Diogo Oliveira, aluno da Academia de Dança de Matosinhos, como bailarino clássico ganha bolsa na Bolshoi de Nova Iorque
O nome de Diogo Oliveira é mais um jovem talento que irá abandonar o nosso país mas será um nome reconhecido internacionalmente dentro de poucos anos.
Diogo Oliveira um jovem de Matosinhos que um dia os tios, professores de dança clássica na Academia de Dança de Matosinhos o levaram a assistir a uma aula. Tinha na altura dez anos e nunca lhe tinha passado pela cabeça vir a experimentar aquele tipo de dança. Experimentou e logo os tios, Alexandre Oliveira, Diana Amaral e Sílvia Boga e outros professores verificaram haver naquele puto uma tendência natural para aquela arte. Passaram-se alguns meses e num concurso internacional, consegui a atenção especial dos jurados.
Diogo Oliveira actualmente tem todo o seu tempo ocupado entre a escola Clara de Resende, na Boavista onde está no 8.º ano e a Academia de dança em Matosinhos. Sábados, domingos e feriados, são ocupados entre a escola S 2/3 e a Academia de dança onde treina quatro horas por dia.
Não tem chaufer particular ou de família e todo o dia é uma lufa-lufa em transportes público mas a sua paixão pela dança clássica é tal que segundo diz: “vale a pena os sacrifícios de agora para que amanhã seja grande”.
Nestes últimos meses tem actuado em vários espectáculos de dança levando-o um deles agora com treze anos de idade ao Festival internacional de estudantes de ballet do mundo, o Youth América Grand Prix. A sua actuação a solo nas meias-finais valeu-lhe a passagem à finalíssima em Nova Iorque. Por ter sido notado o seu valor como futuro bailarino por todos os elementos do júri, acabou por ganhar uma bolsa de estudo para o Bolshoi dos UEA.
É aqui que a porca troce o rabo.
A bolsa consta somente da inscrição e propinas que se pagam para entrar na Academia de Bolshoi.
Para as despesas de ida e volta e estadia deste jovem bailarino, acompanhado, derivado à sua idade por um dos seus professores, tanto para a participação nos finais do YAGP em Nova Iorque, como para ingressar na Academia de Bolshoi onde vai fazer o curso intensivo de verão, são necessários pelo menos 10.000 Euros que os pais não têm.
Este jovem estrela já tem no seu currículo vários prémios.
2009. Dezembro: Primeira apresentação em público em o “Quebra-nozes”
2011 – Diogo estreia-se nas competições internacionais em Faro. No concurso internacional dançarte. Com a sua prestação em uma dança clássica e uma russa, arrecadou uma medalha de ouro.
Na categoria de dueto com Inês Figueiredo, ganhou a segunda medalha de ouro, com a performance de uma dança clássica e de uma nacional espanhola.
E agora? O que é que vai acontecer a este jovem promissor na arte da dança clássica?
O seu sonho vai realizar-se?
Os pais não têm condições económicas para aceitar esta bolsa. Procuram apoios mas está a ser difícil. Ao que consta a Câmara Municipal de Matosinhos já se prontificou em apoiar a ida de Diogo aos EUA dentro das suas possibilidades, mas como é lógico não o pode patrocinar na totalidade.
Este menino já apresentou as suas habilidades e sua história na televisão.
Já foi notícia na impressa escrita.
Ao que parece os senhores governantes deste país como é hábito nestas coisas, tem ouvidos de mercador.
O ballet é uma arte maior que obriga os seus praticantes a grandes sacrifícios para manter as formas do seu corpo como a resistência física – maior que um futebolista – dietas reguladas e preparação mental e psicológica.
E o Ministério da Cultura? Está cego?
Os clubes de futebol que gastam milhões em jogadores, não têm um pouco de altruísmo patrocinando este jovem?
E o Teatro Nacional de São Carlos que um dia receberá de braços abertos este jovem nos seus espectáculos de ballet?
E a fundação Caloust Gulbenkia? Também está cega?
Se fosse eu! Quando estivesse integrado numa companhia de ballet mundial como primeiro bailarino, mudava o meu BI para o país que me ajuda-se e fechava as portas a estes senhores que nada nos dão e só tiram.
Tivesse eu os milhares desses senhores, seria o primeiro a patrocinar este primeiro estudante de ballet português a receber tal reconhecimento.
Infelizmente em Portugal é assim, primeiro vamos ser reconhecidos lá fora e depois se tivermos sorte no nosso país então sim, somos reconhecidos. Já estamos habituados, mas eles é que são parvos.
Mais uma vez, aqui fica dito o que me apetece com a raiva a que me obrigam ter.
Já agora aqui fica uma entrevista dada à RTP1
Um abraço a todos os que passam por aqui e portem-se bem se poderem.
Nelson Camacho D’Magoito
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