Domingo, 8 de Setembro de 2013

Vidas Cruzados – III Parte

O Destino estava a preparar partidas a todos.

(ver II Parte)

 

     O relógio tinha acabado de bater nas 20 horas a mesa já estava posta para o jantar de família quando a empregada foi anunciar à senhora que o jantar estava pronto para servir mas nem o menino (O Pedro) não estava no quarto nem o Senhor Arquitecto tinha chegado.

        - Pois! Devem-se ter atrasado no trabalho! Como também não tenho fome aguardo por eles.

     Palavras não eram ditas quando o telefone tocou.

     Era o Pedro a dizer que iria mais tarde pois a namorada tinha-o convidado para jantar lá a casa com os Pais.

     A D. Ermelinda que ainda não estava refeita do que se tinha passado ao almoço com o possível compadre tremeu por todos os lados.

        - Está bem! Vai lá! Parece que é boa gente. Diz-lhes que lhes mando comprimentos e que os convido a irem passar um fim-de-semana na nossa casa da Ericeira.

        - Está bem! Eu digo! – E desligou o telefone –

     Toca novamente o telefone.

        - Está? És tu meu amor? – Era o marido –

        - Mas cá em casa só eu atendo o telefone. Só quando não estou é que é a Maria a atender.

        - Mas não gostas-te do carinho?

        - Gostei filho! Mas não é habito tanta gentileza que fiquei admirada. Parece que daí não vai sair coisa boa!

        - Por acaso tens razão! Um engenheiro de uma obra que andamos a construir tem uns assuntos urgentes a tratar e vamos comer qualquer coisa mesmo aqui no escritório, portanto vou chegar mais tarde.

     A Ermelinda mais uma vez tremeu por todos os lados mas desta vez era de alivio pois só iria dar de caras com o marido lá para as tantas e ela quando ele chegasse já estaria a dormir.

     Jantou sozinha a ver o telejornal contra os hábitos da casa pois á hora das refeições em casa não há televisão.

     Ermelinda só em casa com a empregada que depois de a servir retirou-se para os seus aposentos, retirou-se também para o quarto. Não queria ver mais televisão. Depois de fazer a sua higiene normal vestiu um beyby dol e deitou-se! Colocou um tapa-olhos para ficar mais na penumbra da noite e sua mente foi até ao momento em que tinha conhecido o Dr. Pereira e o almoço que tinha tido com ele. Aquele homem não tinha nada a ver com o marido que de há uns tempos os carinhos já não eram muitos e as suas relações sexuais estavam a passar por um período de obrigações entre marido e mulher e cada vez mais escassas. Aquela forma de trato do Dr. estava-lhe a toldar a cabeça e já pensava encontrar-se com ele numa noite. A coisa seria difícil, não só por ambos serem casados mas também porque era uma pessoa que certamente iria entrar na sua família através do filho. Seria complicado mas atirava as culpas para o marido que há muito deixou se ser seu companheiro e amante.

     Ainda fez um rebate de consciência mas acabou por adormecer.

V Capitulo

Há encontros que não se devia ter.

 

     Tinham chegado as horas de fechar o escritório e o Pedro ainda estava de volta com o computador quando a Isabel chegou por trás dele e com as mãos em estilo de massagem ao mesmo tempo que se debruçava para ver o que estava a fazer acariciou-o com uma mordidela numa orelha e perguntou:

         - Não vais ficar aí toda a noite, pois não?

         - Não querida! É só acabar este trabalho! É só mais meia hora! Se quiseres podes ir e fechar tudo que depois fecho as portas.

         - Então não vais jantar?

         - Vou mais tarde!

         - Se quiseres eu espero por ti e como lá em casa jantamos sempre tarde podia ir jantar lá a casa. Telefono para minha mãe a dizer-lhe que te convidei. Que achas?

         - Está bem! Eu telefono para a minha a dizer-lhe que vou mais tarde para não ficar preocupada.

 

      Assim foi! O Carlos acabou o trabalho que tinha entre mãos enquanto a namorada aproveitou também para arrumar a secretária e dar uma volta em documentos que estavam pendentes.

 

     Quando chegaram a casa da Isabel já o Pai desta estava no seu sofá de predilecção tomando um Porto e a mãe na cozinha dando algumas ordens à empregada.

 

     Quando o casalinho de pombos entraram o Pereira levantou-se para cumprimentar o Carlos e receber um beijo de boas noites da filha.

        - Olá Carlos! Está tudo bem com você?

        - Muito trabalho!

        - Oh meu caro tenha paciência mas é do trabalho que se vence na vida.

        - Pois! É o que diz o meu Pai que anda sempre atarefado de um lado para o outro.

        - Ele viaja muito! Muito? – Aproveitou o Dr. para perguntar

        - É! Ultimamente anda com umas obras complicadas no Algarve e anda a ausentar-se com mais frequência.

        - E sua mãe? O que diz ela? – Perguntou a mãe da Isabel que entretanto tinha entrado na sala –

        - Minha mãe vai-se entretendo a visitar algumas amigas e fazendo compras para gastar o dinheiro do meu Pai. A propósito! Ela convidou-os para passarem um fim se semana na nossa casa da Ericeira.

     O jantar decorreu como se já fossem normais excepto algumas perguntas do Pereira sobre como era o relacionamento dos Pais do Pedro que deixou um pouco estranho pois já tinham estado em sua casa também a jantar mas não ligou grande importância.

     Depois do jantar foram até à sala para tomar café, beber uns conhaques e mais uma conversa da treta, até que chegada as onze horas o Pedro despediu-se com a desculpa que no dia seguinte seria dia de trabalho.

 

Bairro Alto

     O rapaz já na rua, sentiu que não estava em condições de conduzir. Tinha bebido uns três conhaques e precisava de um cafezinho. Como estava ali no Chiado perto do Bairro Alto, resolveu entrar e procurar um café. O Bairro talvez por ser um dia de semana não estava cheio e com as casas sem clientela – mas era tudo bares – Até que deu por um restaurante que visto de fora só tinha duas mesas ocupadas e entrou!

 

     Era o Pap’Açôrda.  Restaurante fora do estereotipo das tascas e dos restaurantes de luxo que se mantém desde 1981, com uma cozinha tradicional portuguesa que vai desde os pastéis de massa passando pelos impecáveis peixinhos da horta, Sopa de peixe muito rica relembrando a nossa terra de pescadores. A fazer jus ao nome da casa, também se pode degustar Açorda com lagosta e gambas. Com sabor transmontano, podemos saborear o extraordinário cabrito frito regado por bons vinhos. Sempre tudo a bons preços.

     Quem por lá passa tem um ambiente bastante acolhedor.

     Com um balcão de mármore tipo antiga taberna leitaria é recebida pelos seus sócios Fernando ou o Miranda enquanto se espera por uma mesa livre.

 

     Talvez por já ser tarde e os seus proprietários se encontrarem em outros serviços (talvez a fazer contas à caixa) foi recebido por um empregado que muito solicito informou que àquela hora já não serviam jantares.

        - Também não é para jantar! È só para tomar um café! Pode ser?

        - Mas certamente! E é só um café? – perguntou o empregado com ar de quem queria era ir-se embora pois já era quase meia noite e ainda tinha de aturar uns clientes lá do fundo da sala que ao que parecia deviam estar bem satisfeitos pois ouviam-se gargalhar – Encaminhou-o para uma mesa à entrada da porta como quem diz (bebe o café e pira-te). 

     Pedro notando aquele mal-estar do empregado resolveu pedir também um Whisky. O empregado deu um sorriso virou as costas e lá foi buscar o serviço.

     O Pedro tinha ficado de frente para a rua sem vislumbrar o que se passava com os clientes lá do fundo da sala de onde vinham as gargalhadas.

 

      Já tinha bebido o Whisky e estava a tomar o café para rebater o álcool quando um gargalhar lá do fundo sentiu não ser estranho. Conhecia aquela voz de algum lado. Ficou um pouco mais atento virou-se para trás e quem era? O seu Pai, uma mulher e um rapaz mais ou menos da sua idade. Ficou atónito. E murmurou lá para os seus botões. – Então? Não hera suposto o gajo estar no Algarve? O seu Pai ali com uma gaja? – Pensou o que fazer durante algum tempo e como já andava com a pulga atrás da orelha quanto à saída do Pai resolveu levantar-se e com a maior das latas, pegou no copo do Whisky dirigiu-se ao Pai e perguntou:

         - Pagas-me esta bebida Pai?

     O coitado se tivesse ali um buraco enfiava-se por ele abaixo.

     Criou-se ali mementos de suspense.

     O Pai não sabia o que fazer ou dizer. A mulher que se estava a rir por qualquer anedota, ficou pálida e de boca aberta. O rapaz mirava o Pedro com uns olhos arregalados e mirava-o de cima a baixo quase a come-lo com os olhos.

         - Então? Não me pagas a bebida e não me apresentas os teus amigos?

         - Sim!.. Sim!... - Balbuciou o Piteira com a cara mais incrédula deste mundo –

         - É a Helena! Minha secretária e o filho Rui.

     Pedro com o ar mais gozão possível e um sorriso nos lábios atirou

         - É a tua segunda mulher e o seu segundo filho?

         - É pá! Espera aí! Sou filho mas não do teu Pai. Que não haja aqui confusões pois o meu já está lá nos anjinhos há uns tempos. - Esclareceu o Rui.

         - Desculpa! Ma nunca vi o meu com outras mulheres alem da minha mãe e não sabia que tinha uma secretária.

         - Bem!.. Bem!  O melhor é sentar-te para resolvermos a situação. O que fazes aqui a esta hora? – perguntou o Pai com ar autoritário.

         - Fui jantar a casa da minha namorada e apeteceu-me tomar um café.

      Com um ar um pouco bichanado o Rui brincou:

         - Ah!.. ele tem namorada!

         - Então menino! São coisas que se digam? Ralou a Helena.

         - Bem!.. Vamos mas é esclarecer a situação. A Helena é de facto minha secretária, estivemos a trabalhar até tarde e viemos jantar e se estamos com o filho é porque é mesmo secretária e não estejas para aí a engendrar ideias.

         - Então porque disseste lá em casa que ias jantar com um colega? E os fins-de-semana passados em trabalho no Algarve também são com a tua secretária?

         - Olha menino é melhor não me faltares ao respeito.

         - O melhor é nós irmos dar uma volta e como mais novos explicar ao Pedro a situação. – Declarou o Rui como jovem sensato – Depois com mais calma resolvem os vossos problemas caseiros.

 

     A situação não estava a ser nada agradável para ambas as partes. O “cota” tinha sido apanhado com a boca na botija e o puto sendo um tipo ao que parecia já vivido encontrou a melhor solução para que tudo por enquanto ficasse bem.

 

         -Isso mesmo! Vão dar uma volta e procurem compreensão. – disse o Pai.

         - Compreensão? Então encontro o meu Pai com uma gaja e é o filho que vai fazer com que tenha compreensão?

         - Menino! Tu não sabes as causas de tudo isto, portanto tem um pouco de respeito.

         - É a segunda vez que me tratas por menino quando te ponho em causa o facto de teres uma amante.

         - Vai!.. Vai com o Rui dar uma volta. Pode ser que ele te meta juízo nessa cabeça.

 

                  (Porque é que o Rui seria a pessoa indicada para lhe meter juízo na cabeça segundo lhe dizia o Pai. O que é que aquele rapaz um ano mais velho que ele teria para lhe dizer? Qual a sua ligação directa com seu Pai teria?)

 

       Eram ideias que lhe saltavam à cabeça quando o Rui colocando um braço sobre no ombro

           - Então?.. Vamos dar uma volta e conversar?

       Um pouco contrafeito lá foi.

           - Vamos tomar um copo e conversar? Disse o Rui

           - Mas o que é que tens para me dizer?

           - Tenho alguma experiencia de vida, sei muitas história de vidas principalmente a minha e de minha mãe que te quero contar.

           - E onde entra nessa historia o meu Pai?

           - Já vais saber! Entretanto vamos ao copo!

 

     Rui, já sabedor dos segredos da noite e do Bairro Alto dirigiram-se a um daqueles vares com música calma e onde param casais e amigos para trocarem ideias, declarações de amor e alguma conversa da treta para descontrair a noite.

     Depois de tantos cafés e whisky e porque naquele bar não se bebe café. (o normal é a cerveja em copo que é bebida por vezes na rua) Pediram duas Coca-Cola e depois dos primeiros golos – Pedro ainda estava com aquele ar de chateado e admirado com tudo o que tinha acontecido nas últimas horas e com as dicas daquele rapaz já entrado nos vinte cinco anos e que demonstrava alguma experiencia de vida e que poderia ser o irmão que nunca teve.

     O Rui recomeçou:

          - Tal como tu, também eu tive um Pai que arranjou uma amante e abandonou a casa, tinha eu uns três anos. Fui criado pela minha mãe e minha avó materna com todas as dificuldades inerentes à situação Embora tenha sempre dito a minha Mãe para arranjar um companheiro até porque sentia a falta de um homem em casa para referências, ela sempre apaixonada por meu Pai, nunca encontrou o homem ideal. Os tempos foram andando, eu fui estudando, tirei um curso de contabilidade e minha mãe tirou um de secretariado até que arranjou um emprego nos escritórios do teu Pai. Passados seis meses de ela estar no emprego um dia chegou a casa e contou que o patrão necessitava de um contabilista pois o seu tinha pedido a demissão.

     Como estava desempregado pedi a minha mãe para me levar ao patrão.

     Assim aconteceu! Passamos a ser os dois empregados do teu Pai.

     Sendo o Arquitecto Piteira um homem recto e correcto como patrão, criamos uma certa amizade, vendo nele o homem exemplar que me tinha faltado até ali, fiz questão de dizer a minha mãe por várias vezes que estava ali o tipo ideal para ela.

        - Mas ele é casado e tem um filho. – dizia ela sempre que lhe falava no assunto.

        - Que tem isso? Ao que nos dá a perceber ele não se dá lá muito bem com a mulher. O meu Pai também nos deixou! As pessoas trocam-se na vida. Tu ganhas um companheiro e eu um irmão.

        - Quer dizer que tua mãe foi atrás da tua conversa e começou a atirar-se ao meu Pai!

        - Nada disso! Um dia as coisas lá no escritório houve um problema com um cliente e o trabalho avolumou-se de tal forma que estivemos lá até tarde e o teu Pai convidou-nos para jantar. Depois do jantar voltamos ao escritório e lá estivemos até à meia-noite. Como já era tarde e não temos carro o teu Pai prontificou-se a levar-nos a casa. Entramos para tomar um café e foi quando ele soube da nossa vida e como vivemos. Minha avó já tinha morrido e vivíamos só os dois.

        - Foi com essa história que meu Pai também contou a sua. Claro!

        - Sim! Eu como tinha ainda um trabalho para acabar para a empresa e que tinha numa pen, fui para o meu quarto e eles ficaram na sala a conversar. Imbuído no trabalho, até me esqueci deles e acabei por me deitar e adormecer.

        - Quer dizer que és tu o culpado?

        - Podes ver a situação assim! Pois de manhã quando fui até à cozinha para tomar um copo de água encontrei lá os dois como também se tivessem levantado na altura.

     Pedro de boca aberta e ter estado muito atento com estas confissões e com ar sarcástico atirou:

         - Foi assim que tua mãe se transformou em secretária e amante do meu Pai!

         - Espero que não nos julgues como más pessoas. Simplesmente aconteceu o que acontece na vida real entre muito boa gente. E tu? És feliz em casa?

         - Porque não seria? A minha Mãe não faz nada a não ser passear-se pelas festas do croquete com as amigas. Já pouco liga às casas, deixa tudo nas mãos da nossa criada e a meu Pai também já pouco liga. Tenho uma namorada que é colega no meu trabalho e banho-me na praia da Ericeira quando lá passamos os fins-de-semana. Já tinha desconfiado do meu Pai, até já o tinha confrontado com essa situação mas ele sempre disse que não eram contas do meu rosário.

Café da Ribeira

     A conversa! Queixas e lamurias entre os dois já estavam longas no tempo quando verificaram ser tês horas quando o empregado do bar onde se encontravam veio junto a eles informar que iriam fechar.

     Pagaram e saíram.

     O Bairro alto estava quase vazio de gente. A noite estava fria e com ar de cacimba.

         - Esta converse ta fez-me fome. - Comentou o Rui

         - Pois, vamos para casa. Onde moras? Tenho o carro no parque ali no Camões

e posso levar-te a casa.

         - Já? O sol está quase a nascer e o Café da Ribeira já está a abrir! E se fossemos até lá tomar o pequeno-almoço?

         - Onde fica isso?

         - É no Mercado da Ribeira no Cais do Sodré! Segundo diz um amigo meu que foi cantor era ali que paravam para tomar o pequeno-almoço a partir das seis da manhã os artistas, poetas, putas, gays, vadios, proxenetas e vadios. Hoje já não é nada do que era nesse tempo segundo ele conta. Actualmente nada mais é que um café que serve umas sandes ao pessoal da ribeira antes de iniciarem o seu trabalho.

         - Mas tu gostas de lá ir!

         - Sim! Gosto pois faz-me lembrar as histórias que o meu amigo Nelson conta

e relembro na minha imaginação como seria aquele tempo, sem drogas e assaltos.

         - E não será perigoso? Com tudo o que se lê nos jornais?

         - Na noite temos que ter um certo cuidado, fugir das confusões e nunca procurar discotecas com muitas fúrias.

         - Então quais são os bares e discotecas que frequentas? Nunca fui a nenhuma.

         - As minhas preferidas são o Bar 19, o Finalmente e o Trumps. Todos mais ou menos se conhecem e sabem estar assim para o que vão.

         - E é com esse teu amigo que lá te encontras?

         - Por vezes tomamos lá um copo. É um “cota” porreiro que já teve uma vida de fausto e muito vivida e de quem eu gosto muito, Talvez por substituir o Pai que não tive. Conheci-o quando tinha 19 anos, ainda ele cantava. Tem sido o meu confidente e estame sempre a dar na cabeça quando me porto mal.

          - É mesmo teu amigo! E quando te portas mal o que fazes?

          - Não queiras saber tudo numa noite. Depois de lhe contar o que se passou connosco pode ser que nos encontremos em casa dele.

          - Quer dizer que também frequentas a sua casa!

          - Sim! Às vezes até fins-de-semana. Ele vive só e por vezes também tem necessidade de um ombro amigo e eu gosto muito dele.

          - Quase parecem namorados!......

          - Não estejas para aí a conjecturar.

          - Desculpa, se disse algo impróprio. – disse o Pedro muito aflito com a reacção do Rui.

 

                   Por incrível ou não que parecesse, aqueles dois rapazes que por destinos cruzados os tinha juntado para desabafarem os seus   flitos sociais e pessoais tinham-se revelado amigos-irmãos que nunca tiveram.

                   Já eram dez da manhã quando o café da ribeira já estava vazio, em contrapartida o mercado já pululava de gente.

                  Quando deram por isso já não tinham fome de alimentos assim como estavam mais ricos em conhecimentos.

                  O Pedro prontificou-se a levar o Rui a casa e ele também iria para casa dormir. Para o trabalho! Naquele dia ninguém iria trabalhar.

                  Pelo caminho, não trocaram mais desabafos, a não ser o Rui queixar-se de ainda não ter ocasião económica para comprar um carro.

                  Pedro, calado durante todo o caminho, pensava que tinha aprendido mais durante aquelas horas do que nos seus dezanove anos de vida.

»»»»»» (Siga para IV Parte)

 

 

          Nelson Camacho D’Magoito

        “Contos ao sabor da imaginação”

                © Nelson Camacho
2013 (ao abrigo do código do direito de autor)

Estou com uma pica dos diabos:
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Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2013

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