Quarta-feira, 27 de Abril de 2016

A Minha raiva – A despedida

Palavras que te queria dizer

 Começo por este meu poema:

                                                         Eu sei!

                                      Eu sei que a única verdade é que vivo

                                      Sempre precisei de um pouco da atenção

                                     Acho que não ei quem sou

                                     Só sei do que não gosto

                                     Quem sou?

                                     Bem, isso já é saberem demais!....

 

Já vivi tudo o que podes imaginar e que nunca te foi contado. Tudo o que te foi contado foi distorcido ao sabor das conveniências de quem te contou. Fizeram em tua mente uma imagem destorcida do meu eu!.. Fizeram de mim um realizador de cinema em que tudo é perverso, habilidoso e deixa andar     

Foi por esses diz-que-disse que escolheste o teu caminho em outra família longe de quem te ama e sempre te amou. Quando apareceste foi a luz da minha vida: -um sonho tornado realidade- A promessa da realização do homem completo para que nasci. A vida tem destas coisas. Nem sempre se concretizam os sonhos o que é lamentável porque vivemos numa sociedade em que o homem ainda não se entende, umas vezes pelas escolhas de religiões outras porque como minha avó dizia “emprenham pelos ouvidos” foi o que te aconteceu ao distorcerem tudo o que há em bom em mim.

Nunca tive oportunidade de te dizer palavras tão duras pois elas calaram em mim longos anos para não te ferir. Sempre julguei que um dia, com uma nova constituição de família e respectivas responsabilidades as coisas mudassem, mas não!.. Quem te acompanha também “emprenhou pelos ouvidos” com dichotes menos próprios em alturas inopinadas. Os tempos vão passando e quando tiveres a felicidades dos teus espermatozóides gerarem um outro igual a mim pede a Deus que ele seja tão puro e cheio de amor como eu.

 Não gostas do que escrevo, não gostas do que faço, não gostas quando coloco as coisas no seu lugar

Não sou ladrão, assassino, prostituto ou homofóbico.

Entendo a vida tal como é na realidade e defendo causas próprias da evolução dos tempos, sem no entanto imiscuir-me nas suas opções.

Não sou a favor de guerras ou maledicências. Minha avó dizia “Quem está no Convento é que sabe o que vai lá dentro”

Acho que cada um deve viver a sua vinda de forma a encontrar a sua felicidade não ultrapassando o direito dos outros. Mais uma dica de minha avó “Desde que não me apalpem a perna está tudo bem”

 Se julgas o que não sou não julgues sem prova em contrário.

   É do alto da minha longevidade e quando já cá não estou que vais ler isto ou não, te deixo este escrito de raiva para pensares se valeu a pena seres assim com um poema de José Ary dos Santos

 

Poeta Castrado não

 

Poeta Castrado, Não!

Serei tudo o que disserem

por inveja ou negação:

cabeçudo dromedário

fogueira de exibição

teorema corolário

poema de mão em mão

lãzudo publicitário

malabarista cabrão.

Serei tudo o que disserem:

Poeta castrado não!

Os que entendem como eu

as linhas com que me escrevo

reconhecem o que é meu

em tudo quanto lhes devo:

ternura como já disse

sempre que faço um poema;

saudade que se partisse

me alagaria de pena;

e também uma alegria

uma coragem serena

em renegada poesia

quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu

a força que tem um verso

reconhecem o que é seu

quando lhes mostro o reverso:

De fome já não se fala

- é tão vulgar que nos cansa -

mas que dizer de uma bala

num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história

- a morte é branda e letal -

mas que dizer da memória

de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser

o poema dia a dia?

- um bisturi a crescer

nas coxas de uma judia;

um filho que vai nascer

parido por asfixia?!

- Ah não me venham dizer

que é fonética a poesia !

Serei tudo o que disserem

por temor ou negação:

Demagogo mau profeta

falso médico ladrão

prostituta proxeneta

espoleta televisão.

Serei tudo o que disserem:

Poeta castrado, não!

 --------------------------------------------

Está tudo dito

E agora!.. o que queres fazer? Voltar para o ventre de tua Mãe e escolheres outro Pai?

 

              Nelson Camacho D’Magoito

            “As minhas raivas” (cn291)

                  © Nelson Camacho
2016 (ao abrigo do código do direito de autor)

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