Sábado, 20 de Julho de 2013

Confissão de um Gay cota - II Parte

Quando as lembranças chegam - Nelson Camacho

II Capitulo - (ver I Parte)

Quando perdi os três

 

     Naquele dia a conversa ficou por ali. Meus pais saíram e eu voltei para o meu quarto com o tal rapaz de t-shirt verde na mona.

     Deitei-me mesmo por cima da coberta e por ali estava absorto com meus pensamentos quando minha mãe que afinal de contas ainda não tinha saído, mais uma vez irrompeu quarto a dentro informando que estavam ali uns tipos do IKEA com algum mobiliário que tinha encomendado para o sótão.

     Eram umas estantes, um bar um sofá grande e três maples e mais uma pequenas mesas de apoio. Queria fazer daquele espaço um espaço de convívio para os meus amigos. Era gente simpática. E não fiz nada. Eles montaram tudo segundo as minhas indicações. Mal acabaram, ouvi a campainha da porta tocar vária vez. Queria dizer que não estava qualquer pessoa em casa. Desci as escadas acompanhando os empregados que já estavam de saída, dei-lhes a gorjeta da praxe e quando abri a porta, era um moço da worten para entregar o plasma e o leitor de CDs que tinha comprado naquela empresa.

 

        - Se não se importa, indica-me o caminho a ajuda-me com estas encomendas, pois como já vim fora do meu horário, vim só e trouxe tudo no meu carro.

 

     Quem pedia aquela ajuda e quem trazia a encomenda era um moço aí para a minha idade, de cabelos um pouco compridos louros, olhos azuis e de uma compleição física bastante aconselhável a qualquer jovem, denotando-se uma estrutura atlética através da t-shirt muito apertada.

     Parecia um actor de cinema americano. Nos primeiros segundos, fiquei paralisado. Não sabia se havia de agarrar nas encomendas se a ele!

     Nunca me tinha acontecido tal e só despertei quando ele disse:

 

        - O melhor é levar o DVD que é mais leve.

        - Sim!... Pois!... E você pode com o plasma?

        - Podemos desencaixotar tudo, pois as caixas já não servem! Sempre fica tudo mais leve e também não sujamos a casa.

        - Boa ideia! Disse eu saindo daquela letargia repentina.

 

     Abrimos as caixas que deixamos no quintal e indiquei-lhe o caminho escada a cima até ao sótão.

 

        - O meu amigo comprou logo tudo de atacado!

        - É verdade! Comprei umas coisas num dia e outras no outro e ganhei assim os 20% em cartão.

        - Você sabe fazer compras! Nem toda a gente sabe como aproveitar estas benesses da empresa.

        - Hoje estou num dia de sorte! Acabaram de entregar parte do mobiliário da IKEA que também aproveitei o desconto que eles dão a quem tem o Cartão FAMILY.

 

     Entretanto já tínhamos chegado ao meu espaço de lazer.

 

        - Isto está a ficar giro!

        - Ainda falta muita coisa! As bebidas para o bar, os copos e um mini frigorífico para não andar sempre escada abaixo escada a cima.

        - Nós também temos uns frigoríficos pequenos que se adaptam para aqui. Já tenho o seu telefone e posso dar-lhe uma apitadela quando houver um jeitoso e em promoção.

 

     Aquela oferta viria a ser necessária mais tarde.

 

        - Pois agradeço. Nesta altura já entrei em muitas despesas e os meus pais já começam a seringar-me os ouvidos. Agora o problema é fixar o plasma na parede que não tenho jeito algum para obras.

        - Lá por causa disso se tiver por aí algumas ferramentas, não me custa nada. Estou na minha hora e faço o que quiser.

 

     São sei bem porquê mas aquela do “faço o que quiser” enquanto olhava para mim com um ar que não percebi bem, tirou-me do sério.

 

        - Na garagem o meu pai tem algumas ferramentas. Ele é que é o trabalhador cá da casa.

 

       Posta toda esta conversa, fui com o Jorge até à garagem e ele escolheu o necessário.

      Enquanto ele desmontava e montava a aparelhagem e esburacava a parede para fixar o plasma, eu desci até à cozinha e preparei uma bandeja com dois copos uma garrafa de vinho branco fresquinho Reserva de Reguengos.

 

 

Um empregado cumpridor

     Quando entramos no sótão com as ferramentas o Jorge já tinha pedido se podia ficar à vontade, pois não dava jeito trabalhar assim.

 

     Ao entrar com a bandeja e vi o Jorge de tronco nu e de boxers e de berbequim na mão furando a parede, embora de sapatos! Ia deixando cair o que trazia entre mãos. Porra! Aquele gajo não só era lindo como atrevido. Perante tal cenário por segundos a minha mente voou para um filme de guerra em que o actor principal de metralhadora em punho mata toda a gente. Voou mais longe e já o via a matar-me não com a metralhadora ou o berbequim mas com algo que não entendia.

 

     Ele notou a minha entrada e hesitante:

 

        - Desculpe mas faz um calor dos diabos

        - Não!.. Não! Faz mal algum, esteja á vontade! É para comprar um climatizador, mas ainda não calhou.

        - Tenha calma que tudo na vida tem o seu tempo. O pior é se os seus pais sobem e me vêm assim!

        - Não há problemas! Primeiro não estão em casa, segundo este espaço é só meu e ficou deliberado eles não entrarem na minha zona de conforto, a não ser que sejam convidados.

        - Quer dizer. Neste seu espaço você está completamente à vontade?

        - É isso mesmo. Eles puxam da nota e eu gozo.

        - E já tem gozado muito?

        - Pelo menos nos meus castelos feitos nas nuvens, mas também só agora fica em condições de fazer as minhas festas.

        - Já agora como trabalhador posso ser convidado para a inauguração?

        - Já trouxe um vinho fresquinho e uns aperitivos para quando acabar o trabalho. Não gosta?

        - Certamente que vou gostar!

 

     Entretanto o LCD ficou fixo e as ligações ao resto da aparelhagem ficou feita e para a experiencia do som o Jorge tinha levado um DVD musical que colocou a tocar.

     Encaminhando-se para o sofá ao mesmo tempo que segurava nos copos onde verteu o néctar de Reguengos, dando-me uma mim lá caminhou até aquele sofá vermelho onde nunca alguém se tinha sentado.

 

     Os meus olhos estavam esbugalhados com aquela cena que parecia ter sido tirada de um filme.

 

     Sentou-se, carregou no Play do comando e começou a dar um filme do ballet “A Dança das Valquírias”

 

        - Vamos ver como está o som e a imagem? – Ao mesmo tempo que com a mão batia no lugar vago ao lado do seu.

 

Afinal de contas parecia que era ele o dono da casa. Mas sentei-me.

 

        - Tá a ver como só nos dois pode-mos fazer a inauguração deste seu espaço? Uma boa imagem no LCD, um bom Som na aparelhagem, um bom copo de vinho e uma boa companhia?

 

     Quase a tremer não sabia bem porquê respondi:

 

        - Quer dizer que a boa companhia é você?

        - E porque não? Servi de transportador de mercadorias, de técnico de som e de instalador porque não de inaugurador?

 

Nelson Camacho e o Jorge numa primeira experiência

     Jorge ao terminar a frase, com a mão disponível bateu duas vezes na minha perna. Senti um estremeção corpo acima e inadvertidamente olhando para os boxers dele notei um enchumaço o que queria dizer que o pénis dele se estava levantando.

 

     Esta a acontecer algo de estranho na minha mente.

 

     Sabia que desde muito novo sempre tive uma certa predilecção por rapazes. Agora que tinha feito os meus vinte anos, pela primeira vez tinha olhado mais a sério com aquele novo colega da Universidade que não me saia da mona, de qualquer das formas, nunca tinha estado tão perto de um rapaz como naquele momento no sofá de minha casa. Nem uma punheta em conjunto com os meus colegas de escola e no ginásio como eram hábito entre eles. Sempre tive medo de demonstrar a minha tendência pois não sabia bem se eram ou não.

 

     Jorge voltou ao ataque:

 

        - Vai mais um copo? O meu já está vazio!

 

    Acabei de encher-lhe o copo, assim como o meu. Quando isto aconteceu e porque a garrafa estava numa mesinha ao lado do sofá ma do lado do Jorge, tive de me debruçar sobre ele. Todo o meu corpo tremeu pois naquele movimento o meu estômago foi colocar-se em cima do pirilau do Jorge que à partida não era um pirilau qualquer. Estava rijo como nunca tinha visto outro.

 

     Jorge notou a minha atrapalhação e só perguntou:

 

        - Queres agarrar?

        - E vou ser só eu? Foi o que me veio à mente responder.

        - Queres que seja eu o primeiro?

 

      Se bem perguntou mais rápido foi na atitude. Como estava de calções não lhe foi difícil meter a mão e agarrar no meu pénis coitado ali caído para o alado como se nada fosse com ele.

 

        - Tá murcho pá! Nunca te bateram uma punheta? Nem uma gaja? Ou não gostas?

        - Nunca tive uma experiencia destas!

        - Nem com raparigas?

        - Não! Nem com raparigas!

        - Tu não me digas que és virgem?

        - Se isso é o nunca ter tido qualquer experiencia sexual, é verdade.

        - E não te importas se continuarmos?

        - Sempre tive esse desejo mas nunca foi confirmado.

        - Mas era com rapazes ou com raparigas?

        - Mais com rapazes, mas tinha vergonha até de mim mesmo.

        - Pois fazes mal. Eu também tenho vinte anos e não perco uma boa foda. Se calha com uma galinha, calha se calha com o gajo é melhor.

        - Quer dizer que fazes sexo com os dois lados?

        - Faço sexo de toda a maneira e feitio. Não é por gostarmos de homens e mulheres e somos menos homens dos que gostam só de mulheres. Tenho um amigo que vai comigo para a cama e é casado e tem filhos. Sabes, as pessoas normalmente por esta ou outra razão não são o que parecem ser.

        - E como ele fode contigo? – perguntei estupidamente –

        - Achas que isso interessa? Só na classe das bichas é que há o estigma do homem e da mulher ou seja um á activo e o outro passivo. Na nossa classe de gays bissexuais não existe esse complexo de quem come quem, normalmente fazemos ambos o mesmo por isso as relações são mais douradoras no tempo e na forma.

 

      Enquanto estava a levar a minha primeira lição de vida sobre a sexualidade. Jorge com muito jeito não largava o meu pirilau, não o masturbando mas apertando-o suavemente por várias vezes, até que começou a despontar.

 

     Então algo de estranho aconteceu!..

 

     Desabotoou os meus calções, baixou a braguilha e ele lampeiro saiu cá para fora, mas ainda nem murcho nem hirto.

 

Suck-sexo oral entre boys

     Jorge acabou por me tirar os calções e fiquei nu. Abriu-me as pernas e ajoelhando-se entre elas, pegou no copo de vinho, deitou um pouco no meu pirilau que metendo-o na boca, começou a sugar.

 

     Eu estava louco. O meu pirilau deixou de ser uma coisa sem importância e despertou para a vida transformando-se dentro daquela boca gostosa e algo que nunca tinha imaginado. Se quilo era o sexo entre dois gajos, porra, nunca mais queria outra coisa. Despertei quando ele lá de baixo deixou de mamar e olhando para mim com aqueles olhos azuis brilhantes perguntou:

 

        - Está a gostar?

        - Gostar é pouco. Nunca tinha pensado que fosse tão bom!

        - Pois! Eu também gosto que me façam.

 

     Naquele momento eu não entendi mas rapidamente vim a perceber quando ele me segurou pela cintura, me deitou no sofá e veio-se deitar a meu lado mas ao contrário. Estávamos totalmente nus e em vez de ficarmos olhos nos olhos, ficamos olhos nos pirilaus. Ele foi o primeiro novamente a abocanhar, depois segurou minha cabeça até ao dele. Foi só abrir a boca e aquele mangão grosso e grande entrar minha boca dentro que chupei fervorosamente.

kama sutra homo em sexo oral

Foi assim que pela primeira vez tive sexo com um rapaz da minha idade e gostei.

 

Fim da II Parte

 

Fique-se com Dois Amores de Marco Paulo

 

 

Segue»»» (ir para a II Parte)

 

        Nelson Camacho D’Magoito

       “Contos ao sabor da imaginação”

               de Nelson Camacho

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