Salazar volta está perdoado
Escuso-me a tratar aqui o orçamento do estado proposto pelo vosso primeiro-ministro, e digo vosso porque eu não votei nele. É um orçamento que só visa tirar ao desgraçado do português trabalhador e até aos desempregados parte da sua fonte de rendimento. Na sua declaração para as TVs nunca foi anunciado uma forma de progressão com vistas ao desenvolvimento para a exportação ou até para o consumo interno.
Passos Coelho no inicio do seu mandato sempre disse que não iria deitar as culpas aos antigos governos, mas agora, vem dizer que o défice é por culpa dos antigos governantes.
Diz-se que o que está feito, está feito e agora o que é preciso é pagar as dívidas que os senhores de todos os governos desde o 25 de Abril teem andado a fazer.
Agora quem vai pagar sou eu e você. Reformados e pensionistas com reformas de vergonha.
Não bastava aumentarem o IVA nos produtos de primeira necessidade, inclusive os remédios, e a assistência na saúde e o leite alimento imprescindível para as nossas crianças e pessoas de terceira e já quarta idade.
É a electricidade, a água, o gás e o imposto “especial” subsidio de férias e natal sobre os desgraçados dos reformados, inclusive aos que ganham até os quinhentos euros.
Vamos fazer contas: a uma reforma de 500,00 euros, retirando deste valore a renda de casa actual que ronda os 350,00 euros, mais a electricidade, o gás, á água e o telefone, quanto fica para a mercearia e remédios? Não falando de outras despesas inerentes à sobrevivência de um idoso.
Mas que culpa tenho eu e você da mer…. que os senhores políticos andaram a fazer e se propõem fazer para os meus filhos virem a pagar?
- Trabalhar mais horas? Mas eu sempre trabalhei 48 horas por semana.
- Sem subsídio de Natal e férias? Mas eu trabalhei durante anos sem esses subsídios.
- Com menos auto-estradas? Mas eu percorri o Portugal inteiro e estrangeiro de carro e cheguei sempre ao meu destino.
- Não tinha TV de cabo? Mas também só posso ver um canal de cada vez.
- Não tinha telemóvel? Mas sempre contactei telefonicamente as as minhas amigas, amigos e familiares quando necessitava.
- Não tinha internet? Também não havia, mas haviam livros e compêndios que se podiam comprar, por isso, hoje tenho uma centena de livros.
Com base nisto tudo, sempre tive trabalho e quando me chateava com um patrão, na mesma rua encontrava logo outro trabalho.
Pode dizer-se que o tempo era outro e não havia tantas benesses como existe hoje. É verdade, mas no meu tempo, com o equivalente hoje a 3 euros (500,00 Escudos) depois de sair do trabalho ao sábado ia a casa tomava banho, vestia roupa nova e só voltava no domingo á noite e às vezes até na segunda às seis da manhã, vestia a roupa de trabalho e lá ia eu, porque entrava às oito.
Durante esses fins-de-semana, almoçava, jantava, tomava o pequeno-almoço, ia ao cinema ou ao teatro e ainda dava para dormir com uma prostituta. Velhos tempos.
É obvio que os tempos são outros mas não sei até que ponto! Os meus filhos foram habituados ao trabalho e ao estudo e divertimentos quanto bastava. Nunca passaram as noites até às seis da manhã na galderisse, pois essa é a hora de se levantarem para o trabalho. Hoje são rapazes formados mas nunca souberam o que era passarem uns fim-de-semanas livres de tudo e de todos como eu fiz no meu tempo, porque o dinheiro, depois de termos entrado para o Euro esse nunca chegava.
O Estado actual quer manter as gorduras dos seus pares e prevalecer a roubalheira indionda na administração pública, na justiça, e na banca
Ainda não ouvi uma medida acertada como vamos aumentar as nossas produções.
Não é com mais meia hora de trabalho diário a custo zero que vamos produzir mais.
Não é criando novos doutores disto e daquilo que vamos produzir mais.
Não é cortando nos subsídios dos reformados com reformas de miséria, que vamos produzir mais.
Não é abatendo as pescas como fizeram a mando da CEE que vamos produzir mais.
Não é não incentivando a agricultura que vamos produzir mais
Não é criando cotas de fabricação, apanha, ou criação de produtos, amando da CEE que vamos produzir mais.
Não é apertando o cerco com impostos ao médio e pequeno empresário, agricultor ou pescador que vamos produzir mais para sermos auto-suficiente.
Quem manda na tão falada Comunidade Europeia está-se nas tintas para Portugal. De um lado temos a Espanha e do outro temos o mar. Estamos no cú de Europa e só nos falta dar um mergulho e ir lá abaixo, tirar a rolha e este pais à beira mar plantado ir ao fundo e toda acosta atlântica ficar para a Espanha e nessa altura vão ver como estes a aproveitam.
Antes que isso aconteça é preciso que a juventude de hoje, os sacrificados de amanhã arregacem as mangas se dediquem ao trabalho digno com ideia novas e sem estarem submetidos aos senhores do capital que nos teem andado a roubar e agora chamam-lhes deles.
Se querem ser alguém num amanhã, em vês gastarem o dinheiro dos vossos pais nas discotecas, ocuparem as noites na boa-vai-ela e na droga ocupem esse tempo conjuntamente com outros colegas discutindo a crise do país, as sua causas e tentem encontrar soluções. Portugal está nas vossas mãos.
Não se esqueçam que: Quem dá não pode dar sempre e quem precisa, precisa sempre.
Um até já
Nelson Camacho D’Magoito
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