O Natal estava próximo. Naquele dia de festa estaria toda a família junta menos o velho pai que derivado à sua idade e a vicissitudes da vida já não pertencia a esse clã, no entanto o filho convidou-o a jantar em um restaurante de luxo para fazer seu pai recordar-se dos seus velhos tempos em que tinha sido um senhor.
Seu pai já bastante velho, e também um pouco fraco enquanto comiam, um pouco de comida de vez em quando caia sobre sua camisa e calças.
Os outros clientes que assistiam ao que acontecia naquela mesa davam nota de estarem um pouco incomodados no entanto, seu filho ia olhando para o velho rosto de seu pai desfigurado com o desgosto que estaria a dar a seu filho permaneceu totalmente calmo como nada de especial se estivesse a acontecer.
Uma vez que ambos terminaram o repasto, seu filho sem mostrar sequer remotamente envergonhado, com absoluta confiança ajudou seu pai a levantar-se e acompanhou-o ao lava-mãos que antecede o banheiro e fica à vista de toda a gente.
Aí limpou-lhe os restos de comida no seu rosto enrugado, e tentou limpar pequenos alimentos e manchas de suas roupas; amorosamente penteou-lhe os cabelos grisalhos e finalmente assentou seus óculos.
Ao sair do banheiro, um profundo silêncio reinava no restaurante. Ninguém conseguia entender como alguém poderia ser tão tolo. O filho estava pronto para pagar a conta, mas antes de sair, um homem, também de idade,
Levantando-se entre todos e dirigindo-se ao rapaz perguntou:
- Você não acha que deixou alguma coisa aqui?
O jovem respondeu olhando para a mesa onde tinha estado sentado com seu pai.
- Não, não tenho mais nada aqui.
Em seguida, o estranho disse:
- Sim você deixou algo! Deixou aqui uma lição para cada criança, e de esperança para todos nós! "Todo o restaurante ficou pasmado e atento. Nem um alfinete se poderia ouvir cair no chão”
O velho pai com uma lágrima caindo por seu rosto, deu o braço ao filho e ambos saíram conforme entraram.
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação” ( nc284 )
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
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