José Castelo Branco
A minha bicha de estimação
Esteve na Gala da Abraço
Dizem que há pessoas que não fazem falta alguma, pois todos são substituíveis. Pode ser que sim, mas quando alguém desaparece, uns para o outro mundo (se ele existe) outros porque mudaram de emprego é uma corrida atroz para ocupar o lugar e colher os louros de quem trabalhou alguns anos com afinco, valor e tenacidade.
Desta vez calhou à Gala de travesti organizado durante dezoito anos com afinco e carinho dignificando a profissão do travestismo.
Carlos Castro gostasse-se dele ou não pelas suas crónicas acutilantes para certas pessoas, já não está entre nós pois foi assassinado por um português que queria ser mais do que podia nos EUA.
Todos perdemos, perdemos a Gala dos Travestis e perdemos as suas crónicas acutilantes e o carinho que ele tinha pelos travestis, a quem muito ajudou, profissão tão difícil e que alguma parte da sociedade condena mas às escondidas vai ao Finalmente Club assistir aos shows. Eu vejo lá muitos e algumas que nos seus empregos são muito puritanos, aparentemente até são homofóbicos, mas lá para as três da madrugada lá aparecem, alguns até vão de táxi para que os seus carros não sejam reconhecidos pelas aquelas bandas.
A Gala dos Travestis acabou! Acabou o seu espírito! Logo vieram os abutres deste meio, em nome de uma causa justa “A braço” apanhar o comboio que nunca tinham apanhado, até ao assassinato do Carlos Castro.
Lá estavam a Margarida como anfitriã, (Os tribunais já resolveram aqueles cenas dela desviar quando da associação Abraço para sua casa?) lá estava o Carlos Malato, o José Castelo Branco a Lili Caneças (a esta também gostava de saber porque usa ainda o nome do marido que há anos que é de outra, essa sim, uma senhora). Por aquele palco passaram as mais variadas “vedets” decadentes botando figura.
A Gala dos Travestis ficou desvirtuada com a falta do Carlos Castro. Fizeram bem em mudar-lhe o nome. O povo não é parvo e o São Luis não estava cheio contrariamente ao que sempre aconteceu. Lá para as tantas a Lili Caneças fez uma pequena homenagem ao Carlos, muito mal embrulhada nas palavras. Quanto à sua apresentação como vestimenta, tenham dó, desta vez não foi vestida pela Loja das Meias, mais parecia uma “supeira” como se dizia antigamente.
Para salvar a situação chamaram ao evento o Grupo de travestis do Finalmente. Que se juntou aquele desfilar “vetets” e a Bicha maior (desculpem mas é ele mesmo que diz que o é) José Castelo Branco. A este, nem sequer se pode chamar de Gay!
Sinceramente esta Gala a seguir por este caminho não vai a algum lado. Eu estive lá, vi tudo e ouvi muitas críticas.
Os lobbys desta causa se quiserem voltar a fazer uma Gala da Abraço, não metam os trabalhadores do travestismo nisso, façam-na com ao Malatos, as Lilis e os Castelos Brancos e outros tantos Mas não chateiem mais a malta.
Nelson Camacho D’Magoito
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