Nunca tinha sentido aquela pequena dor dentro de mim.
Primeiro foi ao contrario do que já tinha sentido quando estive engripado e alguns dias sem evacuar. Era uma pequena dor estranha de penetração que se ia aliviando cada vez mais por cada vez que algo me penetrava insistentemente ao mesmo tempo que o meu pénis ia inchando ao mesmo tempo que se ia roçando nos lençóis de seda com que a cama estava feita. Estava também sentindo algo de estranho em todo o meu corpo. Estremecendo em convulsões como nunca tinha sentido. Deixou de me doer o ânus ao mesmo tempo que os meus loucos espermatozóides iam saindo em catadupas. Já não era o simples roçar nos lençóis mas a masturbação que alguém que encostando todo o seu corpo às minhas costas como se de um só corpo fosse e num vai e vem constante não só me penetrava docemente como me masturbava convulsivamente. De repente já sem dor alguma senti um líquido viscoso e abundante dentro de mim ao mesmo tempo que do meu pénis saiam também os tais loucos como se se tratasse de uma mangueira de água ligada a uma torneira de água quente, entrando por um lado a saindo por outro.
Senti-me bem a aliviado daquele stresse orgânico num êxtase total.
Nada daquilo tinha ido rápido. Tinha levado o seu tempo. Desde que comecei a sentir uns dedos viscosos derivado a abundante creme manusear-me as pregas do meu ânus até àquele pau começar a penetrar-me ao mesmo tempo que uns lábios carnudos e dentes afiados me mordiscavam os lóbulos e a nuca tinha levado se não horas, pelo menos longos minutos. Quando se deram os espasmos em uníssono, nossos corpos desfaleceram como coisa morta.
Mais uns longos minutos na mesma posição até que ficamos de lado de conchinha e até adormecer só ouvi o Rogério segredar-me ao ouvido:
- Gostaste?
Certamente estava a sonhar, pois não dei por mais nada até adormecer.
Quando acordei já o sol raiava janela dentro iluminando todo o quarto e porque batiam à porta ao mesmo tempo que entrava minha mãe, perguntando-me se não me levantada para o pequeno-almoço.
Assustei-me, encolhi-me todos e puxei o édredon para nos tapar, mas só estava eu. Nem no quarto nem na cama estava mais alguém. Afinal de contas tinha sido um sonho.
Minha mãe voltou a insistir:
- Vê se te levantas. O pequeno-almoço está a ser servido junto à piscina onde os teus primos já se mergulham.
Meus primos? Piscinas? Mas afinal onde é que estava? Aquele quarto também não era o meu. Os lenções estavam todos conspurcados de langonha e algo estava a querer sair de mim. Depois de minha mãe sair levantei-me a correr para a casa de banho para evacuar e deitar fora tudo o que para lá entrou, Afinal de contas não tinha sido um sonho e tinha de descobrir o que se tinha passado.
Oito dias antes
Tinham acabado as aulas e o verão tinha chegado.
O mês de Agosto é um mês carismático onde todos os familiares ausentes no estrangeiro se juntam. É o tempo do reencontro e das apresentações dos familiares que nasceram no estrangeiro e das visitas às casas dos emigrantes que com o esforço do seu trabalho aqui mandaram construir.
A minha família também não fugia à regra e os tios que na época da crise buscaram uma vida melhor no estrangeiro naquele verão também cá vieram com toda a sua prol.
Assim que chegaram e porque já tudo tinha sido combinado abalamos todos para o Algarve, mais propriamente dito para Albufeira local onde os meus tios escolheram para construir a casa,
Entre toda aquela gente, também veio primas e o primo que não conhecia.
Quando chegamos embora a casa fosse grande e o que é normal, falta sempre camas para tanta gente mas a situação ficou resolvida. Casais para um lado, solteiros para outro. Raparigas com raparigas e rapazes com rapazes.
O Rogério era o puto mais velho- tinha 20 amos – e tinha direito ao seu quarto. Como foi comigo no carro e conversamos bastante sobre a sua vida em Paris e os prazeres que aquela cidade proporciona, logo indicou ser eu a ficar no seu quarto.
O desfazer das malas ficou para os cotas e a preparação do jantar para as mulheres.
As primas, miúdas giras mas novas para qualquer abordagem pois eram duas com idade ente os dez e os doze anos resumiram-se às suas brincadeiras normais da idade. Para meu convívio sobrou o Rogério que tinha nascido em França e pouco falava português. Mão não ouve problemas no nosso entendimento pois contrariamente à malta nova. Tinha aulas de Francês e quanto ao Inglês não me interessava muito. Resultados, linguisticamente entendíamo-nos bem. Depois de arrumarmos as nossas roupas e porque a tarde assim o apetecia vestimos uns calções de banho e em vez de irmos tomar duche fomos dar uns mergulhos na piscina.
Entre outras conversas o Rogério quis saber como era a vida nocturna por ali em Albufeira.
Então tentei dentro dos meus conhecimentos informar aquele luso-Francês como se localizava Albufeira no mundo e sua origem
“Albufeira não é apenas a capital do turismo em Portugal, é também um local carregado de história
O nome de Albufeira provém do árabe Al-Buhera, que significa "pequeno lago/lagoa",
O contacto com os Fenícios, os Gregos e os Cartaginenses, ensinaram aos habitantes o alfabeto, a utilização da moeda e a conservação dos alimentos através do sal. Ocupada numa primeira fase pela civilização Romana, o seu nome inicial era Baltum.
Este povo introduziu o conceito de organização administrativa e desenvolveu uma intensa actividade agrícola, mineira e comercial. Construiu ainda aquedutos, estradas e pontes, dos quais ainda existem alguns vestígios.
Foi a partir do final do séc. XII que se iniciou a conquista cristã da região. A tomada da vila aos mouros deu-se definitivamente em 1249 com os Cavaleiros da Ordem de Santiago no reinado de D. Afonso III e doado à Ordem Militar de Aviz, tornando-a assim parte do reino de Portugal e dos Algarves. A 20 de Agosto de 1504.
A partir de meados do séc. XIX a actividade piscatória promoveu um grande impulso económico. A exportação de peixe e frutos secos foram os principais meios de lucro da região. A partir da década de 60, já no séc. XX, o turismo começou a florescer e deu novo fôlego à economia local. Com o seu crescimento tornou-se cidade em 1986.
Até aos dias de hoje, tem estado em franco desenvolvimento graças a uma actividade turística em expansão que a transformou num dos destinos turísticos preferidos da Europa.
A necessidade de satisfazer a crescente procura turística obrigou Albufeira a sair do seu centro histórico e estender-se em direcção as suas zonas rurais proporcionando alojamento de qualidade e infra-estruturas de luxo. Este alargamento criou novos pólos de atracão tais como o Montechoro, as Areias de São João e a famosa Oura. A recente construção da Marina de Albufeira ajudou a ligação da cidade à sua zona Oeste que se estende até a Galé e aos Salgado.
Passou também a ser o destino de muitos estrangeiros a mudar a sua residência temporária ou permanente para esta região.
A vida nocturna em Albufeira é bastante animada, e tem o ritmo de uma metrópole turística e, à medida que o sol se põe, encontram-se os amantes de todos s géneros em discotecas, restaurantes e bares, depois de frequentarem vários desportos existentes tais como: Ténis, golfe, desportos aquáticos e muito mais que fazem as delícias dos desportistas mais exigentes.”
Depois mas minhas explicações, achai estranho ele perguntar se não havia nenhum bar Gay.
Como não sabia nada sobre o assunto nem tão pouco alguma vez tivesse frequentado tais bares até mesmo em Lisboa ele achou estranho sabendo tanto sobre Albufeira não estar dentro do assunto e até me perguntou de nunca tinha tido alguma relação com outros homens.
Fiquei um pouco ofendido com a pergunta e fui brigado a dizer-lhe que não era maricas e se isso lá em França era prática da juventude, nós por cá ainda não tínhamos chegado aí.
Ele não ligou muito ao meu comentário e só disse:
- Logo depois do jantar vamos dar uma volta e vamos à descoberta.
Assim aconteceu, depois do jantar toda a família foi dar uma volta pela vila.
No Calçadão entramos numa esplanada que tinha música ao vivo e tomamos uns copos. Os cotas que estavam cansados da viagem resolveram ir para casa e ficámos somente os dois e pedimos mais uns Koktail’s.
Parecia ser de propósito pois quem nos atendeu foi um moço todo amaneirado que notando que falávamos francês e julgando que o eramos e num francês correctíssimos perguntou-nos se não queríamos curtir a noite.
O Rogério arrebitou logo as orelhas e disse que estaríamos interessados em ir tomar uns copos num bar de temática LGBT.
- Se vocês tiverem carro, eu saio às duas e posso leva-los a um desses bares aqui perto que está aberta até às quatro da manhã.
Ora esta!... Então vem um gajo lá das franças passar férias e em vez de procurar umas gajas procura maricas? Estou fudido com este. - Pensei eu embora não tivesse coragem para dizer fosse o que fosse e acabei por aceitar o repto. Nem quis tocar no assunto. Sempre queria ver o que iria acontecer.
As duas da manhã chegaram depressa e logo apareceu o tal empregado todo aparaltado dizendo que a despesa já estava paga e apresentou-se como Jean Pierre.
Segundo nos contou estava em Portugal fazendo um curso do Erasmo e para subsistir à despesas trabalhava de noite em bares, cafés e esplanadas.
Metemo-nos no carro e lá fomos para o tal bar.
Aparentemente o exterior do Bar Pride Disco não dizia nada de estranho mas para o Rogério demonstrou ser um alívio pois em França havia um Bar com o mesmo nome onde ele mais tarde confessou passar grandes noites.
Logo à entrada Jean Pierre foi cumprimentado com grande euforia e fomos conduzidos a uma mesa rodeada por um sofá com quatro lugares.
Vieram os Cocktails e iniciamos uma conversa de circunstancia na qual Jean Pierre ficou a saber que eramos portugueses. Pouco depois vendo ao longe um estrangeiro mesmo, pediu licença e lá foi. Só mais tarde vim a saber que o tal estudante era um garoto de programa e fiquei só com o Rogério.
A música ambiente estava bastante confortável para uma conversa sem gritos e o meu primo descoseu-se contando-me a sua vida em Paris ao mesmo tempo que em certas ocasiões me punha a mão na perna.- Como achava ser normal aquela forma de contacto, nada disse.
A noite foi seguindo até que o Jean Pierre já com um companheiro se veio despedir de nós desejando-nos sorte. Só mais tarde vim a entender o que ele quis dizer com aquilo.
Dos cocktails passamos para os whiskies simples e já um pouco perturbado Rogério aproximou-se mais de mim e beijou-me nos lábios.
- Não podemos ter dado este beijo… - Respondi muito atrapalhado -.
- Porquê?.. Não gostaste?
- Não…. Não é isso…
- Então o que é?
- Não é próprio… Dois homens beijarem-se assim…
- Não é próprio? Mas não gostaste? Não sentiste nada de especial?
- O problema é esse!.. Nunca tinha sentido tal sensação de prazer…
Rogério segurando-me novamente na cabeça com as duas mãos aproximou-a da sua e os dois pares de lábios encontraram-se como dois apaixonados antigos.
No meu cérebro, ao longe ouvi uma sineta de barco tocando ao mesmo tempo que em uníssono as luzes ficavam mais claras e começava a ouvir:
“Naquele tempo nós dois
Tínhamos manhãs de sois
Dias tristes eram poucos
Nessa era adolescente
Éramos ‘dez reis' de gente
Mas completamente loucos”
Era a voz de António Zambujo interpretando “Jogo de Sedução”
https://www.youtube.com/watch?v=Vw_7F7no77Q
Pelo que me apercebi, era a hora do Bar fechar.
Continuando mal refeito lambi os lábios que tinham ficado húmidos daquele beijo e enquanto a canção se ia desenvolvendo e olhando firmemente os olhos do Rogério perguntei:
- E agora?
- Agora somos adultos e responsáveis. Vamos para casa acabar a noite.
Pagamos a conta e fomos para casa.
Foram umas férias como nunca tinha tido. Nas próximas sou eu que vou a França.
--------------------------- FIM -----------------------------
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação” (cn-265)
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)
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