Mensagem no silêncio
Tenho nas mãos um cheiro de ausência,
Uma poeira perfumada, pela noite…
Em oração no meu corpo, ferido pela escrita,
Uma intensa fogueira para te ofertar!
No eixo do tempo… adormecido pelas palavras.
Escuto a tua voz dourada, de sabor a poeira,
Derramada nos meus ouvidos
No Oceanos dos meus sentidos…
No meu sangue, feita sementeira.
Escrevo-te dentro dos meus nervos sibilantes,
Mensagens de sonhos tisnados pelos anjos…
Mas, o meu choro é um cinema silencioso!
Num barco anonimo e interminável.
Tenho nas mãos a brisa do teu sorriso,
O interior de mim próprio, numa inércia,
Este desejo onde fico sempre indeciso
O princípio da minha febre, num laço azul
Junto das raízes e dos poros das palavras
Não. Não largo a minha navegação….
As minhas crónicas, o meu inquieto coração,
Vou nas vagas e na incerteza dos dias…
Tocando as cordas, o crepúsculo da frescura
Com um sabor a desaguar na Lua…
Nesta página vertiginosa doutra mistura
Este vácuo vem do esquecimento…
Da seiva no encontro da minha sede,
Vem na procura de um novo prometer
Saber que se sabe não sabendo ser
Qual lugar, morno de não ser…
Grito veloz, de arte, de horas a fingir
Que nas mãos tenho o não perecer…
Esta imensa vontade do teu interior traduzir.
Fim
Nelson Camacho D’Magoito
“Poemas DR-Bill Stal Beijel” (253)
© Nelson Camacho
2014 (ao abrigo do código do direito de autor)
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