Quinta-feira, 12 de Março de 2015

A Mãe que queria ter um neto

Isabel do Carmo tinha nascido na província. Filha de lavradores abastados um dia por imposição dos pais acabou por casar com um regente agrícola também de bastantes posses. Isabel foi educada no regime fascista e como seria normal na época, bastante temente a Deus, Tanto na escola como na igreja que frequentava os seus horizontes de vida não passavam dos conceitos cristãos existentes na época.

Um dia o marido fez-se sócio de uma empresa dedicada à agricultura e vieram morar para Lisboa.

Vieram para um condomínio fechado onde todos os seus habitantes também eram pessoas bem na vida e mais ligados aos negócios que à Igreja onde ela tinha sido criada ou seja: Pessoas de mentes mais abertas.

Por força das circunstâncias começaram a conviver com os outros condóminos. Até davam festas num salão existente para o eleito naquele condomínio. Quando de bom tempo também se juntavam na piscina comum, até que por natural da vida as mulheres foram tendo os seus filhotes. Inclusive a nossa amiga por força do destino teve um filho no mesmo dia e na mesma clinica que a Helena que habitava a vivenda mesmo ao lado.

Durante vários anos aquilo foi uma festa e as criancinhas foram crescendo e como seria natural quase como irmãos. Até entraram no mesmo infantário e mais tarde na mesma escola, não passando um sem o outro.

Anos depois

 

O Pedro e o João eram como o ”O Roque e o amigo” Estudavam ora em casa de um ora em casa do outro. Em dias de piscina lá estavam eles dando espectáculo nos seus saltos acrobáticos para delícia dos seus progenitores e vizinhos com quem se davam.

Com prévia autorização dos pais lá começaram a sair há noite sem ninguém se preocupar para onde iam.

Só D. Isabel de vez em quando, perguntava se eles ainda não tinham arranjado namoradas às quais eles respondiam que ainda era cedo para isso, Primeiro queriam curtir a vida.

O tempo e os anos foram passando até que atingiram os dezoito anos. Ambos os casais fizeram uma grande festa e então sim naquele dia de verão lá apareceram muitos colegas Rapazes e raparigas e todo o mundo curtiu a piscina. Alguns quase em pelota, fazendo uma “Rave” com Dj e tudo. D. Isabel nunca tinha visto tal e tanto desaforo, principalmente das raparigas que só em bikini se atiravam à água.

Tratando dos comes e bebes D. Isabel e D Helena na cozinha iam-se queixando da falta de namoradas dos seus filhotes. D. Izabel até comentava já andar a preparar o enxoval para o seu mais que tudo, enquanto os papás se entretinham no churrasco e olhando de soslaio para as raparigas, lembrando-se como era no seu tempo e comparando com suas mulheres que também já tinham sido assim, só que com mais recato e roupa.

Chegou quase a fim da festa quando os papás mandaram juntar todo o pessoal para dar a boa nova, ou seja, as prendas para os rapazes. Ouviu-se grandes buzinadelas de carros na rua e todo o mundo foi ver o que se passava.

Eram as pendas que chegavam. Nada mais nada menos que dois carros iguais.           

Os pais dos rapazes então depois de uma prelecção adequada à ocasião entregaram-lhes as respectivas chaves e um envelope a cada um onde por fora dizia “Para a Carta de Condução”

A alegria esfusiante de todos seguidos de palmas e beijinhos aos progenitores e depois de irem ver as “Bombas” voltaram aos saltos na piscina.

As acrobacias não paravam, principalmente dos nossos rapazes.

De repente o Carlos mais afoito subiu ao último lance e com uma pirueta lá se atirou. Calhou-lhe mal o cálculo e foi bater com a cabeça no fundo da piscina. Ninguém nutou o sucedido menos o João sempre atento ao que o amigo fazia e notando que algo de estranho se passava e não vendo o Pedro à tona, atirou-se à água e foi buscar o amigo levando-o para a borda da piscina.

Foi quando todo o mundo nutou que algo de estranho se passava fazendo uma roda à volta dos mesmos.

Pedro soltou alguma água que tinha bebido e João muito aflito, beijo-o longamente na boca comentando logo a seguir:

 

- Epá! Pregaste-me um susto dos diabos. Não voltes a fazer esta brincadeira.

  

Enquanto todo o mundo batia palmas os pais dos rapazes aproximaram-se para ver o que tinha acontecido mas só chegaram na parte final ou seja, no memento em que o Carlos era beijado pelo João. Ficaram tão confusos com a situação que até D. Isabel, muito atreita a cheliques, julgando ser outra coisa, acabou por desmaiar, passando a ser ela a socorrida.

 

Entretanto ao que parece o Pedro gostou do beijo do João e segurou-lhe na cabeça sendo desta vez ela a beijar o amigo.

Esta cena criou uma perplexidade estranha entre todos de tal forma que em uníssono com as palmas ouviu-se um borborinho Ahhhhhhhhhhh.

 

 Depois de todos recompostos com o sucedido praticamente acabou a festa.

  1. Isabel acompanhada pela amiga recolheu-se aos seus aposentos.

Os colegas dos rapazes enquanto se preparavam para se irem embora ouviam-se em surdina, alguns comentários.

 

As raparigas comentavam que eles eram mal empregados para seres gays e os rapazes, a sorte que eles tinham em terem pais ricos e lhes terem oferecido os carros.

 

Depois daquela cena D. Isabel em conivência com a vizinha começou junta da direcção da escola onde os rapazes andavam a tentar saber os nomes e moradas das mães das raparigas, colegas dos filhos, com a finalidade de marcar reuniões e chás canasta em casa de Isabel. Resultado: Passados algum tempo essas reuniões começaram sendo o intuito primário a realização de festas com colegas dos rapazes sendo a maioria dos convidados, raparigas.

Isabel que tinha sido casada por imposição dos pais, queria fazer o mesmo para seu filho arranjando-lhe namoradas pressionando-o constantemente que queria ver a casa cheia de netos.

Isabel não se conformava com os tempos de mudança que se estavam a passar na juventude actual.

Os jovens de hoje não são os mesmos de há quarenta anos. Têm as suas próprias opções quanto ao casamento.

 

Os tempos foram-se passando e com tantas pressões, os rapazes lá foram arranjando as suas namoradas, mas sem quando se tratava de viagens de recreio de noitadas ou viagens de estudo andarem sempre juntos.

 

Já tinham carta de condução e embora cada um ter o seu carro, raramente viajavam cada um com o seu. Normalmente faziam-se conduzir num ou noutro  

 

Chagaram as férias e os nossos rapazes para fugirem a todas aquelas pressões resolveram ir passar quinze dias ao Algarve. Quem tratou do hotel foi o Pedro e na véspera da partida foram curtir a noite para o Bairro Alto.

 

Quando Isabel foi tratar do quarto do filho tratando-lhe das malas, despertando-lhe a curiosidade foi abrir-lhe a pasta do filho onde encontrou o Voucher do Hotel e achou estranho no documento constar a marcação somente de um quarto. Telefonou para a amiga Helena a perguntar se sabia qual o Hotel onde o filho iria ficar no Algarve e ele confirmou ser o mesmo do Pedro.

 

- Mas eu estou a ver aqui o Voucher e só está marcado um quarto.

- Amiga!.. Mas isso é normal. Já quando vamos todos eles ficam sempre no mesmo quarto.

- E acha isso normal? Dois homens ficarem no mesmo quarto?

- E porque não? Primeiro são amigos desde que nasceram, segundo a relação entre o meu filho e o seu, cá em casa nunca nos preocupou.

- Desculpe lá!... Mas relação? Que quer dizer com isso?

- Lembra-se quando foi o aniversário deles e a queda do Pedro na piscina e o beijo que eles deram?

- Sim!... Lembro-me perfeitamente.

- E você não desconfiou de nada?

- Mas desconfiar de quê?

- Desculpe amiga, mas você das duas, uma. Ou anda atrasada no tempo ou não quer ver o que está mesmo debaixo no nariz.

 

Isabel, se naquele dia tinha desmaiado? Naquele momento simplesmente desligou o telefone. Aquele seu desejo de encher a casa de netos tinha acabado.

Naquela noite depois de contar ao marido o que tinha descoberto nunca mais conseguiu dormir e ainda mais depois do marido ter comentado o facto:

 

- Deixa lá os rapazes. Desde que não andem para ai a dar nas vistas e sejam felizes é lá com eles e também pode ser que seja uma faze passageira e que um dia sigam outro rumo.

- Quer dizer que tu já sabias?....

- Saber não sabia. Mas também não sou parvo. E com a desculpa de estudarem à noite em casa de um ou do outro e acabarem por adormecer nos seus quartos. Ó mulher!.. Não me digas que nunca desconfiaste?

 Isabel perante a atitude do marido não conseguiu dormir mesmo e foi para a sala a fim de ver quando o seu mais que tudo chegava, mas teve azar. O Rapas quando entrou já vinha com o pequeno- almoço tomado e com o amigo. Só vinha buscar as malas.

 

- Então tu não me vais dar netos!... É isso? E tu? João vais na mesma!...

 

Os rapazes olharam um para o outro e só comentaram:

 

- Estamos lixados!... Já fomos descobertos.

 

Sem mais qualquer comentário de ambas as partes, subiram para o quarto e rapidamente desceram com as malas que faltavam. Ambos deram um beijo na Isabel que ficou como petrificada no meio da sala.

 

- Isto não vai ficar assim!...  – Comentou Isabel enquanto os rapazes saiam porta fora.

 ----------------------- Fim -----------------------

  Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção

                Nelson Camacho D’Magoito

        “Contos ao sabor da imaginação” (cn-267)

               Para maiores de 18 anos

                 © Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)

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Segunda-feira, 9 de Março de 2015

INVERSÃO DE VALORES

CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE

(Assunto verídico)

Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP 1 – De mãe para mãe

“Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão
contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da
prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.
Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho,
das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar,
bem como de outros* *inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram
a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães
na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de
Defesa de Direitos Humanos, etc ...
Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. 
Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar. com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusivé aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Se você ainda não percebeu, SOU A MÃE DAQUELE JOVEM QUE SEU FILHO MATOU CRUELMENTE NUM ASSALTO A UMA BOMBA DE CONBUSTÍVEL,
onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e
ajudar a família. No próximo domingo, enquanto você estiver a abraçar e
beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores
na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...

Ah! Já me esquecia:
Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu
magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão
que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir
pena, por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas
"Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto
ou indicar-me quais "os meus direitos".

Para terminar, ainda como mãe, peço por favor: 
Façam circular este manifesto! 
Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só ...

Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos"!”

Maria do Céu Ribas Lopes

-----------------------------------  Fim ------------------------------

Asta carta se você for pai ou mãe pode torna-la viral para exemplo de muitos, digo eu….

            Nelson Camacho D’Magoito

                “Estados de alma” (cn-266 )

                  © Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)

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Sábado, 7 de Março de 2015

Sonho que foi realidade

Nunca tinha sentido aquela pequena dor dentro de mim.

Primeiro foi ao contrario do que já tinha sentido quando estive engripado e alguns dias sem evacuar. Era uma pequena dor estranha de penetração que se ia aliviando cada vez mais por cada vez que algo me penetrava insistentemente ao mesmo tempo que o meu pénis ia inchando ao mesmo tempo que se ia roçando nos lençóis de seda com que a cama estava feita. Estava também sentindo algo de estranho em todo o meu corpo. Estremecendo em convulsões como nunca tinha sentido. Deixou de me doer o ânus ao mesmo tempo que os meus loucos espermatozóides iam saindo em catadupas. Já não era o simples roçar nos lençóis mas a masturbação que alguém que encostando todo o seu corpo às minhas costas como se de um só corpo fosse e num vai e vem constante não só me penetrava docemente como me masturbava convulsivamente. De repente já sem dor alguma senti um líquido viscoso e abundante dentro de mim ao mesmo tempo que do meu pénis saiam também os tais loucos como se se tratasse de uma mangueira de água ligada a uma torneira de água quente, entrando por um lado a saindo por outro.

Senti-me bem a aliviado daquele stresse orgânico num êxtase total.

Nada daquilo tinha ido rápido. Tinha levado o seu tempo. Desde que comecei a sentir uns dedos viscosos derivado a abundante creme manusear-me as pregas do meu ânus até àquele pau começar a penetrar-me ao mesmo tempo que uns lábios carnudos e dentes afiados me mordiscavam os lóbulos e a nuca tinha levado se não horas, pelo menos longos minutos. Quando se deram os espasmos em uníssono, nossos corpos desfaleceram como coisa morta.

Mais uns longos minutos na mesma posição até que ficamos de lado de conchinha e até adormecer só ouvi o Rogério segredar-me ao ouvido:

 

- Gostaste?

 

Certamente estava a sonhar, pois não dei por mais nada até adormecer.

 

Quando acordei já o sol raiava janela dentro iluminando todo o quarto e porque batiam à porta ao mesmo tempo que entrava minha mãe, perguntando-me se não me levantada para o pequeno-almoço.

Assustei-me, encolhi-me todos e puxei o édredon para nos tapar, mas só estava eu. Nem no quarto nem na cama estava mais alguém. Afinal de contas tinha sido um sonho.

Minha mãe voltou a insistir:

 

- Vê se te levantas. O pequeno-almoço está a ser servido junto à piscina onde os teus primos já se mergulham.

 

Meus primos? Piscinas? Mas afinal onde é que estava? Aquele quarto também não era o meu. Os lenções estavam todos conspurcados de langonha e algo estava a querer sair de mim. Depois de minha mãe sair levantei-me a correr para a casa de banho para evacuar e deitar fora tudo o que para lá entrou, Afinal de contas não tinha sido um sonho e tinha de descobrir o que se tinha passado.

 

Oito dias antes

 

Tinham acabado as aulas e o verão tinha chegado.

 

O mês de Agosto é um mês carismático onde todos os familiares ausentes no estrangeiro se juntam. É o tempo do reencontro e das apresentações dos familiares que nasceram no estrangeiro e das visitas às casas dos emigrantes que com o esforço do seu trabalho aqui mandaram construir.

A minha família também não fugia à regra e os tios que na época da crise buscaram uma vida melhor no estrangeiro naquele verão também cá vieram com toda a sua prol.

Assim que chegaram e porque já tudo tinha sido combinado abalamos todos para o Algarve, mais propriamente dito para Albufeira local onde os meus tios escolheram para construir a casa,

Entre toda aquela gente, também veio primas e o primo que não conhecia.

 

Quando chegamos embora a casa fosse grande e o que é normal, falta sempre camas para tanta gente mas a situação ficou resolvida. Casais para um lado, solteiros para outro. Raparigas com raparigas e rapazes com rapazes.

O Rogério era o puto mais velho- tinha 20 amos – e tinha direito ao seu quarto. Como foi comigo no carro e conversamos bastante sobre a sua vida em Paris e os prazeres que aquela cidade proporciona, logo indicou ser eu a ficar no seu quarto.

O desfazer das malas ficou para os cotas e a preparação do jantar para as mulheres.

As primas, miúdas giras mas novas para qualquer abordagem pois eram duas com idade ente os dez e os doze anos resumiram-se às suas brincadeiras normais da idade. Para meu convívio sobrou o Rogério que tinha nascido em França e pouco falava português. Mão não ouve problemas no nosso entendimento pois contrariamente à malta nova. Tinha aulas de Francês e quanto ao Inglês não me interessava muito. Resultados, linguisticamente entendíamo-nos bem. Depois de arrumarmos as nossas roupas e porque a tarde assim o apetecia vestimos uns calções de banho e em vez de irmos tomar duche fomos dar uns mergulhos na piscina.

Entre outras conversas o Rogério quis saber como era a vida nocturna por ali em Albufeira.

Então tentei dentro dos meus conhecimentos informar aquele luso-Francês como se localizava Albufeira no mundo e sua origem

 

“Albufeira não é apenas a capital do turismo em Portugal, é também um local carregado de história

O nome de Albufeira provém do árabe Al-Buhera, que significa "pequeno lago/lagoa",

O contacto com os Fenícios, os Gregos e os Cartaginenses, ensinaram aos habitantes o alfabeto, a utilização da moeda e a conservação dos alimentos através do sal. Ocupada numa primeira fase pela civilização Romana, o seu nome inicial era Baltum.

 Este povo introduziu o conceito de organização administrativa e desenvolveu uma intensa actividade agrícola, mineira e comercial. Construiu ainda aquedutos, estradas e pontes, dos quais ainda existem alguns vestígios.

Foi a partir do final do séc. XII que se iniciou a conquista cristã da região. A tomada da vila aos mouros deu-se definitivamente em 1249 com os Cavaleiros da Ordem de Santiago no reinado de D. Afonso III e doado à Ordem Militar de Aviz, tornando-a assim parte do reino de Portugal e dos Algarves. A 20 de Agosto de 1504.

A partir de meados do séc. XIX a actividade piscatória promoveu um grande impulso económico. A exportação de peixe e frutos secos foram os principais meios de lucro da região. A partir da década de 60, já no séc. XX, o turismo começou a florescer e deu novo fôlego à economia local. Com o seu crescimento tornou-se cidade em 1986.

Até aos dias de hoje, tem estado em franco desenvolvimento graças a uma actividade turística em expansão que a transformou num dos destinos turísticos preferidos da Europa.

A necessidade de satisfazer a crescente procura turística obrigou Albufeira a sair do seu centro histórico e estender-se em direcção as suas zonas rurais proporcionando alojamento de qualidade e infra-estruturas de luxo. Este alargamento criou novos pólos de atracão tais como o Montechoro, as Areias de São João e a famosa Oura. A recente construção da Marina de Albufeira ajudou a ligação da cidade à sua zona Oeste que se estende até a Galé e aos Salgado.

Passou também a ser o destino de muitos estrangeiros a mudar a sua residência temporária ou permanente para esta região.

A vida nocturna em Albufeira é bastante animada, e tem o ritmo de uma metrópole turística e, à medida que o sol se põe, encontram-se os amantes de todos s géneros em discotecas, restaurantes e bares, depois de frequentarem vários desportos existentes tais como: Ténis, golfe, desportos aquáticos e muito mais que fazem as delícias dos desportistas mais exigentes.”

 

Depois mas minhas explicações, achai estranho ele perguntar se não havia nenhum bar Gay.

Como não sabia nada sobre o assunto nem tão pouco alguma vez tivesse frequentado tais bares até mesmo em Lisboa ele achou estranho sabendo tanto sobre Albufeira não estar dentro do assunto e até me perguntou de nunca tinha tido alguma relação com outros homens.

Fiquei um pouco ofendido com a pergunta e fui brigado a dizer-lhe que não era maricas e se isso lá em França era prática da juventude, nós por cá ainda não tínhamos chegado aí.

Ele não ligou muito ao meu comentário e só disse:

 

- Logo depois do jantar vamos dar uma volta e vamos à descoberta.

 

Assim aconteceu, depois do jantar toda a família foi dar uma volta pela vila.

No Calçadão entramos numa esplanada que tinha música ao vivo e tomamos uns copos. Os cotas que estavam cansados da viagem resolveram ir para casa e ficámos somente os dois e pedimos mais uns Koktail’s.

Parecia ser de propósito pois quem nos atendeu foi um moço todo amaneirado que notando que falávamos francês e julgando que o eramos e num francês correctíssimos perguntou-nos se não queríamos curtir a noite.

O Rogério arrebitou logo as orelhas e disse que estaríamos interessados em ir tomar uns copos num bar de temática LGBT.

 

- Se vocês tiverem carro, eu saio às duas e posso leva-los a um desses bares aqui perto que está aberta até às quatro da manhã.

 

Ora esta!... Então vem um gajo lá das franças passar férias e em vez de procurar umas gajas procura maricas? Estou fudido com este. - Pensei eu embora não tivesse coragem para dizer fosse o que fosse e acabei por aceitar o repto. Nem quis tocar no assunto. Sempre queria ver o que iria acontecer.

 

As duas da manhã chegaram depressa e logo apareceu o tal empregado todo aparaltado dizendo que a despesa já estava paga e apresentou-se como Jean Pierre.

Segundo nos contou estava em Portugal fazendo um curso do Erasmo e para subsistir à despesas trabalhava de noite em bares, cafés e esplanadas.

Metemo-nos no carro e lá fomos para o tal bar.

 

Aparentemente o exterior do Bar Pride Disco não dizia nada de estranho mas para o Rogério demonstrou ser um alívio pois em França havia um Bar com o mesmo nome onde ele mais tarde confessou passar grandes noites.

Logo à entrada Jean Pierre foi cumprimentado com grande euforia e fomos conduzidos a uma mesa rodeada por um sofá com quatro lugares.

Vieram os Cocktails e iniciamos uma conversa de circunstancia na qual Jean Pierre ficou a saber que eramos portugueses. Pouco depois vendo ao longe um estrangeiro mesmo, pediu licença e lá foi. Só mais tarde vim a saber que o tal estudante era um garoto de programa e fiquei só com o Rogério.

A música ambiente estava bastante confortável para uma conversa sem gritos e o meu primo descoseu-se contando-me a sua vida em Paris ao mesmo tempo que em certas ocasiões me punha a mão na perna.- Como achava ser normal aquela forma de contacto, nada disse.

A noite foi seguindo até que o Jean Pierre já com um companheiro se veio despedir de nós desejando-nos sorte. Só mais tarde vim a entender o que ele quis dizer com aquilo.

Dos cocktails passamos para os whiskies simples e já um pouco perturbado Rogério aproximou-se mais de mim e beijou-me nos lábios.

 

- Não podemos ter dado este beijo… - Respondi muito atrapalhado -.

- Porquê?.. Não gostaste?

- Não…. Não é isso…

- Então o que é?

- Não é próprio… Dois homens beijarem-se assim…

- Não é próprio? Mas não gostaste? Não sentiste nada de especial?

- O problema é esse!.. Nunca tinha sentido tal sensação de prazer…

 

Rogério segurando-me novamente na cabeça com as duas mãos aproximou-a da sua e os dois pares de lábios encontraram-se como dois apaixonados antigos.

 

No meu cérebro, ao longe ouvi uma sineta de barco tocando ao mesmo tempo que em uníssono as luzes ficavam mais claras e começava a ouvir:

 

“Naquele tempo nós dois 
Tínhamos manhãs de sois 
Dias tristes eram poucos 
Nessa era adolescente 
Éramos ‘dez reis' de gente 
Mas completamente loucos”

 

Era a voz de António Zambujo interpretando “Jogo de Sedução”

 https://www.youtube.com/watch?v=Vw_7F7no77Q

Pelo que me apercebi, era a hora do Bar fechar.

Continuando mal refeito lambi os lábios que tinham ficado húmidos daquele beijo e enquanto a canção se ia desenvolvendo e olhando firmemente os olhos do Rogério perguntei:

 

- E agora?

- Agora somos adultos e responsáveis. Vamos para casa acabar a noite.

 

Pagamos a conta e fomos para casa.

Foram umas férias como nunca tinha tido. Nas próximas sou eu que vou a França.

--------------------------- FIM -----------------------------

Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção

               Nelson Camacho D’Magoito

        “Contos ao sabor da imaginação” (cn-265)

                  Para maiores de 18 anos

                       © Nelson Camacho
    2015 (ao abrigo do código do direito de autor)

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Terça-feira, 3 de Março de 2015

Jogos de sedução – Eu não beijo

Ruas e Jardins de engate

 Tinha acabado de fazer umas compras no Corte Inglês em Lisboa. Um hipermercado sucursal do mesmo estabelecimento de Espanha e que fica no topo do nosso Parque Eduardo VII. É um estabelecimento onde se vende de tudo e mais alguma coisa e até tem um parque subterrâneo de estacionamento mas que infelizmente não foi feito para carros de grande porte que é o caso do meu, resultado quando lá vou deixo-o sempre cá fora numa das avenidas do Parque.

Naquele dia e porque me alonguei nas compras o tempo foi passando e resolvi jantar por lá, resultado, quando sai já a noite tinha entrado. Eram umas onze horas.

Com a maior das cautelas, abri o porta bagagens e lá meti os sacos das compras e a minha maleta de documentos e telemóveis ficando somente com algumas notas na algibeira das calças como sempre foi meu hábito quando faço tensões de deambular com o carro durante a noite pelas ruas da cidade.

 Este meu hábito já é bastante antigo quando me desloco em qualquer cidade do mundo, não deixando no interior do carro algo à vista que desperte atenção aos amigos do alheio. Antigamente já assim era, mas actualmente há que ter ainda mais cuidado pois o perigo está sempre há espreita.

Trocando as voltas a quem estivesse por perto observando os meus movimentos desci a avenida dei uma volta entrei numa rua onde há um café, parei, comprei uns cigarros, tomei um café e voltei para o mesmo sitio. Encostei o carro e parei. Estava numa de não saber onde iria acabar a noite e liguei o rádio. Estava a dar o António Zambujo com uma canção “O Rapaz da Camisola Verde” onde a certa altura o poema de Pedro Homem de Mello e Frei Hermano da Câmara diz:

 

De mãos nos bolsos e olhar distante

Jeito de marinheiro ou de soldado

Era o Rapaz de camisola verde

Negra madeixa o vento, boina marujo ao lado

 

Perguntei-lhe quem era, e ele me disse

Sou do monte, senhor, um seu criado

……………….

 

Perante aquele belo poema fiquei mais atento a tantos rapazes que ao mesmo estilo deambulavam avenida abaixo em passo lento mirando os carros de alta cilindrada que por ali passavam lentamente. São os rapazes verdes a alugar o corpo a homens maduros por dez euros, às vezes mais, conforme o tempo ou função exercida. É o jogo de sedução entre meninos baratos e caros ligeiros também baratos. Os meninos de ténis de marca e jeans rasgados e coçados do uso lá vão deambulando como gatos vadios espreitando a sua presa que o irá satisfazer as suas necessidades mais prementes.

Lá mais a baixo os caros de grande cilindrada. (são os senhores do dinheiro) aí a procura já não dos meninos verdes. Já são mais crescidos. Usam sapatos de pelica, calças de fazenda e a cabeça bem descoberta seo os casaco de capuz com que se tapam os mais novos (até para esconderem um pouco as suas idades) Alguns até já têm os seus clientes certos. Quando o engate se dá com um homem casado e mais velho até dá direito a um fim-de-semana fora em qualquer hotel escondido de outros olhares.

Já não são rapazes verdes mas que se sabem comportar dignamente aproximando-se muito dos “Rapazes de programa” e sabem fazer companhia a quem necessita dela.

De qualquer das formas a coreografia dos movimentos é sempre a mesma. Avenida abaixo, avenida acima uns com os faróis cintilando marcando as suas intenções e outros de olhar fixo nos faróis com precisão de raio-x, tentando vislumbrar a aparência do condutor.

  No meio de todo este bailado também há o interesse pelas preferências. Não as preferências do género que isso resolve-se no primeiro contacto, mas das aparências visual.

Uma carinha laroca da parte do engatado e uma apresentação bem cuidada do lado do engatante sempre tem mais possibilidades.   

Não é à vista desarmada que se percebe quem são os rapazes que andam na rua à espera de entrar num carro. Há que haver sempre uma pequena aproximação que é feita através da tal coreografia balética até chegarem à fala com uma conversa da treta:

 

O rapaz normalmente para início da conversa pede ou pergunta:

- Tens um cigarro?

- Vamos dar uma volta?

- Queres ir brincar? – Sei de um local que ninguém nos chateia.

- O que queres fazer? Eu não beijo!.. nem levo no cú mas faço-te vir.

 

Se é para uma rapidinha do carro vem a resposta:

 

- Mas já disseste tudo.

- Só falta dizeres quanto queres.

 

Antes da entrada no carro é acordado o preço e o que vão fazer

É um negócio rápido e que é concretizado mesmo ali ou mais adiante no tal local mais escuro porque o rapaz tem mais engates para fazer durante a noite e aquilo é pegar ou largar.

 

E se não for uma rapidinha?

E se eles andam ali para engatar e não para serem engatados?

E se o objectivo o que é mais raro, é encontrar um amigo para partilhares os seus gostos se tabus?

 

Nestes casos, embora haja também o dinheiro para contrapartida por vezes este é esquecido como foi o caso do João que logo no primeiro contacto houve uma certa química e ficou a viver em casa do Carlos que embora se completassem sexualmente o João para arranjar mais uns trocos, pelo menos uma vez por semana vai até à Estação do Rossio para se prostituir.

 

O Eduardo. Por causa de uns sapatos da Nice que os pais não lhos compravam começou por se prostituir com dezasseis anos. Começou por bater uma punhetas a homens casados que por ali circundavam chegando sempre a casa de manhã até que um dia encontrou um mais esperto que vivia só e o levou para casa onde ficou um fim-de-semana. Vestiu de roupas de marca e acabou com as punhetas pois foi comido sexualmente de todas as formas e feitios. Pelo menos durante um ano passou os fins-de-semana com o amante. Como os pais eram gente humilde aceitaram a versão “que tinha conhecido um rapaz amigo”.

 

Uma História que acabou mal

 

Também há a história do Lucas que veio Vila Nova de Gaia para o Porto com o fim de vir para a grande cidade arranjar emprego. Arranjou numa pastelaria onde conheceu o colega Fonseca que lhe facilitou nos primeiros tempos ficar em sua casa rachando as despesas. Tudo bem até ao terceiro mês altura em que o rapaz nutou que o amigo ganhando o mesmo que ele só vestia roupa e sapatos de marca e o dinheiro dele não dava para tanto e fez a observação.

 O Fonseca então – entre risadas - explicou-lhe que tinha descoberto uma mina de ouro.

 

- Epá sendo assim não há por lá outra para mim? – Perguntou ingenuamente o Lucas.

- Já estiveste na cama com um homem?

- Porra! Mas que merda é essa?

- Uma noite vais comigo dar uma volta e logo vês. Vais ver que não custa nada.

 

O rapaz pouco conhecia do Porto e aceitou a oferta. Naquela noite o Fonseca emprestou-lhe uns jeans já coçadas e rasgadas e como era verão uma t-shirt de alças apertadinha e lá foram até ao centro da cidade mais propriamente dito Estação de São Bento e Rua Sá da Bandeira, e suas perpendiculares chamando-se ao local “A Rua do Rapazes” Assim que entraram na zona O Fonseca apontando para meia dúzia de rapazes que se pavoneavam e alguns carros que desciam e subiam as ruas disse-lhe:

 

- Aqui tens a minha mina de ouro.

- Epá! Mas só vejo gajos e carros.

- Queres ver como é? Aguenta ai e vê bem como faço. Se alguém se meter contigo não dês troco.

 

O Fonseca abeirou-se da estrada e levantou a mão com o Polgar para cima como quem pede boleia.

Logo um carro que descia devagar acabou por parar ao seu lado. A porta abriu-se e o Fonseca entrou não sem antes fazer sinal ao amigo para esperar.

 

Lucas já estava farto de ali estar quando ao fim de meia-hora o tal carro voltou a parar junto dele e o Fonseca desceu e junto dele com uma nota de 20 Euros comentou:

 

- Este já cá cante.

- Epá!.. 20 aereos por meia-hora? Onde foram?

- Ali ao fundo… Como estava escuro foi mesmo ali.

- Mas foi mesmo ali o quê?

- Bem!.. Das duas, uma. Ou és trouxa ou estás-te a fazer de parvo.

- Desculpa mas não entendi.

- Epá o velho fez-me um broxe e ganhei os vinte euros.

- Epá era por isso que perguntas-te se já tinha estada na cama com um homem?

- Não querias uma nina de ouro? Válá agora é a tua vez, Esta noite já me vim 

 - Deixa-te de merdas vamos mas é para casa.

- Mas não queres ganha também algum? Há ai um gajo mais novo que gosta de levar dois. Ela faz-te um bico e como eu já me vim bato-lhe uma pivia. São vinte para cada um.

- Epá desculpa lá mas não consigo.

- Pronto!... Tá bem, vamos para casa.

 

Naquela noite não voltaram a falar no assunto mas como era Sábado e no dia seguinte estavam de folga podiam ficar mais tempo na cama.

No dia seguinte o Fonseca levantou-se mais cedo e todo descascado foi-se meter na cama do Lucas agarrando-o. Este mexeu-se um pouco e quando senti-o que o amigo o estava mesmo a agarrar e com o pau todo hirto encostado a ele, quase que deu um salto.

- Tá quieta. Não te faço mal, não queres aprender como se ganha dinheiro? Vime ontem à noite mas estou pronto a vir-me novamente.

- E queres que seja eu a fazer-te um broxe

- Não!... Faço-te eu primeiro, vais ver que gostas. Depois fazes tu ou então dás-me uma foda. Mostra lá o que tens aí. – E arrancou-lhe os calções. Oh porra esta merda está murcha.

 

Estava!... porque assim que o Fonseca começou a abocanhar aquele pau de cabeça lustrosa logo se começou a levantar e a encher-lhe a boca de esperma com tanta força que quase o ia sufocando. Ainda mal refeito de tanta rapidez:

 

- Porra!... Para quem não gostava foste mais rápido que eu!... Agora tens que te vir novamente porque quero que me fodas.

 Não lhe largando o pénis que continuava em forma virou-se e apontou para seu ânus que mesmo sem lubrificação lá ia entrando primeiro devagar e depois com toda a fúria, não fosse o Lucas um rapaz novo e cheio de virilidade. Porra a quele gajo não tinha nada a ver com os cotas engatados na Rua dos Rapazes.

Lucas, bombando cada vez mais freneticamente agarrou na pila do amigo masturbando-o até se virem os dois.

Exaustos caíram para o lado.

Lucas ficou a saber como rentabilizar a sua mina de ouro.

 

Meses depois

 

Depois daquela experiencia que continuou durante muitas noites os nossos rapazes voltaram a ir dar umas voltas nas “Ruas do Rapazes” tornando-se já habitués da zona e com alguns clientes.

O dinheiro estava a ser fácil mas o Lucas estava a querer cada vez mais e já era ele a desfiar o amigo a fazerem menage à trois com alguns clientes mais endinheirados. Em casa com o amigo tinha prazer na rua com os clientes era puro negócio. Derivado à sua ganância quando completou os 21 anos conheceu em espanhol que lhe prometeu uma vida melhor em Espanha. Deixou o amigo/colega/amante e o emprego e lá foi de abalada.

A situação em Espanha não correu da melhor maneira. O espanhol era líder de uma organização de prostituição masculina e tráfico de droga.

Lucas metido naquele meio acabou também por se drogar acabando por ser abandonado pelo tal espanhol.

Totalmente degradado voltou ao Porto mas o seu estado físico e mental era de tal forma degradante que nem clientes nem o amigo que tinha desaparecido da zona para ir viver com um senhor de posses.

Lucas. Passou a arrumar carros pernoitando em qualquer pensão manhosa e a fazer algumas incursões por outras paragens. Para sustentar o vício chegou a trabalhar na construção civil umas vezes cá outras em Espanha. Já não vestia roupas de marca e o seu aspecto já não dava para voltar às Ruas do Rapazes até que uma noite depois de ter sido levado para o hospital descobriu que estava infectado pelo HIV.

Lucas já passou dos 22 anos, é dependente da droga que para a alimentar prostitui-se já não com os bons clientes mas com o primeiro que lhe forneça uma qualquer alucinação ou um canto para dormir.

É a degradação total de muitos rapazes que um dia quiseram ter mais que os outros, ou por força do destino, não se contiveram e andam pelas ruas das cidades matando a-pouco-e-pouco outros que só querem um pequeno prazer sexual que não dura mais que alguns minutos.

 

Hoje já nada é como antigamente

 

Há muitas histórias, umas complicadas outras não tanto, passadas nos locais mais recônditos das grandes e pequenas cidades. Lisboa, Porto, Sesimbra, Algarve e até cidades do interior.

 Os locais são dos mais diversos. Estações de comboios de barcos e camionetas, jardins, centros comerciais e bares de temática gay.

Os circuitos de prostituição são vastos e os engates são diferentes conforme os locais. Não são totalmente escancarados mas não estão escondidos.

A actividade começa sempre por volta das 21 horas e vai até altas horas da madrugada onde se verifica maior movimento pelos que ainda não ganharam a noite e farejam um último cliente antes de voltarem para casa dos pais ou qualquer pensão manhosa ou para o quarto de um amigo com quem finalmente se vão satisfazer sexualmente porque o que fizeram durante a noite foi puro negócio.

 

No dia seguinte a história repete-se.

Se é um recinto fechado. É as idas e vindas aos sanitários ou um catrapiscar de olhos junto a um qualquer balcão onde se toma uma bica e se começa com uma conversa da treta ou como não se pode fumar busca-se uma varanda para o cigarrito.

Nos locais abertos é a prostituição pura e dura, vão todos fazendo pela vida 

O bailado continua ente os que engatam e os que são engatados

Alguns já sabem de cor os bons clientes. Os carros ainda vem lá no fundo e já sabem os que querem só conversa ou o que querem ou quanto pagam. Os já habituais nem falam no preço, pois é sempre subjectivo. Às vezes nem há dinheiro em troca. Basta um jantar uma ida ao cinema e então depois sim, a cama

 

Somente os estreantes discutem o preço à janela antes de entrarem nos carros mas também nestes casos é para uma qualquer satisfação sexual rápida, pois há sempre outro cliente que se aproxima É a lei do engate até se habituarem.

 

Os carros de grande cilindrada que continuam às voltas até abrandarem com discrição já se sabe que são de homens de meia-idade e casados que procuram para diversão rapazes acima dos 21 anos e bastante activos. São os que pagam melhor e normalmente têm um apartamento.

Os carros ligeiros são de malta mais nova ou divorciados que procuram rapazes mais novos e se possível passivos embora de porte machão e sem problemas. Estes normalmente não são muito de largarem os cordões à bolsa e levam-nos para casa. Estas classes de homens são mais bissexuais. Já tiveram mulheres e filhos. Gostam de ter relações com rapazes mas não bichas na acessão do termo.

 Não se pode dizer que quem anda no engate são só tipos de carro. Em alguns locais principalmente na província em locais abertos também há os que se fazem movimentar de camionete de caixa aberta. Não contanto com os camionistas de longo curso.

    Falando em locais abertos também podemos encontrar praias em locais mais recônditos. Nestes locais é um pouco mais difícil pois todos se querem esconder pois moram perto e como dizia o outro “Santos ao pé da porta não fazem milagres”

 

A prostituição masculina de céu aberto, sempre ouve e haverá. Hoje já não é perseguida pela polícia como antigamente e contrariamente à feminina mas mais perigosa derivado há situação do país que deixa entrar todo o bicho careta que sem emprego se dedica à prostituição se junta em Ganges e à droga.

 

Este é um relato das noites de merda da nossa terra.

 

Foi num destes locais que uma vez através de um pedido de cigarro levei para casa o Pedro de 16 anos. Não tínhamos combinado o que iriamos fazer nem falamos em preço. Iriamos simplesmente conviver. Começamos por nos beijar e a partir daí tudo aconteceu durante sete anos. Nunca mais amei ninguém. Hoje tenho relações abertas mas é pegar e andar.

--------------------------------------fim ---------------------------------

 Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção

 

              Nelson Camacho D’Magoito

                    “Informação” (264)

             Para maiores de 18 anos

                 © Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)

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O Computador

O novo computador

 O Pedro como qualquer rapaz da sua idade – acabava de fazer 16 anos- era um bom estudante e já era um krake no computador onde buscava matéria para os seus estudos, mas havia um problema. Ainda não tinha conseguido que os pais lhe oferecessem um portátil. Assim, todos os trabalhos que tinha de efectuar eram sempre no escritório do pai e no seu computador. Ainda havia mais um senão. O computador do pai tinha como um relógio que se desligava todos os dias por volta da dez da noite. Lá em casa toda a vida normal parava àquela hora e pelo menos às onze da noite já todo o mundo tinha de estar na cama.

 

É óbvio que com tantas restrições lá em casa o Pedro já tinha dado uma mirada nos computadores lá da escola, principalmente no Magalhães do seu colega Fernando, um ano mais velho e que lhe ensinava como se movimentar nos sites sociais e no youtube.

 

No fim daquele período escolar que antecedia umas pequenas férias houve uma reunião de pais, para discutirem assuntos relacionados entre outros com os aproveitamentos escolares ficando o pai do Pedro todo satisfeito por saber que seu filho era um dos que tinha tido maior aproveitamento conjuntamente com um outro colega, que nada mais era que o seu amigo Fernando.

 

 Naquele dia houve festa lá em casa e palestras ao jantar de incentivo para com o Pedro e com a promessa de que iria receber um computador portátil antes do recomeço das aulas.

 

Pedro aproveitou logo a euforia de contentamento dos pais para lhes pedir que o seu colega Fernando, o tal segundo da escola começasse a ir lá a casa para estudarem juntos já que o computador do amigo era bastante antigo. E certamente que o que iria receber seria de nova geração.

 

Aqueles pais embevecidos com os resultados do filho logo se prontificaram em fazer-lhe a vontade.

 

As férias recomeçaram e a promessa dos pais foi feita. Largaram os cordões à bolsa e compraram um portátil todo XPTO que custou mais de mil euros. Fez-se uma peque na festa para a qual o Fernando foi convidado pois ele é que percebia de informática.

 Naquela noite não saíram do escritório lá de casa para as primeiras informações como aquilo trabalhava. Até se deitaram mais tarde e o pai do Pedro foi levar o Fernando a casa, embora morasse mesmo ali ao lado.

Passado aquele momento de euforia algumas vezes depois do jantar o Fernando lá ia dando as sua aula. O tempo foi passando mas era sempre a mesmo coisa, O estudo era sempre feito no escritório do velhote até que um dia o Pedro consegui-o convencer a Mãe para convencer o pai a instalar uma secretária no seu quarto para o computador e assim ficarem mais à vontade nos estudos.

 Passado um mês a mudança foi feita.

Secretária e estante nova, computador, disquetes, CDs, livros e outros apetrechos foram parar ao quarto do Pedro que era bastante grande topo suite com casa de banho privada e tudo.

Agora sim. Os rapazes podiam estudar à vontade embora obedecessem aos rituais da casa. Até o Fernando algumas vezes saia da escola directamente para casa do Pedro e lá jantava.

 

Um dia o Pedro ficou em casa com uma pequena constipação e não foi à escola. No dia seguinte que era sexta-feira embora estivesse melhor também não foi. Telefonou ao seu amigo a contar-lhe o sucedido e meteu-se na cama com o computador ao colo.

Não lhe apetecia estudar mas cuscar o Youtube umas musicas e uns filmes, até aparecer um que tinha o título “ Emanuelle a diva” Vamos lá ver o que é isto?.. Pensou….

 A cena nada tinha de especial.

Passava-se numa suit de hotel onde para além de uma cama bastante grande havia também um cadeirão de baloiço tipo Emanuelle onde poisava um robe se seda negro e transparente com vários bordados a vermelho. Espalhadas pelo quarto algumas velas estrategicamente colocadas e acesas. Ao mesmo tempo que batiam à porta de uma outra envidraçada saia uma mulher linda de roupa interior. Atravessava o quarto indo abrir a porta da qual entrava um homem bem-apessoado vestido de jins camisa aberta de onde se vislumbrava os bíceps bem trabalhados trazendo uma garrafa de espumante e duas taças.

Beijaram-se. A rapariga foi andando para trás até ao cadeirão onde se refastelou. O homem no caminho foi enchendo as taças de espumante. Bebeu de uma e deu a outra a beber à sua amada que ao mesmo tempo lhe despia a camisa em grande fúria.

Uma das taças verteu pelo corpo da mulher, Foi a vez do amante tão esperado arrancar primeiro o sutiã e ir depositar seus lábios entre os seios da mulher já ardente de prazer. Como por magia e com toda a fúria que uma situação daquelas pode causar, as cuecas dela foram arrancadas e as calças deles foram despidas.

O Machão como bom macho latino, abriu-lhe as pernas e foi mordiscar-lhe o clitóris. Ela retorcia-se de prazer pois aquela língua estava a fazer um trabalho perfeito. O machão já de pau erecto pegou nela ao colo e levou-a para a cama mesmo ali ao lado. Abrindo-lhe as pernas mais uma vez lá foi ele direito ao clitóris continuando com o que tinha começado no cadeirão. A coitada verificando que nunca mais era fudida e julgando que ele queria outra coisa, virou-se ficando de rabo para ele. Foi então quando ele, segurando-lhe nas ancas a puxou para si e começou a comer-lhe o cú.

 Nesta altura já o nosso Pedro deitava a língua de fora e mordiscava a mesma enquanto se ia masturbando.

O seu pensamento já estava no meio da cena não comendo o cú da mulher mas lambendo-lhe a rata quando bateram à porta.

 Todo atrapalhado encolheu-se todo e fechou o computador e perguntou:

 - Quem é?

- É o Fernando.

 Como é óbvio o nosso rapaz ficou pior que estragado e com as faces vermelhas disse para entrar e fechar a porta.

 - Epá! Está todo encarnado. O que é que estava a ver?

- Estava a ver um filme com uma gaja a levar na peida.

- Mostra lá.

 Pedro abriu i computador e lá estava ela a levar com aquele raralhão.

 - Epá!.. Já vi esse filme uma serie de vezes e o melhor ainda está para vir.

 Fernando não esteve com meias medidas e foi fechar a porta do quarto às chaves enquanto pelo caminho se ia despindo e já todo nu meteu-se na cama do amigo comentando:

 

- Agora é que vai ser giro.

 

Efectivamente lá no filme. Um outro rapaz entrava porta dentro e dizia que também queria.

 

Se até ali a coisa não estava a correr mal, pois nada mais era que um filme pornográfico heterossexual a coisa passou a não ser normal pois o que entrou também se despiu como o Fernando e já de pau feito logo apontou o seu pau no cú do que já lá estava passando a ser um filme gay que o Pedro nunca tinha visto.

 

Com aquela confusão toda Pedro nem nutou que o amigo já lhe estava segurando na gaita criando-lhe uma secação embora estranha mas de prazer.

 

- Queres imitar os gajos? Perguntou o Fernando ao mesmo tempo que se virava de costas e não largando aquele pau hirto o apontava ao seu ânus. Fez pressão e já com a experiência que tinha não custou muito a ser penetrado.

 

Pedro estava ater a sua primeira relação sexual e com tal gosto que rapidamente se veio dentro do amigo.

 

- Porra!.. Nem deste tempo a eu me vir, - comentou o Fernando.

 

Pedro muito atrapalhado e ainda com ele lá dentro só pedia desculpa.

 

Fernando já habituado aquelas coisas e muito sabido deixou-se ficar gozando quele pau dentro de si que nunca mais murchava até que virando a cabeça beijou os lábios do amigo e perguntou-lhe.

 

- Queres-te vir novamente? Agora somos só nós. O filme já acabou.

 

Efectivamente o filme já tinha acabado e já estavam deitados de peitos juntos ficando o Pedro por cima do Fernando e com os instrumentos de trabalho sexual roçando-se. Pedro sem ainda entender o que se estava a passar, ia beijando a boca do Fernando que sabido, ia retorquindo trabalhando com a sua língua na língua do amigo que estaria dentro em breve pronto a outras aventuras.

Fernando segurando-lhe na cabeça foi conduzindo-a até aos seus mamilos que rijos de tanto prazer aquele foi mordiscando. Momentos depois já estava, talvez julgando estar lambendo a rata da mulher que tinha visto no filme começou por meter a língua no umbigo do amigo. Dali até ao pénis do Fernando foi um passo que sorveu com sofreguidão ao sentir as suas nádegas a afastarem-se por pressão das mão do amigo que entretanto tentava lubrificar-lhe aquele cú que iria deixar de ficar vigem dentro de momentos.

 

- Queres sentar-te na minha piroca? – Dizia o Fernando ao mesmo tempo que puxando seu corpo a si, lhe afastava as pernas afastava as nádegas e apontava calmamente o seu pénis naquele cú apertadinho mas já bem lubrificado. Todo o corpo do Pedro descaiu guinchou um pouco e já estava todo lá dentro.

 

 - Agora sim!... Vamo-nos vir os dois.

 

 Talvez por o pénis do Fernando ser fino e comprido acabou por tocar na próstata do Pedro que mais uma vez ganiu de prazer cavalgando insistentemente ao mesmo tempo que se masturbava e se vinha pela segunda vez em tão curto espaço de tempo.

 

Exaustos caíram para o lado, abraçaram-se e ali ficaram até de manhã.

 

No dia seguinte

 

Se não fosse o bater insistentemente à porta do quarto, eles não tinham acordado tão cedo.

Do lado de lá ouvia-se uma voz feminina:

 

- Não me digam que estiveram a estudar toda a noite.

 

Pedro atrapalhado levantou-se e foi destrancar a porta voltando a correr para a cama tentando esconder o amigo mas a mãe que não era parva:

 

- Espero que tenham estudado bastante mas pelo desarrumo do quarto espero que se tenham portado bem. O teu pai já saiu, escusa de saber que o Fernando ficou cá e vejam se descem para pequeno-almoço.

 

Passado algum tempo ambos desceram. Na cabeceira da mesa estava a velha senhora mandando seu filho e o amigo sentarem-se a seu lado.

Perante tal atitude ambos rodearam a senhora e a beijaram nas faces e sem mais palavras tomaram os seus lugares.

 

A velha senhora no alto da sua sabedoria comentou:

 

- Quando se juntarem para estudar não deixem o quarto naquela bagunçada que cá em casa não há criados

 

Pedro com o maior sorriso do mundo e piscando o olho ao Fernando respondeu:

 

“ Descanse Mãe que a partir de hoje vamos ter mais cuidado”

 

Se mais tarde ouve alguma conversa especial entre aquela Mãe e Pai, não se sabe.

Sabe-se que até completarem o curso o Fernando ficava muitas vezes com o Pedro.

 

Mãe que é mãe, trata bem da sua Prol.

 --------------------  FIM ----------------------

 

Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção

 

              Nelson Camacho D’Magoito

        “Contos ao sabor da imaginação” (cn-263)

             Para maiores de 18 anos

                 © Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)

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