AS PRÁTICAS QUE SÓ ACONTECEM EM FILMES PORNÔS
Até parece tudo simples quando vimos um filme porno no recato do nosso quarto e na companhia da nossa mais que tudo mas na realidade no dia-a-dia não e bem assim.
Não esqueça que o que está a ver, são actores muito bem pagos e as suas performances não são uma realidade. Tudo depende do realizador, das horas de filmagens para um produto final de noventa minutos. E depois também há algumas drogas à mistura para tanta loucura.
Vou tentar a seguir listar algumas praticas que nesses filmes nos tiram o folego mas na realidade: - a vida não consegue imitar a arte.
A lingerie:
É regra em filme pornô! Toda actriz deve estar vestida como uma modelo de catálogo de lingerie, usando o trio que tanto mexe com a cabeça dos homens: lingerie sexy, salto alto e maquiagem, muita maquiagem. É sempre bom e até importante fazer uma surprezinha para o parceiro e sair desfilando com o trio, mas nós sabemos que não dá para ser assim todas as vezes. O sexo pode acontecer a qualquer momento e você pode, sim, ser apanhado desprevenida com aquela calcinha de algodão e aquela camiseta velha. Não é a sua roupa que vai indicar que o sexo será bom ou não.
Elas já nascem sabendo
Um dos grandes inimigos da mulher, o sexo oral, é mostrado nos filmes pornôs com maestria, dando a entender que toda mulher já nasce sabendo como fazer e os homens sempre sentem prazer e saem satisfeitos. Acontece que para muitas mulheres o sexo oral ainda é tratado como um tabu e por isso na hora de tentar experimentar, elas não sabem muito bem como manusear o pénis, causando desconforto tanto para ela, quanto para o parceiro. Muitas nem experimentam, mantendo o preconceito e na maioria das vezes, sentindo nojo. Quebre o preconceito e lembre-se, o que a gente não sabe, a gente aprende!
Preliminares pra quê?
Sem beijos, sem carícias, sem estimulação, apenas a penetração directa, selvagem e que leva a mulher a ver estrelas, tendo então o melhor sexo de sua vida. Pode até funcionar com os actores pornôs, mas com você e seu parceiro pode nunca ser assim. Para uma penetração que te leve ao orgasmo é preciso muitas vezes abusar das preliminares. A estimulação do clitóris nessa hora e até durante o sexo é essencial, pois é a parte extremamente sensível que fará com que se chegue ao orgasmo.
E o Kama Sutra?
É como se eles decorassem o Kama Sutra do dia para a noite e decidissem colocar em práticas todas as posições possíveis, sem nunca ficarem exaustos. S mulheres não são tão flexíveis assim e dependendo de algumas posições ficam desconfortáveis e chegam até a sentir dores musculares. Por isso, é natural que o casal escolha as posições mais confortáveis e clássicas na hora do sexo, o que não faz com que seja tão mau. Se quiser, também não custa nada tentar novas posições, novos modos de sentir prazer com o seu parceiro ou parceira.
Orgasmos múltiplos
Nessa mistura de sexo oral com todas as posições possíveis e impossíveis do Kama Sutra, é normal aparecerem os orgasmos múltiplos durante os filmes. Não é algo impossível de se alcançar, mas também não é tão simples assim. Muitas mulheres acreditam que somente alcançando orgasmos múltiplos se sentirão satisfeitas e fazem a satisfação do homem, o que não é verdade. O importante é sentirem-se confortáveis, de bem consigo mesma e aproveitarem ao máximo o momento com o seu parceiro ou parceira, independente de quantos orgasmos o seu sexo vai resultar. Não se esqueça que o homem normal raramente tem duas ejaculações seguidas para acompanhar os dois orgasmos que a mulher pode ter. Por vezes um deles até é fingido para satisfação do homem mas isso é batota.
Nelson Camacho D’Magoito
“Lições de sexo” (nc285)
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
2016 (ao abrigo do código do direito de autor)
O Natal estava próximo. Naquele dia de festa estaria toda a família junta menos o velho pai que derivado à sua idade e a vicissitudes da vida já não pertencia a esse clã, no entanto o filho convidou-o a jantar em um restaurante de luxo para fazer seu pai recordar-se dos seus velhos tempos em que tinha sido um senhor.
Seu pai já bastante velho, e também um pouco fraco enquanto comiam, um pouco de comida de vez em quando caia sobre sua camisa e calças.
Os outros clientes que assistiam ao que acontecia naquela mesa davam nota de estarem um pouco incomodados no entanto, seu filho ia olhando para o velho rosto de seu pai desfigurado com o desgosto que estaria a dar a seu filho permaneceu totalmente calmo como nada de especial se estivesse a acontecer.
Uma vez que ambos terminaram o repasto, seu filho sem mostrar sequer remotamente envergonhado, com absoluta confiança ajudou seu pai a levantar-se e acompanhou-o ao lava-mãos que antecede o banheiro e fica à vista de toda a gente.
Aí limpou-lhe os restos de comida no seu rosto enrugado, e tentou limpar pequenos alimentos e manchas de suas roupas; amorosamente penteou-lhe os cabelos grisalhos e finalmente assentou seus óculos.
Ao sair do banheiro, um profundo silêncio reinava no restaurante. Ninguém conseguia entender como alguém poderia ser tão tolo. O filho estava pronto para pagar a conta, mas antes de sair, um homem, também de idade,
Levantando-se entre todos e dirigindo-se ao rapaz perguntou:
- Você não acha que deixou alguma coisa aqui?
O jovem respondeu olhando para a mesa onde tinha estado sentado com seu pai.
- Não, não tenho mais nada aqui.
Em seguida, o estranho disse:
- Sim você deixou algo! Deixou aqui uma lição para cada criança, e de esperança para todos nós! "Todo o restaurante ficou pasmado e atento. Nem um alfinete se poderia ouvir cair no chão”
O velho pai com uma lágrima caindo por seu rosto, deu o braço ao filho e ambos saíram conforme entraram.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação” ( nc284 )
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
2016 (ao abrigo do código do direito de autor)
Já lá vai o tempo em que meninas e rapazes inseridos em sociedades um pouco mais abastadas frequentavam os salões de baile em Sociedades de Recreio tais como por exemplo a “Casa Entre Douro e Minho”, “Casa do Algarve” ou “Casa do Alentejo”. Era nestas sociedades que as meninas acompanhadas por suas mães desabrochavam para a vida conhecendo – sempre com a pré autorização e muito atentas das mães lá davam o seu consentimento para a dança pedida por um rapaz.
Num dos bailes houve um concurso de vestidos de chita – tecido em voga na altura – em que cada menina se apresentava com o seu próprio modelo e feito por si própria.
A nossa Isabel, costureira de profissão um dia apresentou-se a concurso num desses bailes e ganhou.
No júri estava o França, fotógrafo de profissão e naquela noite nunca mais deixou a Isabel com a devida autorização de D. Estrudes, mãe da dita, dançaram toda a noite.
Quando chegava a altura de “damas ao buffet” – A orquestra parava a era anunciado “damas ao buffet”, ou seja, o cavalheiro tinha de levar a dama com quem dançava e a respectiva mãe ao bar onde eram servidos alguns petiscos, gasosas, laranjadas, e copos de vinho (para os homens).
Naquela noite o França por duas vezes teve de cumprir as regras o que ocasionou D. Estrudes conhecer melhor o França ao ponto de o autorizar no fim da noite de as levar a casa no seu carro.
No dia seguinte e porque era Domingo, tocaram à porta e logo apareceu a criada – naquele tempo chamava-se criada (actualmente chamam-se empregadas domésticas) – a anunciar que estava um tal Sr. França à porta e que queria falar com as senhoras.
Estrudes foi confirmar quem era e qual o seu espanto!.. Era o França de máquina fotográfica à Tiracol pedindo desculpa pelo atrevimento mas como era Domingo e estava um belo dia para as fotografias vinha-as convidar para um passeio a Sintra.
Estrudes deixou o rapaz especado à porta e foi contar o que se passava a sua filha. Esta que na noite anterior tinha sentido algo de especial pelo rapaz concordou desde que levassem também a criada, não fosse o diabo tesselas.
Sempre com o olhar atento de D. Estrudes e da criada lá foram dar o tal passeio.
França já tinha tudo programado e no porta-bagagem já levava um cesto com algumas iguarias e bebidas assim como uma manta, tudo pronto para o Picnic.
Chegados a Sintra depois da volta pela Vila acomodaram-se num jardim para o repasto e algumas fotografias.
Aquele Domingo foi o início de um grande amor entre a Isabel e o França.
O namoro durou um ano, até que marcaram o casamento.
Passou só um ano dos nubentes darem o nó – parece que estavam com pressa – Nasceu o mosso amigo José França.
A festa foi grande mas ausente da família pois o nosso rapaz tinha sido fabricado no Porto para onde tinham ido viver seus pais. Passado meses resolveram vir viver para Lisboa, onde o França que para além de fotógrafo também tinha a profissão de chapeleiro resolveu abrir um estabelecimento com fabricação dos ditos.
O amor entre eles foi crescendo até porque existia o nosso travesso amigo José França.
Há um ditado antigo que diz que “O que é bom não é para sempre” e assim aconteceu.
Tinha já dois anos o nosso amigo quando uma empregada do França se meteu com ele e a coisa lá em casa descambou. Descambou de tal forma que aos três anos de idade, nosso amigo passou a ser criado somente pela Mãe e pela avó. O França tinha ido comprar cigarros e nunca mais voltou e só voltou mais tarde para se apresentar em tribunal para o divórcio abalando de seguida para Macedo de Cavaleiros com a amante.
O nosso amigo foi-se criando rodeado pelo amor das mulheres da família. Mãe, avós, tias, primas, primos e tios.
Os anos foram passando e o nosso rapaz tirou um curso Industrial e mais tarde o Instituto Industrial de Lisboa onde se formou.
Nos entretantos, sua mãe criou uma sociedade de Espectáculos e Variedades – chamam-se hoje “Organização de eventos Shows e Publicidade” com os quais percorreu todo o país com os melhores artistas da época.
Foi nessa época que o nosso rapaz se embrenhou no meio artístico passando a ser o técnico de som e também o apresentador-locutor dos programas. Mais tarde foi tirar um curso de actor e canto e embrenhou-se nas cantigas (como se chamava nesse tempo).
A vida sempre correu bem numa situação económica bastante confortável, tendo sempre como apoio sua mãe que nunca mais agarrada ao seu amor antigo, conheceu outro homem. Como sua avó faleceu entretanto os dois Mãe e filho sempre seguiram durante anos numa cumplicidade completa. Isabel chegou a ser empresária e acompanhante do nosso rapaz inclusive por alguns países da europa não havendo segredos do meio artístico para a Isabel.
Já vedeta das cantigas e do teatro o nosso rapaz num espectáculo conheceu um outro rapaz que acabou no seu quarto.
Naquela manhã quando a mãe bateu à porta do quarto para informar já serem horas para o pequeno-almoço, depois de a abrir deu com os dois na cama dormindo.
A atrapalhação dos dois foi grande e mais tarde a explicação da presença do amigo foi de tal forma convincente, sem nunca tocarem no que tinha efectivamente acontecido. O tal amigo passado dias num fim-de-semana voltou a ficar lá em casa. A seguir aquele fim-de-semana, passado dias o amigo levou a mala da roupa e por lá ficou durante seis anos.
A Mãe Isabel durante aquele tempo nunca falou ou fez alguma observação sobre aquela amizade passando a tratar o amigo do nosso amigo como um irmão do mesmo tratando-o como afilhado ao ponto se ser apresentado a toda a família como afilhado de baptismo.
Como tudo na vida há coisas que não é para sempre e aquela amizade terminou.
Como a vida tem de continuar dentro da chamada normalidade o nosso amigo acabou por casar e dar ao mundo um rebento.
Foi um interregno na vida do nosso amigo que para se dedicar à sua nova forma de família acabou com as cantigas. Nos entretantos fez ainda com o apoio de sua Mãe, algum teatro e rádio, mas mais uma vez como tudo tem o seu fim, sua mãe faleceu assim como o casamento.
Hoje não há mais casamento, cantigas, teatro ou rádio mas há belas recordações de ter vivido uma vida recheada de amor carinho e muitas saudades de sua mãe que nunca o confrontou com a sua vida privada.
Só uma vez lhe disse “Não tenhais medo de enfrentar a vida como te der mais prazer”
Obrigado Mãe.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação” (cn283)
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
2016 (ao abrigo do código do direito de autor)
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