É quase Fim de Ano e os meus olhos deitam lágrimas
Não as lágrimas de saudade de um tempo que já não volta nem do tempo que me falta para chegar à eternidade ou das dificuldades que se adivinham face a um governo que nos desgoverna sem eu ter culpam alguma.
Os meus olhos deitam lágrimas porque a um canto de uma rua da nossa cidade vi uma criança sentada no esconso de uma porta com roupas quase desfeitas estendendo a mão suja à caridade que as gentes deste país a esqueceram.
Noite de Inverno
(a uma criança)
Que escuridão, que tristeza,
que noite, o vento a uivar!...
e sem pão tanta pobreza
e tantos tristes sem lar!
Quantos desses desgraçados
Irão caminhando agora
com os membros regelados,
descalços, estrada fora!
Quantos, famintos, sozinhos,
quase nus a tiritar,
irão por esses caminhos!
talvez – quem sabe? - a chorar!
Ai quantos – miséria horrenda –
órfãos de pai e mãe,
sem um braço que os defenda,
sem amparo de ninguém!
A chuva cai inclemente,
a noite é escura, sem lua:
quem socorre o indigente,
que passa triste na rua?
Se outra coisa não tiveres
que dar aos desgraçadinhos,
que bem farias, se lhes deres
consolação e carinhos.
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