Estou com raiva e com saudade
Desassombrado como sou nas palavras em que muitas vezes escrevo, normalmente começo por uma página em branco e vou iniciando o trabalho de escrita, ao sabor dos sentimentos da revolta que a alma me traz à mente no momento.
A minha alma, é uma profunda contradição entre o belo e o amor, dentro de uma raiva que trago dentro de mim.
É uma raiva onde se mistura a beleza das coisas e das pessoas, o amor que recebo mas já não posso dar mais.
É a raiva que tenho de não poder amar mais. É a raiva que sinto dos amores perdidos. É a raiva que vou construindo à minha volta pois sei que já não vou ter tempo de modificar o mundo.
É a raiva que tenho de não ter tido tempo para acarinhar mais a única mulher que amei até hoje.
Aquela mulher que muitas vezes cantou e chorou por mim.
Aquela mulher que abandonei por outra mulher.
Aquela mulher a quem não tive tempo de lhe agradecer.
Aquela mulher que foi uma “Mulher Coragem” durante tantos anos, perdendo parte da sua vida para que a minha tivesse êxito em qualquer empreendimento que me metesse.
Aquela mulher que deixou de comer para que nada me falta-se.
Aquela mulher que sempre acompanhou as minhas loucuras de vida.
Aquela mulher que nunca me criticou com palavras ou atitudes. Bastava um simples olhar para nos entendermos. Uma palavra de critica ou desafora, nunca foi pronunciada por aquela boca.
Aquela mulher que neste dia e agora, quero agradecer por ter sido MULHER.
Aquela mulher que morreu nos meu braços.
Diz-se que hoje é dia da mulher, porque assim foi instituído em 1910, numa conferência internacional de mulheres na Dinamarca para celebrar o dia 8 de Março de 1857. Data que ficou marcada para a história, derivado a uma rebelião de mulheres numa fábrica de têxteis de Nova Iorque (NI faz parte do país das possibilidades e mais democrático) para reivindicarem o direito a uma redução de horas de trabalho, na medida em que o seu horário laboral era superior ao dos homens e em contrapartida o ordenado era inferior. Nesse maléfico dia, 130 mulheres que se encontravam dentro das instalações da dita fábrica morreram queimadas derivadas a um incêndio propagado no mesmo edifício.(Ainda hoje não se sabe como aquilo aconteceu. Ou a história ainda não contou)
Se procurar-mos bem e nos debruçarmos sobre o assunto, estes factos da sua essência podem não ser os reais, no entanto, é bom celebrarmos o “Dia Internacional da Mulher”. É nos seus óvulos que é depositado o espermatozóide que num acto de amor ela deixou que ali penetrassem, dando assim o inicio que uma vida que somos nós.
Se aqui falo do acto de amor praticado entre a mulher e o homem, é porque só assim entendo o verdadeiro sentido do nome MULHER.
Já as OUTRAS, só porque não tiveram coragem de dizer não, ao marido ou amante que naquele dia disse: -Hoje, vou dar-te uma fo_a e ela abriu as pernas, mesmo sem vontade, fingindo, (o que faz muitas vezes) e deixa penetrar dentro de si uma alma ainda resumida a um simples espermatozóide, que mais tarde virá a ser seu filho, ou porque as suas hormonas sexuais falaram mais alto, mais tarde vai arrepender-se. Essas, que depois deitam nos caixotes do lixo e esgotos os fetos. Abandonam as crianças à porta de uma Igreja, as vendem pelo melhor preço, as colocam na rua mendigando para seu sustento ou as entregam a uma orfanato qualquer, sem nunca mais as procurar. Ou ainda pior, em concluiu com os seus amantes, deixam que estes abusem sexualmente dos seus filhos, sejam meninas ou rapazes.
Estas não são mulheres, no entanto, é a que os senhores políticos e algumas mulheres chamadas de feministas querem elevar ao mais alto estatuto da criação humana.
Meus amigos doa a quem doer, tudo isto, a mulher que nós defendemos no “Dia Internacional da Mulher” é capaz de o fazer e faz.
Estou com raiva e está dito.
Mulher e Mãe! Não é isto!
Mulher Mãe é aquele que nos fabricou num acto de amor. Que nos trouxe dentro do seu ventre nove meses, fazendo parte integrante de si mesma zelando cuidadosamente para que viéssemos ao mundo, perfeitos e já reconhecendo a sua progenitora pelas palavras, afagos e às vezes cantigas que nos vai debitando ainda dentro do seu ser.
Mulher Mãe! É aquela que é capas de transformar toda a sua vida para cuidar do seu filho que por azar do destino veio ao mundo com deficiências e as outras mulheres e homens das políticas não encontraram (porque não querem) forma de as ajudarem.
Ainda existem “Mães Coragem” que sofrem na pele toda uma vida o abandono total dos governantes deste país, só porque tiveram uma noite de amor e Deus, (se Ele Existe) pregou-lhes a partida de lhe mandar um filho deficiente.
Revoltemo-nos todos para que o “Dia Internacional da Mulher” não seja só a celebração dos direitos da mesma, mas sim o direito de SEREM MULHERES
Quantos aos senhores governantes deste ou outro governo (estou-me nas tintas para quem manda), em vez de andarem para ai, (como o Sr.Presidente da República) a dizerem que é preciso fazer mais filhos, é necessário primeiros darem-nos condições económicas e de estabilidades para os podermos criar. Já a minha avó dizia “Quem não tem dinheiro não tem filhos” Graças a Deus ela teve dezoito. Em contrapartida, eu só tenho um.
Ser mulher, é ser Mulher, Mãe e Amante. Infelizmente nem todas o são.
Como já sabes como eu sou, e conheces os meus defeitos, virtudes e manias, só te quero dizer que este texto foi escrito por volta das quatro da manhã, entre o computador e a cozinha para fazer um café e um petisco. É que esta coisa de te homenagear, me dá fome.
Hoje! Há uma estrela no céu que sempre me guia.
Hoje! Também é o teu dia Mãe, que foste mulher acima de tudo.
Nelson Camacho D’Magoito
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