100 Anos, Já é tempo para reconsiderarmos e ter respeito por um dos maiores políticos portugueses! Álvaro Cunhal.
Estou com este meu trabalho a juntar-me hás comemorações dos cem anos de Álvaro Cunhal relembrando a sua importância para a liberdade e a democracia conquistada em Abril de 74
Aconselho aos jovens deste pais a procurar a sua história livre de preconceitos. Pela minha parte só quero homenagear aqui o homem com quem tomei café duas vezes na sede do PCP e contrariamente ao que demonstrava quando politico - um homem duro -, na realidade, era dos mais afáveis e intelectuais com quem jamais privei.
Álvaro Barreirinhas Cunhal, Politico e escritor, nasceu em Coimbra a 10 de Novembro de 1913 e viria a falecer em Lisboa a 13 de Junho de 2005. Era filho de Avelino Henriques da Costa Cunhal, advogado, e de Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas Cunhal, doméstica.
Aos onze anos, mudou-se com a família para Lisboa, onde frequentou o Liceu Camões. Daí seguiu para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa onde iniciou a sua actividade revolucionária.
Em 1931, com dezassete anos, filia-se no Partido Comunista Português e integra a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional. Em 1934 é eleito representante dos estudantes no Senado da Universidade de Lisboa. Em 1935 chega a secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas. Em 1936, após uma visita à URSS, é cooptado para o Comité Central do PCP. Ao longo da década de 1930, colaborou com vários jornais e revistas como a “Seara Nova”e o “O Diabo”, e nas publicações clandestinas do PCP, o “Avante” e “O Militante”, com vários artigos de intervenção.
Em 1940, Cunhal é escoltado pela polícia à Faculdade de Direito, onde apresenta a sua tese da licenciatura em Direito, sobre a temática do aborto e a sua despenalização, tema pouco vulgar para a época em questão. A sua tese, apesar do contexto político pouco favorável, foi classificada com dezasseis valores. Do júri fazia parte, Paulo Cunha, Cavaleiro Ferreira e Marcelo Caetano, figuras destacadas do regime Salazarista.
Em 1961 é eleito Secretário-geral do PCP.
A parir de 1962 passa a viver na clandestinidade em vários países. Regressa a Portugal em 30 de Abril de 1974.
A 15 de Maio do mesmo ano toma posse como ministro sem pasta no I Governo Provisório. Mantém o mesmo cargo nos II, III e IV Governos Provisórios.
Em 1975 é eleito deputado à Assembleia Constituinte e até 1992, altura em que se afasta do cargo de Secretário-geral do PCP, é eleito deputado à Assembleia da República, por Lisboa, em todas as eleições legislativas (1976; 1979; 1980; 1983; 1985; 1987). Só por curtos prazos ocupará esse lugar.
Em 1982 torna-se membro do Conselho de Estado, cargo que abandona em 1992.
Em Janeiro de 1989 parte para Moscovo, onde será sujeito a uma intervenção cirúrgica cardiovascular. Já recuperado, regressa a Portugal em Junho do mesmo ano.
No ano de 1992 abandona o cargo de Secretário-geral do PCP, que passa a ser ocupado por Carlos Carvalhas, e é eleito pelo Comité Central para o então criado cargo de Presidente do Conselho Nacional do PCP.
Liberto das suas funções de liderança partidária, Álvaro Cunhal, a par da actividade política corrente, assume claramente a sua condição de romancista e esteta. Neste sentido, em 1995 reconhece publicamente ser o romancista Manuel Tiago e um ano mais tarde publica um ensaio sobre estética, onde apresenta as suas reflexões neste domínio.
Autor de vários romances e novelas, publicados sob o pseudónimo de Manuel Tiago.
Artes Plásticas
Traduções
Esta tradução foi realizada entre 1953 e 1955, quando Álvaro Cunhal se encontrava detido na cadeia de Lisboa A publicação foi feita como se da autoria de Maria Manuela Serpa
Textos de Álvaro Cunhal que você pode descobrir na Internet
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