Não refeito com as suas descobertas
Ainda vieram mais!
Pedro quando acordou já era tarde e foi com o tocar do telefone!
Do lado de lá!,. Era a namorada…
- Sejas bem ouvido! Já que aparecido é coisa que ninguém tem te posto a vista em cima. Só sei que não estás doente por informação da do meu pai que tem falado com a tua mãe. Sei que andas a ficar fora e não é de trabalho pois por cá também nada sabem de ti.
Com aqueles queixumes todos de atacado e logo quando ainda destrambelhado pelo sono só lhe apeteceu dizer desligando logo o telefone.
- Tenho tido uns problemas para resolver e hoje também não vou trabalhar. Amanhã eu estou lá.
Virou-se para o outro lado a adormeceu novamente.
De repente saltou-lhe à mona: Mas como é que ela sabe do que se tem passado por intermédio do pai?
Tenho de tirar isto a limpo.
Levantou-se e foi tomar o pequeno-almoço à cozinha. Estava lá a Mãe.
Depois de lhe dar o beijo da praxe perguntou se estava melhor.
- Mas eu não estou doente! Respondeu prontamente a mãe.
- Desculpa mas se perguntei foi porque ontem depois do jantar disseste que tinha dores de cabeça, estavas cansada e nem fizeste companhia ao pai.
Ermelinda ficou um pouco nervosa e disse que não era nada de cuidados.
- Mas tens ido ao médico? O Pai da Isabel é um bom médico até pode fazer uma graça e nada te levar pela consulta.
- E era logo eu que me aproveitava.
- Mas ontem não disse que tinha ido ao médico?
- Sim disse! Mas não fui ao Dr Pereira. Já tenho o meu médico porque havia de mudar. E já agora porque esse interesse se fui a um ou a outro médico?
- Por nada! Só quero que esteja tudo bem entre ti e o pai.
Ermelinda ainda ficou mais nervosa e encaminhou-se logo para a saída da cozinha sem antes comentar:
- Mas afinal o que é que tem a ver a minha ido ao médico com o estar bem ou mal com o teu pai?
As últimas palavras já foram ditas entre portas não dando ocasião ao Pedro em ripostar.
Depois de sua namorada ter dito que sabia das suas noitadas através do pai e se a mãe dizia que não tinha ido ao seu consultório, Pedro ficou com “A pulga atrás da orelha”. Algo se estava a passar que ele não entendia!
Como não tinha com quem desabafar as suas preocupações, telefonou ao Rui convidando-o para o almoço.
Almoço no Madeirense
Na hora marcada lá se encontraram no Madeirense.
- Ao que parece estás preocupado com qualquer coisa. Afinal o que se passou lá em casa? Foi com o teu pai?
- Não!.. Esse caso ficou resolvido. Entendi as razões apresentadas e até não me importo que ele ande com a tua Mãe. O caso agora é com a minha.
Rui com uma risada de sacana atirou:
- Não me digas que a tua mãe também tem um amante?
- É pá!.. Tás a gozar?
- Então conta-me.
- De há uns tempos a esta parte que acho que ela anda um pouco nervosa e ontem a Isabel disse-me coisas a meu respeito que só lá em casa sabiam e quando a questionei, disse-me que tinha sabido através do pai. Fiquei admirado e então questionei minha mãe e perante o que ela me disse e em modos um pouco atrapalhada fiquei com a pulga atrás da orelha se ela se encontrava às escondidas com o meu futuro sogro.
Rui continuando rindo-se com ar sarcástico atirou:
- Tu não me digas que o teu pai anda com a minha Mãe e a tua Mãe anda com o teu sogro. Estes cótas são danados! São piores que nós.
- Podes achar graça mas eu não acho graça nenhuma. Trata-se da minha Mãe, porra!
- Desculpa lá e sem ofensa! Onde é que ela é melhor que a minha?
- Desculpa mas não é a mesma coisa. A tua não tem marido.
- Pois tens razão. Não é a mesma coisa. – e dando uma gargalhada – É pá! Assim fica tudo em casa. Já agora metemos a Isabel no mesmo grupo. O Grupo dos safados.
- Já agora também queres ir com ela para a cama!
- Porra! Livre Satanás e todos os canhotos. Não me entendo com galinhas. Antes queria ir contigo.
- Comigo? Mas agora somos bichas ou quê?
- Tu não me digas que não gostavas de experimentar!
- Eu? Para quê?
- Para ficar de facto tudo em família – e continuou a rir-se ao mesmo tempo que olhava fixamente os olhos do Pedro.
Aquela dica, riso e olhar fez estremecer o Pedro que entretanto já estava na sobremesa. Só faltava o café.
- A propósito! Sabes que comprei o DVD do filme “O Segredo de Brokeback Mountain” que tu gostavas de ver?
- Sim! É porreiro! Depois emprestas-me?
- Como não bebemos o café aqui porque não o vamos tomar a minha casa e o vimos lá? Eu também ainda não o vi.
- Está bem!
VI Capitulo
Quando o Rui se atirou ao Pedro
Chegando a casa do Rui este a mostrou-lhe as divisões.
- Vou tirar os cafés. Queres um aperitivo? Temos uma aguardente particular que é um espanto.
- Pode ser!
Tomaram o café na cozinha. Rui encheu dois copos da tal aguardente e desculpou-se.
- Sabes? Não temos leitor de DVs na sala! Está no meu quarto. Temos de ver o filme nele.
- Está bem. A casa é tua.
O quarto do Rui era grande, Até tinha uma máquina de ginástica tipo bicicleta, uma secretária com uma estante de livros e um computador, uma cama grande e um plasma na parede frente aos pés da cama havendo por baixo uma cómoda onde poisava uma aparelhagem de som com o respectivo leitor de CDs e DVs.
Numa das paredes estava um quadro ao que parecia de grande valor e interessante ao qual Pedro questionou:
- Belo quadro!..
- Sim! Representa “Dois amantes” e é uma pintura de “Rersa Reza Abbasi” é uma relíquia deixada por meu pai.
- Em minha casa não tenho quadros deste valor e no meu quarto só tenho uns posters de gajas nuas.
- E são esses que te dão tesão?
- Não!.. mas gosto!..
- Então o que te faz tesão? – Filmes porno ou outros onde entrem gays como o “O Segredo de Brokeback Mountain”!
- Nada disso. Ouvi falar sobre esse filme que não é um filme porno mas que exemplifica o que pode acontecer a dois homens quando se encontram sós.
- Aqui só temos um problema! Os filmes têm de ser vistos deitados na cama.
- Não faz mal! Eu também faço o mesmo em minha casa.
Rui despiu-se e ficou somente de chorts. Colocou o DVD a rodar atirou-se para a cama ao mesmo tempo que dizia.
- Podes ficar à vontade! Hoje não temos ninguém e casa até às tantas. Eles vão jantar fora.
Quando o Rui se pronunciava a “eles” já se sabia que o pai naquele dia não iria jantar a casa. Mas tudo bem. O que ele queria naquele momento era curtir o filme que nunca tinha visto no cinema e andava deserto de o ver.
Como o quarto estava bastante quente, o seu amigo se tinha posto totalmente à vontade e porque iria ver o filme na cama, também se colocou à vontade. Descalçou-se, tirou as calças ficando somente com a camisa e uns Boxers vermelhos.
Deitaram-se confortavelmente de papo para o ar e o filme começou.
A história foi-se desenrolando até chegar a altura em que os actores se encontram dentro da tenda deitados entre mantas.
È nesse momento que Rui puxa a manta e se tapa assim como ao Pedro.
Momentos depois enquanto o filme vai correndo Rui vai aproximando os pés dos do Pedro e mais tarde vai a pouco e pouco colocando as pernas em cima das do Pedro.
Este não acusa o toque a não ser quando da cena em que a mulher de um vê ao fundo da escada seu marido beijar o amigo na boca.
É nessa altura que sente a mão do Rui introduzir-se por dentro dos seus boxers direita ao seu pau que sem saber porque está em riste.
Fica atrapalhado e mais ainda quando Rui se coloca de conchinha continuando a segurar-lhe no pau, e sente no seu traseiro o pau do amigo também rijo como barra de ferro.
Ainda se mantêm assim durante uns momentos até que o Rui faz mais pressão no contacto e começa masturbando-o.
Pedro! Repentinamente afasta o edreon e levanta-se um pouco indignado.
- Mas que é isto? Julgas que sou Gay?
Rui ficou atrapalhado com a atitude do Pedro, pois esperava outra reacção do amigo.
- Desculpa pá!.. Foi com o calor e a reacção das cenas do filme.
- Pois! Se tu tens essas manias e as praticas com o teu amigo Nelson, isso é com vocês! Mas essas coisas não são comigo. Tenho namorada e vou casar com ela.
Pedro vestiu-se rapidamente e desarvorou porta fora.
Nem acabou de ver o filme que transmitia na altura uma canção dedicada ao tema “menino”.
Segue para a (VI Parte)
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
© Nelson Camacho
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