícil de digerir, durou vários meses, quis tirar-me a casa, mas depois de tanta pressão da minha ex-mulher e de meu pai a colocar contra a parede (Ou ela resolvia o seu trauma ou era ele que saia de casa) Mais tarde acabou tudo em bem e ela aceitou os homens da sua vida tal como eram.
Meu Pai. Homem mais moderno em relação aos tempos que correm, rindo-se só disse:
- Lembras-te de um dia eu ter dito que um dia ainda iriam ser bons amigos? E tu respondeste que não eras gay!...
Abraçou-me e desejou-me as maiores felicidades do mundo.
Actualmente vivo com o Carlos na paz do Senhor. Não sei se será para sempre, porque o para sempre é uma coisa que não existe. Mas enquanto durar, somos felizes.
FIM
As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
de Nelson Camacho
Voltemos ao dia em que conheci a Paula
Dizem que as raparigas não bebem! Mentira emborcam mais cerveja que nós de maneira que quando chegou o fim da festa já estavam todas com o grão na asa e com algumas “tiras há mistura” que bem as vi irem varias vezes ao banheiro. A única que não vi senifar foi a Paula que durante todo o tempo não me largou contando-me que não tinha namorado, estava no último ano de comunicação social e o seu desejo era entrar para uma rede de televisão.
Paula continuava a metralhar conversa ao mesmo tempo que de vez em quando lá tentava beijar-me.
A festa acabou quando nossos pais chegaram e cada uma se despediu e lá se foram embora. Menos a Paula que logo meteu conversa com minha mãe.
Como já estava farto de tudo aquilo pirei-me para o meu quarto.
Passados por volta de uma hora, bate à porta meu pai pedindo para levar a Paula a casa pois estava um pouco mal disposta e certamente com um pouco de álcool a mais.
Paula de entre as outras, era a melhor amiga de minha irmã e com uma grande lata conseguiu uma conversa longa com minha mãe mesmo depois de todos se terem ido embora.
Contrafeito mas ao mesmo tempo agradado pois a Paula era efectivamente um borracho e logo pensei que com a afer poderia levar dali alguma coisa. – Já estava pensar com as duas cabeças –
No caminho. Pouca oportunidade tive em falar pois ela estava mais para lá do que para cá. Encostou-se ao meu ombro e quase que ia adormecendo. Foi preciso afasta-la encostando-a à janela pois estava tornar-se numa posição perigosa para a minha condução.
Quando cheguei ao destino, nas Olaias, pela aparência do prédio verifiquei ser gente de posses. Não é que andasse há procura de uma namorada rica, mas juntando o útil ao agradável ou seja, boa, instruída e filha de gente de posses a coisa talvez não combinasse mal.
Assim que parámos ela que vinha semi-a-dormir com um copito a mais, não aceitei no entanto ficou combinado telefonar-lhe no dia seguinte.
A minha mãe cuscas ao pequeno-almoço logo perguntou:
- Então portaram-se bem?
- Mas portei-me bem! Como?
- Então ontem não levaste a Paula a casa?
Atalhou minha irmã:
- Olha que a tipa não tem namorado, está no fim do curso e de boas famílias.
Foi a vez de o meu pai atalhar:
- Não me digam que já querem arranjar casamento para o rapaz????
A conversa de susquisse, ficou por ali no entanto ao jantar a minha maninha queixou-se que a Paula lhe tinha telefonado a perguntar por mim pedindo desculpas assim como o meu número de telefone, pois eu tinha ficado de telefonar-lhe até há hora de jantar ainda não o tinha feito.
- Epá! Tive tanto que fazer que nem me lembrei.
- Mas tu tens namorada? – perguntou minha mãe.
- Vou tendo! Mas qual é o problema?
Meu pai que nestas coisas de namoros com os filhos não gosta de se meter:
- Chiça! Que vocês são uma sapas. Lá porque a rapariga é de boas famílias já querem que o rapaz se enforque.
- Deixa lá pai! A tua filha que arranjar uma cunhada jeitosa e a Mãe quer ver-me fora de casa o mais cedo possível.
- Não é nada disso! Já tens idade de encontrar uma rapariga como deve ser e não andares para aí a namoriscar pelos cantos. – Retorquiu minha mãe meia exaltada.
Meu pai como macho latino foi logo.
- E vocês acham que o rapaz anda namorando pelos cantos? Quanto muito deve andar e pelas camas da cidade.
Foi gargalhada geral.
Aquele jantar acabou em grande galhofa prognosticando já o meu futuro.
No dia seguinte telefonei à Paula. Ela ficou toda contente e disse que lhe tinham dado dois bilhetes para o cinema e se queria aproveitar. Afinal de contas parecia que em vez de ser eu, era ela que me estava a engatar. Disse que sim. Combinámos a hora de a ir buscar e lá fomos ao cinema.
A seguir àquele cineminha, seguiu-se um jantar. Mais tarde um abanar a cabeça em um qualquer discoteca até que chegou o dia de ela e os pais irem jantar lá em casa.
Minha Mãe quando soube que os tinha convidado armando-se em gente rica e não era o caso, fez logo uma refeição que até meteu lagosta. Meu pai comprou um vinho de marca e minha irmã vestiu o seu melhor vestido para receber os convivas.
Os convivas naquela noite ficaram a saber da vide uns dos outros e até minha Mãe aliciou a mãe da moça a frequentar o mesmo spa e o mesmo cabeleireiro.
Durante aquela cusquice toda aproveitei para levar a Paula para o meu quarto onde falámos de coisas banais, tais como se gostaríamos ou não de vir a ter filhos logo que nos casássemos não estando em causa se isso se viesse a acontecer entre nós. Entretanto entrou a minha maninha no quarto e se eu tivesse mais uma vez alguma ideia mais atrevida, ficaria para uma nova oportunidade.
A noite acabou. Já era uma da noite. Depois de todos saírem a Paula não me saia da cabeça e da de baixo começou a dar sinais que tinha perdido uma oportunidade.
Resolvi mesmo àquela hora telefonar para uma amiga que trabalha num bar de alterne e costuma dar-me umas baldas.
Combinei encontrar-me em casa dela e a noite ficou logo ali na cozinha o assunto resolvido.
Ela ainda queria que ficasse lá em casa mas como de cama para dormir só gosto da minha. Deixei umas notas e fui para casa.
Seis meses depois
Tinha chegado o verão e as mães combinaram com outras amigas irem passar um fim-de-semana a Armação de Pêra no Algarve aproveitando o convite com tudo pago incluindo pais e filhos para um workshop de uns cabeleireiros internacionais que vinham a Portugal mostrar as novas tendências verão inverno dos novos penteados para senhoras e homens.
Como era tudo de borla, só tínhamos de gastar no transporte ou seja na gasolina, lá fomos todos.
Até este momento a minha relação com a Paula tinha-se confirmado até por pressão principalmente por minha mãe e a da Paula.
Fazíamos uns jantares de convívio, íamos ao cinema, ao teatro, enfim. Namorávamos simplesmente nunca passando disso.
As minhas necessidades sexuais passavam por outras bandas, garotas de varão e acompanhamento, já que com a Paula esta fazia questão de se guardar para com quem casa-se.
Ainda pensei ter a possibilidades de levar a água ao moinho naquele fim-de-semana. Mas nada.
Se não me pose-se a pau, quem me satisfaria era o brasileiro Carlos que organizava o evento e que não era nem mais nem menos que o tal cabeleireiro que desde aquele primeiro encontro no metro e já lá ia mais de um ano, nunca deixou de se atirar a mim mas nuca teve sorte. Não sou gay e sempre gostei muito de mulheres.
Escusado será contar que aquele fim-de-semana foi uma seca.
Afinal de contas aquele evento foi para promoção do SPA-CABELEIREIRO do qual seu proprietário era o Carlos. Todos tivemos corte de cabelos de borla. – Como não podia deixar de ser quando chegou a altura dos homens que também tiveram direito, a mim calhou-me o celebérrimo Carlos. - Não sei porquê mas na altura que me atendeu, foi muito menos bichanado das alturas em que já o tinha visto nas festas da minha irmã e de minha mãe. Personagem sempre presente.
O fim se semana acabou. Até ouve para despedida um show de cantigas e passagem de modelos.
Passaram mais quatro meses
Já estava no nono mês daquela pasmaceira de namorico e se queria ver o padeiro muitos dias quando deixava a Paula em casa, lá ia eu para os centros de perdição. Com ela não tinha direito a nada e sendo como era, bastava uns beijinhos e logo o meu maninho se punha em pé solicitando brincadeira lá ia eu ter com as minhas amigas para satisfazer o gajo. Resultado: Muitas noites, ficava em casa de uma delas. O pior era no dia seguinte minha mãe atasanava-me o juízo e dizia:
- Se não ficas em casa da Paula o que andas a fazer na rua até de manhã?
Meu pai homem vivido e também já farto de tanta atazanação respondia:
- Oh Mulher deixa lá o rapaz que não aparece pranho em casa. Como rapaz novo tem as suas necessidades.
- Pois!.. Se é de mulher que precisa porque não se casa? Já lá vai quase um ano de namoro e nem o “Pai morre nem a gente almoça”
Durante aqueles todo aquele tempo era sempre a mesma coisa de vez em quando até minha irmã se metia na atazanação até que um dia ao jantar ela criticou-me de andar a namorar a Paula e a dormir com outras mulheres.
Naquela noite, foi o fim da macacada e disse-lhe:
- E tu!... Maninha que fazes na tua vida? Não te vejo namorado algum? A não ser que andes às escondidas namorando o Carlos já que sais tanto com ele!
- Ohpás!.. Nem pensem! O Carlos é só o meu melhor amigo que me acompanha nas discotecas e ao mesmo tempo serve de guarda costas.
- E é só isso? – Retorquiu nosso pai.
- Nem pensem! Então não sabem que o gajo é gay?
- Então em vez de arranjares um homem a sério andas com um maricas? – Atalhou nossa mãe.
- Pois fiquem sabendo que sendo assim é mais homem que muitos homens, é meu confidente e o melhor amigo que tenho.
Pronto! Ficou ali a confirmação dos gostos do brasileiro e que podia ser amigo de todas as famílias que as raparigas se eram puras e virgens iriam continuar na mesma.
O tempo mais uma vez foi passando com aquela pasmaceira de sempre e a pressão da minha parte pela minha mãe e por parte da moça por parte dos seus pais que também nunca mais viam a situação da filha resolvida e até dizia, que só andávamos a empatar.
Um dia numa churrascada onde estava todo mundo presente dei com meus pais e meus futuros sogros falarem do nosso possível casamento. Meti-me na conversa e deu-me um “vaipe” talvez por já estar com os copos, fui buscar o Paula que estava na converse ta com o Carlos peguei-lhe num braços e dirigi-me aos cótas:
- Pois bem! Vamos lá ver se era isto que vocês queriam ouvir!
Dei um beijo ternamente na Paula e perguntei:
- Queres casar comigo?
Aquela minha tirada parecia ter saído de um romance de cordel. Todos se levantaram e bateram palmas como se fosse o fim de um acto da tal história de cordel.
E assim perante aquela declaração todo o mundo se reuniu à nossa volta r no meio das gentes como já não o via há muito tempo saltou aos pulos o nosso Carlos também com uma voz gutural e que não era habitual a gritar.
- Eu vou ser o padrinho da noiva e ofereço os penteados a todas as convidadas, não quero que vão fazer má figura no casamento do nosso homem.
Bem penteados há borla já toda a gente tinha. Faltava o resto.
O resto foi tratados entre nossos pais e no dia aprazado demos entrada na igreja com sermão e missa cantado.
Assim. Voltamos ao princípio da história da minha vida.
Mas não ficou por aqui. Depois do copo-de-água caminhámos para as Canárias para a nossa lua-de-mel.
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As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
de Nelson Camacho
O dia de casamento
Dizem que quem casa somente pelo registo notarial, casa perante a lei dos homens contrariamente a quem casa pela Igreja, casa perante Deus! Tremenda mentira! Eu casei na Igreja tendo Deus como testemunha e um padre que na sua prelecção disse “ Se os mares se juntam permanentemente, porque razão os corpos não se aonde também juntar para a eternidade? É aqui na casa do Senhor, com a Sua ajuda, vocês, meus amigos ficarão ligados até que a morte vos separe.
A prelecção do padre acompanhada pelo coro que acompanhou a missa e a igreja cheia de familiares e amigos como espectadores, reconheci mais tarde que o que se estava a passar nada mais era que um espectáculo como se fosse uma ópera de Verdi.
Como conheci a Paula
Tudo tinha começado quando minha irmã que gosta de dar umas festinhas em casa entrou cozinha dentro uma rapariga linda de morrer com meia dúzia de pratos na mão já sem nada e dando comigo perguntou:
-Onde posso por isto? E Você quem é? Ainda não o vi na festa nem o conheço de ser colega da Cátia. Não me diga que é um penetra e entrou pelas traseiras.
Aquela gaja não se calava. Parecia metralhadora automática debitando milhares de balas.
- Não!.. Tenha calma! Eu sou o irmão.
- Irmão da Cátia? Onde tem andado escondido? Porque não adere à festa? Ela nunca me tinha contado que tinha um irmão tão giro! Quando falava do irmão pensávamos que era um puto novo e sem importância.
- Então acha que tenho importância!
- Aparentemente não tem importância para quem não gosta de homens mas para nós você é uma tentação.
Lá estava ela novamente debitando opiniões rápidas e concisas.
- Tenha calma! Não é preciso estar nervosa.
- Eu não estou nervosa. Você é que é um atentado de beleza e bom gosto.
Porra!... Já estava ficar incomodado com tantos piropos. Eu sabia que era um gajo perfeito e de bom aspecto e era assediado por mulheres e infelizmente por alguns homens, mas tantos piropos de uma só assentada era novidade.
- Então porque não entre na festa? Não me diga que é envergonhado ou tem namorada e é daqueles homens de uma só mulher?
- Não tenho namorada mas sou tipo de uma só mulher quando a tenho.
- Oh filho! Mas isso já não se usa. Não me diga que é uma jóia rara e não quer ser assediado.
- Não é isso Normalmente não compareço nas festas de minha irmã.
- Pois hoje vai juntar-se. Não só para me ajudar a levar umas cervejas como para o apresentar às minhas amigas que se vão torcer todas de inveja de ter sido eu a descobrir a jóia rara desta casa.
Entramos no salão de braço dado. Eu com um pack de cervejas e ela pendurada no meu pescoço.
- Meninas atenção!.... Olhem o que descobri na cozinha da nossa a miga! A jóia rara da casa. – Ao mesmo tempo que se atirava a mim beijando-me.
Todos bateram palmas e lá do fundo, aos saltinhos apareceu o Carlitos imitando o José Castelo Branco como era seu hábito e que já tinha conhecido por obra do acaso num dia de aniversário de minha irmã virando-se para ela.
- Meninas…. Vejam porque é que esta bichaaaa nunca vos apresentou o maninho!... Suas bichas…. Vejam este borracho que tem andado escondido.
Sendo eu um pouco introvertido fiquei mais atrapalhado do que com o encontro com a Paula na cozinha
Era por estas e outras que nunca estava presente nas festas de minha irmã, sempre recheada de gente um pouco diferentes para o meu gosto.
Minha irmã aproveitou o acontecimento para me introduzir na festa apresentando-me as colegas uma a uma. Quando chegou a altura do Carlos não foi necessário pois sabia que era o cabeleireiro oficial de todas, inclusive de minha Mãe.
Mas afinal de contas como é que aquela avantesma do Carlos aparecia nas festas da Cátia e eu o conhecia?
A Força do destino
Quando de manhã ao pequeno-almoço meus pais me avisaram para não chegar tarde para o jantar despassarado como sou, nem me lembrei que minha irmã fazia anos.
Fui para o trabalho como era normal (ainda estava-mos na época em que havia trabalho para todos). Normalmente fazia aquela viagem de ida e volta de metro. Não só era mais económico como mais barato. Ao mesmo tempo sempre ia dando uma olhada ou outra pelas garinas que por ali viajavam tal como eu. Porque normalmente apanhávamos o mesmo comboio já nos ia-mos conhecendo ocasionando por vezes uns olhares mais atrevidos mas a confusão era tanta e agora empurro à entrada ora agora empurras tu nas coxias, porque lugares sentados era mentira nunca cheguei a vias de facto com alguma.
À Tarde era pior. Os comboios quando chegavam à minha estação vinham a abarrotar de gente apressada, com sacos de compras e principalmente elas quando levantavam os braços para se segurarem ao balaústre vinha um cheiro nauseabundo de alguns sovacos. Pior ainda era quando um homossexual descaradamente encostava o seu traseiro ao meu pirilau. Era o cheirete dos sovacos das gajas e por vezes mãos pecaminosas vinham apalpar meu instrumento. Os apertos eram tantos que não tinha por onde fugir e se desse bronca, na volta era eu que ficava mal visto. Já tinha assistido a uma cena de um gajo que estava a ser apalpado e como não gostou fez uma cena dos diabos mas quem ficou mal visto foi ele pois o gajo que o estava a apalpar era uma bicha tipo José Castelo Branco e deu-se uma paxeirada que o coitado teve se sair na próxima paragem.
Viajar no metro às horas de ponte, tem destas coisas, não contando com os carteiristas que proliferam nas carruagens sempre à espera de uma oportunidade para o gamanço.
Naquele dia felizmente não me aconteceu nada de estranho tanto no trabalho como no metro, portanto cheguei a casa feliz e contente.
Quando ia a entrar no prédio ia ao mesmo tempo um primo e uma tia com embrulhos. Foi quando me veio à mona que minha irmã fazia anos. Depois de os cumprimentar pedi desculpa e disse que já vinha.
Lá corri novamente para o metro a fim de ir até à baixa para comprar uma prenda.
Procura a loja indicada, escolher aprenda e esperar pelo metro levei uma hora. Os comboios naquela hora já vinham mais desafogados de gente e com lugares vazios e sentei-me.
Embora o metro ande depressa, entre a estação do Rossio e a minha sempre leva algum tempo, tempo suficiente para reparar que no banco em frente a mim estava um moço também com um embrulho na mão mas que não tirava os olhos de mim.
Fiquei um pouco incomodado e pensei para os meus botões: “Só me faltava este para me estragar o dia”.
Chegámos à minha estação. O dito levantou-se um pouco antes e dirigiu-se à porta segurando-se no balaústre vertical ficando a olhar para mim com ar de sacana. Saí em vez de ir logo para casa ainda fui ao Sr. Manel que é o merceeiro lá de o sítio comprar uma garrafa de champanhe, e lá fui todo lampeiro de embrulho e garrafa na mão.
Quando entrei em casa a minha primeira atitude foi dar uma desculpa o mais esfarrapada possível dirigindo-me a minha irmã.
- Desculpem!.. Desculpem! O atraso mas tive um pequeno problema no caminho.
- Não faz mal! Maninho. Obrigado e também ainda não chegaram todos.
Meu pai com sempre desculpando-me atalhou logo:
- Nós já sabemos que és o eterno despassarado!
Minha Mãe que tem sempre algo a criticar-me aproximou-se de mim e ao mesmo tempo que me beijava sussurrava-me ao ouvido:
- Estava a ver que te esquecias dos anos da tua irmã.
Entreguei a prenda, cumprimentei o pessoal e entreguei o champanhe a meu pai.
Tocaram à campainha e meu pai ficando com a garrafa na mão: - Olha! Aproveita e faz de porteiro e vai abrir a porta.
Se em vez do tapete estivesse ali um buraco, tinha caído nele.
Quem estava ali para entrar? Não o rapaz da camisola amarela de qualquer corrida de bicicletas, mas o que se tinha vindo a fazer a mim no metro.
Os primeiros momentos foram de um impasse estranho olhando-nos olhos nos olhos.
Carlos, era o nome dele mirando-me de alto a baixo:
- Ai filho não me diga que és o irmão da Cátia?
- Sou!.... E tu! Quem és?
- Eu sou o cabeleireiro dela!
- Pois…. Então entra...
E entrou. Com a maior desfaçatez do mundo beijando minha irmã ao mesmo tempo que dizia com uma voz gutural mas ao mesmo tempo maviosa como brasileiro que era:
- Você está linda!... Boba.
Depois virou-se para minha mãe:
- Meu amor!.. Gostou do penteado que fiz hoje a sua filha? Mas vejam só! Você está chiquérrima!
Depois distribuiu beijos por toadas as mulheres presentes bajulando-as.
Eu não sabia se havia de fugir ou de cair para o lado então dirigi-me a meu pai e perguntei.
- Mas que é esta ave rara?
- É o cabeleireiro de todas as senhoras aqui presentes.
- E é caso para o convidarem para os anos da mana?
- Sabes como são as mulheres. Adoram o Carlos e tratam-no como de família e como o gajo tem aquele jeito, não faz mal a ma mosca.
- Um jeito um pouco amaricado. Diga-se de passagem.
- Vais ver que é um tipo muito prestável e respeitador. Vais ver que ainda vais ser amigo dele.
- Amigo dele? Porra!... Por quem me tomas? Sabes que o tipo vinha no mesmo metro que eu e não tirava os olhos de mim?
Meu pai deu uma grande gargalhada:
- Eu não disse que vocês ainda vão ser amigos?
- Oh pai! Já estiveste a falar melhor. Vamos mas é rodar e ver como vai a festa. Eu não sou gay!...
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As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
de Nelson Camacho
Nesta altura do ano (mês de férias! Para quem tem a felicidade de as ter) fiz uma retrospectiva do que tenho por aqui postado desde 2007 e respectivos comentários.
Aos anónimos, aos que utilizam nomes falsos e aos Gustavos, Joãos, Maneis, Carlos, Pedros e Fernandos, Guilherme e Marias.
Quero que aqui fique expresso e publicamente a meu agradecimento a todos por lerem os meus textos, uns mais sérios que outros, mas que exemplificam histórias. Algumas transformadas em contos do dia a adia de milhares de anónimos que por razões óbvias não se querem expor, mas que muitos gostariam de o fazer e então fazem de mim o seu elo de ligação ao mundo, contando as suas histórias pesadelos e preocupações particularmente através do meu e-mail. Normalmente não as aproveito. Servem simplesmente para dentro dos meus conhecimentos de vida dar-lhes os meus conselhos (se servem de alguma coisa, pois não sou psicólogo tenho é uma experiencia de vida invejável) Em alguns casos servem para delinear meus contos literariamente onde muitos que me lêem se revêem.
Alguns choram porque se revêem nos meus contos, outros por raiva por não terem a coragem de alguns intervenientes. Alguns até perguntam “Mas isso foi mesmo assim? Aconteceu mesmo?”
Alguns que me descobriram no facebook também me lêem e embora não comentem por razões óbvias, sei que estão comigo.
Não copio histórias dos outros! Estas são sempre da minha inteira responsabilidade. Os nomes dos personagens são fictícios assim como as fotos para apimentar alguns contos são livres de copyright e retiradas da Net.
Aos que aparecem acidentalmente e outros porque me procuram efectivamente a todos o meu muito obrigado. Continuem a sonhar com o que escrevo ou a reverem-se nos meus contos
Continuem lerem-me a quí ou em “Historias & historietas erótica” este! Mais com temas dirigidos a maiores de 18 anos, mas sempre em direcção á “Educação sexual” que não se aprende na escola. Aqui nada se esconde assim como eu que não utilizo nenhum nome fictício. Sou eu mesmo! Se alguns comentários não são divulgados é porque não os acho dignos das suas divulgações ou porque pediram para não seres divulgados e entraram no seu foro intimo ou ainda porque julgam que através dos meus blogues podem alcançar proveitos (sejam eles quais forem). Para encontros! Há outros sítios na internet.
Nunca recebi comentários ofensivos o que me agrada bastante e a todos muito obrigado.
Obrigado! Boas férias, sejam felizes como eu vou tentar. Vou à “pesca” e depois volto.
Nota: Dizem alguns dos meus amigos não virtuais que sou um homem de uma coragem inaudita vir para a blogosfera tratar de assuntos que são ainda proibitivos a muitos e não me escondendo atrás de um qualquer nome fictício e dando a cara. A estes guardo um carinho e respeito de muitos anos. Eles sabem quem são.
Não se esqueçam que “a realidade ultrapassa a ficção e a ficção por vezes é a realidade ”
Tal como os cantores e actores os seus melhores pagamentos são as palmas do publico, aqui o melhor pagamento é o leitor da blogosfera encontrar-me e gostar do que escrevo e comentar. Obrigado Nelson Camacho
É tempo de ir de féria! Depois volto.
Fiquem-se com o meu amigo Alex em “Férias de Mister Gay”
Obrigada por me lerem! E comente sem medos.
Nelson Camacho D’Magoito
“O Caçador”
de Nelson Camacho
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