Volta à Escola sim! mas sem preconceitos
Como já disse em outros textos nos meus blogues, estamos na época da rentrêe e como não podia deixava de ser, também os adolescentes chamados de malta, rapaziada, putos, garinas e outros epítetos que classificam a nova juventude, aí vão eles para uma nova vida, “A Escola”.
É na escola que se começa a definir o que vai ser o jovem. Engenheiro, doutor, arquitecto, advogado. Um simples empregado de limpezas, mecânico, trolha, homem macho, afeminado, preconceituoso, gay, rico ou pobre.
Uns dizem que esta nova juventude que vai desabrochar para a vida, serão os homens de amanhã, outros dizem que é uma juventude rasca e outros ainda, que é uma juventude complicada mas perfeitinha para o nosso tempo.
É durante este tempo de escolaridade com tantas descobertas, que são definidos alguns dos aspectos mais importantes de vida de cada um, entre eles está a sua sexualidade.
O mais normal é a certa altura, começarem a pensar no assunto. O maior problema é quando os colegas começarem a questionar algo tão pessoal. A sua sexualidade.
Todos tivemos e eles também vão ter esse problema tão polémico e delicado que é o pré-conceito das pessoas que tiram conclusões bastante precipitadas. E quem nunca teve um problema destes de qualquer das partes, que atire a primeira pedra.
Você que se vai abraçar a um colega que se tornou seu amiga verdadeiro com quem desabafa os quês e porquês da vida.
Você que vai vestir-se de maneira menos convencional.
Você que gosta do seu corpo, faz ginásio e se veste como um metrossexul.
Você que vai dar mais preferência aos amigos do mesmo sexo porque é com eles que a sua masculinidade impera e as pequenas bebedeiras acontecem assim como a descoberta sexual em jogos de masturbação.
Você que é chamado “o menino da mamã”, muito delicadinho, encosta-se ao seu canto, não tem amigos e pouco fala, até nas aulas é o “meninos delico-doces”.
Você que contrariamente ao que aqui fica explanado é atiradiço às miúdas e sempre pronto a entrar numa briga com outros rapazes.
Você se está enquadrado num destes itens, meu amigo, você está sujeito a começar a ouvir comentários extremamente discriminatórios como “E pá tu vives em outro mundo”, “Mas tu és bicha ou quê?”, “Não fazes parte dos nossos”, “ Vai mas é curar-te”, “Se não gostas da fruta eu tenho uma p’ra ti”.
Você para passar por cima de todos estes ditos, mexericos e comentários, nada mais tem que não ligar, não pode dar importância. Entenda que a maioria das pessoas vive de acordo com um padrão de coisas que se pode ou não fazer mas é assim que encontram a sua felicidade.
Não ligue porque eles é que são diferentes, pois não aceitam a diferença e até por vezes tem raiva de não pertencerem a outros grupos só porque lhes falta a coragem de serem diferentes.
Você não pode mudar o nível de consciência das pessoas. Não se pode levar a sério esse tipo de atitudes pois vivemos uma sociedade estereotipada.
Se de todo em todo não conseguir dar conta do recado tem duas opções:
a) Se a sua família é uma família estruturada e aberta para todas as conversas, procure uma altura em que estejam todos juntos e desabafe aquilo que lhe vai na alma.
b) Se a sua família é uma família desestruturada, a situação complica-se, mas a solução não fica por aqui. Procure conversar com o seu médico de família e solicite-lhe que o encaminhe para um psicólogo.
Quanto ao conversar sobre o assunto com um professor, nem sempre é o mais indicado, por razões óbvias e que não vêm a propósito neste meu desabafo.
Porque quero com este post mostrar aos jovens que me lêem, algo que vão encontrar nos primeiros tempos de vida escolar que é o “Pré-Conceito” aqui fica um outro texto que deve ser lido e relido do meu amigo Francirley Rodrigues e espero que desta vez não chore.
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Nelson
Acabei de achar sem querer o meu texto no teu blog, confesso que quase
chorei de emoção.
Obrigado, mil vezes
Francirley Rodrigues
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Um grande abraço a todos e aqui fica o tal texto do Francisley Rodrigues.
Nelson Camacho
Preconceito
“Dentre as muitas crises existenciais que assombram meus pensamentos, uma em particular me leva horas de indignação: o preconceito. (Escrevi tudo com letras minúsculas, pois acho que apesar de frequente, não merece nenhum destaque).
É controversa uma sociedade que se auto intitula moderna e possuir defeitos tão antigos. Muitos deveriam sequer ter existido, quiçá permanecerem por tantos séculos, mesmo que encubados.
Ter preconceito para quê? Por quê?
Já presenciei e li tantas coisas sobre os mais diversos tipos de preconceitos, não consigo realmente entender o que o leva a permanecer por tanto tempo em nosso meio, seria intolerância, impaciência e soberba? Talvez seja pura ignorância em uma espécie de herança negra.
Penso ser isso analisando a própria palavra preconceito, que é formada por PRÉ + CONCEITO, ou seja um conceito pré concebido e de acordo com o dicionário: "Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados". Horas depois cheguei à seguinte conclusão: todos os preconceitos não são nossos, são do nosso passado, coisas que outras pessoas tinham e foram passando para seus descendentes, e cá estamos carregados deles. Conclui ao pensar que toda a criança não possui nenhum pré-conceito de nada, e vai adquirindo com todo o (des) conhecimento que pode absorver.
Ora, ora, como uma criança pode ter preconceito racial? Pode se sentir superior a outras crianças? Nenhuma criança instintivamente sente isso, são coisas próprias dos adultos, que erroneamente são absorvidas pelas infelizes crianças preconceituosas.
Esta semana enquanto cantarolando ia para a faculdade, ouvi um garoto dizer que espancaria o seu filho, caso este viesse a se tornar homossexual. E o mais chocante: a menina que o acompanhava simplesmente riu. Bater somente porque por opção, ou predestinação, o seu filho se tornou homossexual? Não deveria essa pessoa que encabeça uma família dar total apoio ou simplesmente respeitar a individualidade do seu filho?
Que óptimo exemplo este pai dará ao seus filhos, o de total intolerância.
Se ele não gosta de homossexuais, é uma escolha dele. Mas será que ele passaria a odiar o seu filho por causa dessa opção? E onde fica a figura de um pai-herói, que sempre apoia, defende e mostra acima de tudo como deve se comportar uma pessoa de carácter limpo e honesto?
E o preconceito racial? Impedir que duas crianças de raças diferentes deixem de brincar, ou se comunicar por puro preconceito, isso é revoltante.
Se o pretexto for de protecção, impeça então que essa criança tenha acesso a um preconceito tão babaca, e ensine os verdadeiros valores para que venha se tornar uma pessoa íntegra.
Ainda existe o preconceito religioso, que francamente é sem lógica. Deus quer acima de tudo fazer deste mundo, um local mais harmonioso e foi o primeiro a acolher os rejeitados e imundos. Somando acima de tudo o amor ao próximo, e isso é o mais importante.
Estamos trocando os valores que devemos passar para as próximas gerações, ao invés de mostrarmos o errado e o certo, e deixar que sempre tenham suas opções, vamos impondo nossas 'verdades' e desrespeitando a individualidade. Afinal de contas, defeitos todos temos, mas no fundo somos todos iguais. Brancos, negros, gays, lésbicas, católicos, evangélicos... a essência do ser é a mesma, independente da bandeira que levanta.
Não podemos e nem devemos gostar de tudo, afinal isto é impossível, mas devemos respeitar tudo e todos.
Depois de nos tornarmos mais tolerantes e menos ignorantes, seguiremos naturalmente rumo a uma sociedade moderna.”
(Francirley Rodrigues)
Mais um abraço a todos
Nelson Camacho D’Magoito
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