Quarta-feira, 13 de Março de 2013

De Homofóbico a gay foi um passo

beijos em o canto do nelson

Naquela noite estava numa de me apetecer “passarinho novo”

Tinha acabado de ler um estudo publicado na internet revelando que os homofóbicos sentem atracão por pessoas do mesmo sexo.

Que novidade!

Quantas e quantas vezes ao longo da vida me apareceram, não homofóbicos, mas homens principalmente entre os vinte e os trinta anos de idade, por esta ou por outra razão que não vem aqui para o caso, se deitaram comigo na cama em principio com a ideia declarada que seriam activos e com o jeito apropriado da minha parte para a ocasião, na altura do ato, passaram a passivos.

E você! O que é? Perguntará o meu leitor. Eu sou Flex! Comer um cú de um gajo ou uma mamada, dá-me muito mais prazer que de uma mulher, Aliás, está mais que provado que um bico feito por um gajo é muito melhor que por uma galinha.

Mas vamos ao estudo publicado sendo o seu título original:

 “Homofobia e Homossexualidade”, e que diz o seguinte:

“ Realizado pelas universidades de Rochester. Essex Califórnia nos Estados Unidos revelou que pessoas homofóbicas sentem atracão por pessoas do mesmo sexo. O repúdio e comportamento agressivo aos homossexuais seriam uma forma de reprimir o desejo sentido.

A pesquisa, publicada no “Journal of Personality and Social Psychoologay” foi composta por quatro experimentos distintos, cada um envolvendo em média 160 estudantes universitários entre alemães e norte americanos,”

 

Meus caros, não era necessário estes senhores andarem a gastar dinheiro do povo para chegarem a esta conclusão, bastava perguntarem-me o que se passava com a maioria dos homofóbicos que lhes explicava tudo com pormenores credíveis.

Não falando em religiões que não aceitam a homossexualidade pois isso é outra coisa, há partida é sempre por uma questão de inveja da forma livre, não libertina, como os gays vivem, ao ponto de serem mais queridos pelas mulheres que esses próprios machões. Depois é a forma como se tratam, tanto do corpo como da forma de vestirem, tanto assim é que alguns já tratam do corpo e se besuntam com produtos de mulheres e depois dizem que são metrossexuais.

Quando, principalmente um jovem numa roda de amigos critica homofóbicamente um colega mais amaneirado é simplesmente porque notou nele qualquer atracção e ainda não descobriu as suas reais tendências. Outras vezes, já experimentaram e como não queres que os colegas e amigos saibam, fazem essas críticas querendo tornar-se o machão lá do sítio.

Eu conheço alguns que até são passivos, mas à frente dos colegas são homofóbicos.

Posso recordar-vos que em tempos passado, não muitos, havia rapazes da Casa Pia de Lisboa, que se juntavam nos jardins de Belém e enquanto jogavam à bola também arrasavam gays que se passeavam nos seus carros, mas depois, com um sinal que só eles entendiam, às escondidas dos colegas, iam-se prostituir e não era como agora que o fazem por dinheiro, mas sim porque gostavam de estar com a pessoa visada. E aqui também por várias razões. Uma delas era porque as pessoas em causa sabiam ouvi-los e dar-lhes afectos que não tinham dos colegas nem da instituição onde estavam e de noite saltavam os muros. Nalguns casos era também um fim-de-semana ou um cinema.

Garanto-lhes que estas situações se passavam nos jardins de Belém, no cais de embarque para a Trafaria, no Cais do Sodré, estação do Rossio, Parque Eduardo VII, Parque Mayer e outras zonas e cafés, chamadas de engate de Lisboa, Porto e Setúbal. No Cais de embarque para a Trafaria, também se engatava tropas que estavam aquartelados nos regimentos de cavalaria na calçada de Belém e se sentia sós em Lisboa.

Hoje, as zonas são outras. A única que ainda existe é o Parque Eduardo VII, mas a coisa passa-se de outra forma é tudo à descarada e a troco de dinheiro, e é bastante perigoso, derivado à droga e ao HIV.

Actualmente, embora haja bares de cariz gay. A coisa trata-se de outra forma.

Uma noite destas, vi num desses bares um puto com a namorada que já veio para o facebook dizer que vai lá com os amigos e respectivas namoradas porque gostam do ambiente e dos espectáculos que ali se realizam e até são amigos de alguns gays.

Se a minha boca não fosse um poço contava que esse tal que vi no bar, já esteve comigo na cama várias vezes flexando.

II Capitulo

São quatro ma manhã e estou escrevendo isto porque estou só, satisfeitíssimo da silva e não só satisfeito. Parece que foi de propósito, há coisas que acontecem não se sabe porquê.

Quando disse no princípio que estava a apetecer-me “passarinho novo” eram nove horas da noite. Já tinha jantado, a noite estava agradável e vi que não tinha pó de café em casa e depois das refeições, não passam sem um cafezinho e resolvi ir toma-lo lá fora.

Pelo sim pelo não, vesti um casacão daqueles curtos mesmo por cima da camisa e como é moderno um cachecol preto sarapintado de branco porque não gosto de muita roupa, perfumei-me com um pouco de pachuli, desci as escadas que dão directamente para a garagem, liguei o automático da porta e lá fui sem destino até Lisboa.

Meti o carro no parque do Corte inglês e fui tomar café, aproveitei para comprar o último CD do Camané e como não havia nada mais interessante fui embora.

Uma das saídas do parque dá directamente para o Parque Eduardo VII e fui em frente, devagar devagarinho para ver as vistas. Lá estavam eles no seu trabalhinho, de repente tocou o celular e parei o caro para atender. Era um amigo perguntando onde estava e se podia ir lá a casa ver um filme e beber um copo. Eu sabia o que ele queria, mas não podia ser e disse-lhe que estava em Lisboa, enquanto falava acendi um cigarro e desliguei o celular.

 

Engate no Parque Eduardo VII

Aida estava a dar as primeiras passas no cigarro um gajo, por acaso até jeitoso e com ar bichanado junto à minha janela perguntando se lhe dava um cigarro. Dei!

- Já agora tens lume? Disse o chavalo

- Acendi o isqueiro e dei-lhe lume no cigarro que já tinha na boca.

Segurou-me na mão e perguntou:

- Não queres ir dar uma volta?

Pois! Nem era aquilo que queria naquela noite nem é meu hábito pagar o sexo e era certamente o que ele me ira pedir mas entabulei um pouco de conversa:

- Mas queres ir passear?

- Eu queria! Se tu estiveres disposto!

- E onde te apetecia ir?

- Eu conheço uma pensão séria e que não é cara.

- Tas com azar que eu não vou para pensões.

- Então só damos uma voltinha. Podemos parar ali por traz do pavilhão. A esta hora não está lá ninguém.

- E o que fazes, dentro do carro?

- Como tens um aspecto sério e és engraçado por dez euros faço-te um bico bem feito.

Para tal desfaçatez respondi:

- Não chavalo! Esta noite não é isso que quero.

Resposta rápida e directa do puto.

- Mas se quiseres fazes tu a mim!

- Bem! Já estivemos a falar melhor! Toma lá cinco euros e vai comprar tabaco e engatar outro e boa sorte.

Meti-lhe na mão os cinco euros e pirei-me rua abaixo.

III Capitulo

 

Desci a avenida da liberdade direito ao Rossio, dei uma volta, lá estavam nas arcadas do teatro D. Maria os sem-abrigo enrolados em mantas preparando-se para passar a noite. É a amostragem para os estrangeiros da miséria deste governo. Como nada posso fazer, segui viagem até ao Camões, mesmo à entrada do Bairro Alto. Arrumei o carro no parque subterrâneo e fui tomar outro café na Brasileira.

A esplanada estava cheia até estava um grupo de estrangeiros tirando fotografias aproveitando como fundo a estátua do Fernando Pessoa ali sentado.

Também havias grupos de bichas pavoneando-se ao mesmo tempo que davam guinchos como cavalos à solta. Por aqueles lados, é normal encontra-los. Já faz parte da tradição da zona e nem todos se sabem portar bem. Estas são as bichas que nada têm a ver com os gays.

Na mesa mesmo ao meu lado, estava um grupo de rapazes ai para os vinte e cinco anos ao que me apercebi todos com namoradas menos um, que se riam do espectáculo e comentavam dizendo “Estes gajos são mesmo paneleiros. Não têm vergonha alguma”

Coloquei o ouvido mais atento para a conversa e reparei que o que estava sem namorada era o mais crítico. Até de uma vez olhou para mim e disse bem alto “ Eu é que havia de mandar, dava cabo desta paneleiragem toda”.

Uma dar raparigas dizia para ele. É pá! Deixa-os lá, estão-se a divertir à sua maneira, desde que não se metam com a gente.

- Eu sei! Mas não posso ver estes gajos pá, não são homens não são nada. – Retorquia o tal sujeito que pelo canto do olho eu reparei que olhava para mim.

 

Já estava farto daquela conversa homofóbica e com vontade de me saltar a tampa e fazer uma peixeirada, mas como sou ali muito conhecido respirei fundo e pedi um whisky ao empregado que estava mesmo ali.

- Quer com água simples ou gaseificada? Sr, Nelson

- Mário! Boa noite! Só simples que é para afogar as mágoas.

O empregado notando que eu estava danado com a conversa daqueles energúmenos, piscou-mo olho e disse: - Deixe lá que são desabafos desta juventude. E lá foi buscar a bebida.

O tal moço reparando que eu era ali conhecido, baixou o tom da voz e não fez mais comentários.

Entretanto o tal grupo de bichas já se tinham levantado e lá foram aos saltos a caminho da entrada do Bairro Alto.

O Mário trouxe o whisky e comentou: Já se foram embora não chateiam mais ninguém. Para nós são tudo clientes. Desde que não se metam com as pessoas não é nada connosco. Não acha Sr. Nelson?

Oh pá cá para mim está tudo bem, desde que não me apalpem!

Rimo-nos. Ele foi a sua vida e eu ainda fiquei por ali mais um bocado saboreando o ar da noite que estava agradável assim como a bebida.

O que iria fazer ou acontecer-me dali para a frente só Deus saberia pois pela minha parte, estava pronto para tudo. De vez em quando lá vinha a ideia com que tinha saído de casa. Com a fisgada do passarinho novo.

Entretanto a rapaziada do lado já tinha começado a debandar. Uns de braço dado outros de mãos dadas com as namoradas. Ficou o tal sujeito que ouvi dizer, vão vocês andando. Ainda vou comprar tabaco e uma revista para ler logo à noite.

Não o vi mais.

IV Capitulo

 

Entretanto, deu-me vontade de fazer um xixi e fui ao balcão pedir as chaves do WC, desci as escadas, deixei a porta entre aberta e lá fui fazer o meu xixizinho.

Este wc só tem dois mictórios

Estava a ter aquele prazer que é quando um homem alivia bexiga, quando notei que alguém entrava e dizia: - Desculpe mas é que estava mesmo à rasca.

Olhem quem era! O tal puto das bocas foleiras. Que continuou:

- Você desculpe aquelas bocas ao pé dos meus amigos, mas não gostos daqueles gajos.

De repente até o mijo recolheu e vi ele olhar para o meu pirilau.

- Não me diga que se assustou!

- Não! Não me assusto assim sem mais nem menos. A propósito. Esses tipos como você diz fizeram-lhe algum mal?

- Não me fizeram nem fazem porque não deixo.

Notando que o gajo não tirava os olhos do meu pau que sacudia para ver se mijava mais um bocadinho e como sou muito puta atirei:

- Você não deixa, mas também não deixa de olhar para o meu pénis.

O gajo ficou atrapalhado, desviou o olhar e quase gago:

- Sabe? É que tenho a mania que o meu é mais pequeno que os outros, já lá no ginásio ponho-me a olhar para os outros.

Vendo a atrapalhação do rapaz comecei a sacudir ainda mais o meu que se começou a levantar e disse-lhe.

- Se quiseres comparar o meu com o teu, encostamos um ao outro e logo vês a diferença.

O moço, ainda ficou mais atrapalhado e retorquiu:

- Mas você pensa que sou algum paneleiro encoberto?

- Nem encoberto nem descoberto. Não tenho nada com isso, Mas que tens aqui uma oportunidade e eu sou um gajo porreiro e sei guardar segredos, isso é verdade.

- Já vi que é bastante conhecido aqui no café.

- Sim é verdade, já trabalhei no Teatro de São Carlos que é aqui ao lado e venho cá tomar café muitas vezes.

- E que faz no São Carlos.

- Entro em alguma Óperas.

- Tem piada que eu adoro ópera, até tenho alguns cds.

- Bem! Como não queres encostar o teu ao meu, vamos embora.

E meti sem antes virando-me um pouco para ele sacudir um pouco o meu pau pegando junto aos tintis, de forma a mostrar-lhe toda a sua pujança. Ele olhou bem e meteu o dele que estava murcho nas calças.

Saímos e nas escadas perguntou-me se não queria tomar um café com ele.

Bem! A coisa para o meu lado estava andar bem e aceitei.

- E se em vez de tomarmos café aqui fossemos tomar uma cerveja ali ao bairro.

- É boa ideia, respondi prontamente.

Entramos pela rua da Atalaia, passamos pela Capela, Arroz Doce, Frágil e pelo Bar de Fátima Lopes, mas acabámos por beber um copo no Portas Largas.

Mesmo àquela hora, o Bairro Alto estava cheio. Todos os bares, dentro ou cá fora por causa do cigarrito, tinham gente, grupos de malta nova e alguns “cotas” como eu.

Os únicos sítios que se notava ter pouca gente eram as casas de Fado, talvez derivado à crise, pois são restaurantes caros para a situação actual. Até parecia os restaurantes das Portas de Santo Antão com os empregados à porta solicitando a entrada dos transeuntes.

 

Lá entramos e porque não fumámos, ficamos lá dentro tomando um copo e conversando um pouco.

Até ali nunca falámos sobre gays mas sim sobre música clássica.

Tinha despertado a atenção no Jorge, já nos tínhamos apresentado pelos nomes, o facto de ter dito que já tinha intervindo nos coros de óperas no São Carlos.

- Então você é cantor?

- Não é bem assim! Já passei por essa fase. Hoje o canto lírico em Portugal não tem quaisquer apoios, assim como a dança, o teatro. No geral, apoios para a cultura não há.

- De qualquer das formas ainda há jovens como eu que gosta de música clássica. Talvez por ter sido habituado com a minha avó a ouvir ópera. Ela mesmo com pouco dinheiro ia assistir a todas as récitas. Ia para o galinheiro. Sabes o que é?

- Claro! Galinheiro era o nome que se dava aos lugares mais altos no fundo da sala do São Carlos, hoje diz-se o terceiro balcão! É mais fino.

- Quer dizer que já não cantas, mas ainda sabes as histórias das óperas.

- Meu caro. Sobre as histórias das óperas não se chamam histórias mas sim Libretos.

- Já estou a começar a aprender algumas coisas.

- Então quais as peças que mais gostas e que viste?

- Gosto muito e até tenho DVs de “ O Barbeiro de Sevilha” de Rossiní, “Aída” e “Otello” de Verdi e de “Carmen” de Bizet.

- Tens tudo isso?

- Sim! Tenho muita música clássica. Não em minha casa mas em casa de minha avó.

- E porque não na tua casa?

- Os meus pais não alinham muito com esse tipo de música e então desforro-me quando estou na minha avó que é onde passo a maioria do tempo para estudar.

- E ela lá te vai aturando!

- Não, infelizmente já não me atura, já não está entre nós e fiquei com a sua casa, que é aqui no bairro. Como era uma casa comprada os meus pais ofereceram-ma. Só tenho que pagar os impostos ao fim do ano. Está totalmente como ela a deixou. Só alterei o quarto. É o meu canto espiritual, onde vão os meus amigos e onde me sinto bem.

- Certamente amigos especiais que também ouvem clássicos.

- Tenho alguns amigos que tocam guitarra clássica e de vez em quando fazemos serões temáticos.

- No final de contas, que idade tens?

- Vinte e cinco e estudo piano no conservatório. Todos os meus amigos são da lá.

 

Com esta conversa toda fiquei a saber toda a sua história de vida, seus gostos e experiências.

Já estávamos a entrar no dia seguinte, pois já passava da meia-noite.

Já tínhamos bebido uns copos e como o Portas Largas já se encontrava super cheio e com um ambiente bastante pesado, resolvemos pagar. – Cada um pagou a sua conta e fomos para a rua.

 A primeira coisa que fizemos, foi fumar um maldito cigarro. Comparando o ar da noite com o ambiente de onde tínhamos saído, foi um alívio. A Noite estava fresca e notei que o Jorge se encolhia, talvez de frio e tentei despedir-me, dando-lhe um cartão pessoal, convidando-o a telefonar-me para outra converseta, em outra noite.

- E se fossemos a minha casa ouvir um pouco de música! - Atirou ele.

Como já estava, não toldado pelo álcool, mas já com uns copos no buxo e sem vontade de aquela hora meter-me no IC 19 para casa embora colocando algumas reticências, aceitei o convite.

V Capitulo

 

A casa do dito era mesmo ali numa transversal da rua da Atalaia num terceiro andar último do prédio que da varanda se vislumbrava o casario do bairro e a movimentação das ruas, cobertas por algum nevoeiro e o contra-luz dos candeeiros do antigamente.

A sala era uma salinha mobilada mesmo a antiga, com um aparador, uma mesa de refeições redonda, uma estante com livros antigos, dois sofás de pele e uma mesinha tipo Camila onde sobre ela descansavam algumas fotografias.

João indicou-me a casa de banho se precisa-se e depois de termos estado um pouco na varanda, rodeada de flores com uma conversa de circunstancia,

- Agora vou mostrar-te o meu quarto que está diferente do resto da casa.

Efectivamente, este nada tinha a ver com o resto da decoração.

Uma cama larga muito rente ao chão, duas colunas de som substituindo as mesinhas de cabeceira. Uma pequena secretária, e a um canto, o computador e um pequeno piano electrónico. Na parede encimada uma prateleira a toda a largura onde constavam CDs e livros.

- É aqui que estudo, tento fazer alguma música e quando me apetece ouvir música a sério, atiro-me para cima da cama e delicio-me a ouver concertos a meu gosto. Queres ver como é?

Despiu a camisa e ficando em tronco nu, atirou-se para a cama. Depois com um comando, na parede em frente desceu um ecrã e começou a passar em concerto de André Rien

- Queres ver daqui? È melhor que ir ao cinema.

Não estive com meias medidas, tirei a camisa e deitei-me ao lado dele.

De facto, aquilo era outra coisa. O ecrã teria ai dois por um e meio. O som saia de frente e das colunas (mesas de cabeceira) dos lados da cama. Estava a começar o tema My Way pela orquestra de Andre Rieu com um solo de violino pelo mesmo.

Fabuloso! De facto era melhor que estar no cinema.

- Gostas? – Perguntou ele.

- Se gosto? My Way é a minha vida e esta interpretação do André é qualquer coisa que me faz vibrar. Este tema é retirado do concerto que ele deu no Radio City Hall em New York em 2007. Por acaso até tenho o DVD, mas nunca o vim assim num ecrã tão grande.

- Gostavas de ver aqui?

- Adorava, se não te der muito trabalho.

- Qual quê! É para já.

João levantou-se e foi até ao leitor de CDs. Trocou de DVD, depois, foi buscar dois copos e uma garrafa de vinho branco fresquinho ao mesmo tempo que dizia: - Com este tipo de música merece um copinho fresquinho.

Deu-me um copo que encheu, depois o seu e deitou-se novamente a meu lado. As luzes do quarto apagaram-se e começou a passar o concerto.

http://www.youtube.com/watch?v=qk3-cJCDQ0c

O quarto estava quente e de vez em quando ia bebericando um pouco daquele vinho que até nem era mau. Continuava-mos em tronco nu e pelo canto do olho olhava o corpo do João. Musculado e bem delineado. Estava com uma vontade tremenda de me atirar a ele mas quando vinha essa vontade lembrava-me dos ditos homofóbicos que tinha ouvido no café e o nunca mais termos falado sobre o assunto, mas também me vinha à memória o que se tinha passado na casa de banho do café, então ficava numa de ataco ou não ataco. Aquela situação estava a ficar estranha e voltava a pensar: - Como é possível encontrar-me naquela situação com um tipo homofóbico? – Das duas uma, ou era maluco ou era Bixa e ainda não tinha descoberto.

Já me começava a sentir mal e a remexer-me. Ele sentiu e perguntou:

- Então estás a gostar?

- Estou! Isto visto assim é outra coisa. É assim que vês os concertos e as óperas com os teu amigos?

- Não! Nem penses! Até eram capazes de pensar outras coisas. Contigo é diferente!

- Comigo é diferente porquê?

- Não sei! Talvez por seres mais velho, com mais experiência de vida e entenderes-me de outra forma.

Sem dar por isso, meu corpo estremeceu um pouco. Não tinha nada a ver com o assunto, talvez porque continuava de tronco nu e descalço.

Ele notou e perguntou se estava com frio.

- Um pouco. - Respondi.

Nas calmas baixou-se e puxou a manta que estava aos pés da cama e tapou-nos.

A coisa aqui começou a ficar preta. Maluco ou Bixa ainda por se descobrir, eu tinha de comer aquele gajo.

Passado um pouco já o concerto ia no meio, comecei como se faz com a nossa mulher quando ele se vira para o lado e começamos a dar-lhe sinais com os pés, que queremos foder.

Ele nada disse, mas acusou o toque, olhou para mim com ar insistente.

Não estive com meias medidas mesmo por baixo do edredão, passei uma perna para cima das dele, virando-me um pouco e com a ponta dos dedos fui percorrendo seu corpo calmamente desde os seios até ao inicio das calças. Ele nada disse a não ser: - Tens as mãos quentes!

Estava dado o sinal que dali para frente a batalha ia começar.

Meti a mão por dentro das calças dele e fui encontrar o papagaio ainda murcho. Agarrei-o e começou a ter vida.

Com a outra mão segurei os seus queixos colocando sua boca contra a minha. E nos beijamos.

Ele aceitou de forma esfusiante e eu doidamente, meti língua e tudo.

 

Romantismo entre homens

Estava dado o sinal. Dali para a frente seria mais um pouco de paciência.

Ele não queria deixar meus lábios e retribuía o beijo freneticamente, em contrapartida sentia o seu pirilau aumentar de volume. Afinal não era assim tão pequeno como ele tinha a mania que era.

Como o pirilau dele estava a aumentar tirei-lhe o sinto e coloquei-o cá para fora. O meu, esperto e já habituado a estas coisas bastou tirar o botão da carcela das minhas calças e descer o fecho éclair e saltou logo cá para fora todo lampeiro.

Encostaram-se os dois e começaram a gladiar-se como dois combatentes em guerras antigas que eram feitas de homem a homem.

Foi fácil descermos nossas calças até ficarmos completamente nus. Olhei bem para aquele pirilau de cabecita rosada e brilhante. Peguei numa das suas mãos e levei-a até ao meu pau que começou a segura-lo sem muita segurança. Segurei-lhe nos dedos de forma a apertar mais o meu pau ajudando-o a manuseá-lo em forma de masturbação, não desistiu e continuou, enquanto o fui beijando desde a boca até ao dele que o meti na boca. Primeira lambendo aquele prepúcio que estava há minha espera até começar a foder aquele palito gostoso.

O rapaz estava louco contorcendo-se de prazer e eu estava ganhando passo a passo a minha batalha. De repente senti em minha boca um esguicho viscoso e com sabor leitoso e virgem. Pela minha parte aguentei-me bravamente pois não queria desperdiçar os meus filhotes assim sem mais nem menos no seu corpo mas dentro dele.

Virei-o e começando a lamber as suas costas depositando nelas os restos do seu sémen apontei bravamente o meu pénis naquele buraquinho que a pouco e pouco e puxando sua cintura contra mim lá fui pacientemente penetrando-o e de vagar devagarinho até que entrou todo até minhas bolas bateres nas suas nádegas. Ambos nos movimentamos numa foda gostosa. Ele gemeu um pouco mas quando o comecei a masturbar, tudo parou até de repente os meus cavaleiros esguicharam dentro dele como uma tropa sedenta de ganhar a batalha à procura de um óvulo que nunca iria encontrar.

Estávamos derreados e deitamo-nos de lado peito a peito ao mesmo tempo que nos beijamos novamente.

O concerto do Andre Rieu tinha acabado, foram quase duas horas de prazer musical e de sexo.

Com ar de sacaninha o João abriu os olhos, fixou-os nos meus e perguntou:

- Queres ouvir outro concerto?

- Não me digas que queres outra cena já a seguir? Pelos menos vamos aguardar mais uma horita.

- Sabes uma coisa?

- O que é?

- Nunca mais na vida vou gozar com os homossexuais.

- Então porquê? Disse com um sorriso nos lábios e voltando a beija-lo.

- É melhor não falar disso. Esta noite fui castigado.

- Mas não gostas-te?

- Gostei! Mas já agora gostava de experimentar ao contrário.

- Por agora esquece. São quatro da manhã e o melhor é dormirmos um pouco. Amanhã logo se vê.

Para o deixar adormecer com aquela ideia, colocámo-nos de conchinha, ficando ele traz de mim de forma em que o pirilau dele ficasse junto do meu rego e adormecemos.

dormindo de conchinha

De manhã cumpri com a promessa que durou mais uma hora, mas não vou contar como foi.

Já lá vai uma semana e todos os dias me telefona para ir lá a casa. Eu vou lá voltar, não só porque arranjei ali um novo namorado lindo, como fiz de um homofóbico um flex adorável e quero que fique por enquanto, só para mim.

 

Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência. O geral ultrapassa a ficção.

As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.

 

 

           Nelson Camacho

   “Contos ao sabor da imaginação”

            de Nelson Camacho

        Para maiores de 18 anos

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