Quarta-feira, 19 de Setembro de 2012

Luiz Goes o símbolo perpétuo da canção coimbrã partiu ao 79 anos.

Luiz Goes

     Luiz Goes na sua dimensão humanista foi meu dentista e concelheiro nas cantigas.

     Recordo com grande saudade este senhor possuidor de além de uma voz inigualável e o seu trabalho altruísta que fazia numa junta de freguesia do meu bairro na qualidade estomatologista, onde o conheci e me tratando gratuitamente. Quando soube que andava nas cantigas tomamos de alguma amizade pela qual me deu alguns conselhos.

 

    Luiz Fernando de Sousa Pires de Goes nasceu em Coimbra em 1933. Mais conhecido por Luiz Gaes, licenciou-se em Medicina, tendo exercido a profissão de médico dentista em paralelo com a carreira artística.

    Iniciou-se no fado por influência do tio paterno, Armando Goes, contemporâneo de Edmundo Bettencourt, António Menano, Lucas Junot, Paradela de Oliveira, Almeida d’Eça e Artur Paredes.

    No seu currículo discográfico constam quatro LPs, que gravou entre 1952 e 1983.

    Neste espaço de tempo, Luiz Goes gravou o álbum “Serenata de Coimbra” com os músicos Carlos Paredes, João Bagão e António Portugal, que “é ainda hoje o disco português mais vendido.

    Como autor, assinou 25 fados e 18 baladas, dos quais destaco “ Trova do tempo que passa”, “Fado da Despedida”, “Toada Beira”, “Balada da Distância”, “Canção do Regresso”, “Homem Só”, “Meu Irmão”, “Romagem à Lapa”, entre outros e “É Preciso Acreditar”, tema sempre atual.

Em 2002, assinalando os 50 anos da sua primeira gravação a discográfica EMI-Valentim de Carvalho reuniram a obra integral numa edição intitulada “Canções Para Quem Vier”.

    Entre muitas distinções que recebeu, constam: Membro Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, medalha de Mérito Cultural do Município de Cascais e sócio honorário do Orfeão Académico.

    Em determinada altura da sua vida e em entrevista ao “Campeão” disse:  “Sempre levei muito a sério esta coisa de cantar. Ainda hoje não sei o que é divertir-me quando tenho de cantar. Quando subo a um palco fico nervoso, não por medo mas porque levo o canto muito a sério. Não é uma atividade gratuita, é uma responsabilidade. A Canção de Coimbra é um bem cultural a ser preservado e respeitado”.

 

    É com estas palavras de Luiz Goes que deixo aqui a minha eterna saudade e com pena que muitos cantores da nossa praça não sigam o seu exemplo.

É preciso acreditar.

 

Nelson Camacho

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