Um mau serviço da RTP2
São cinco horas da manhã e acordei sobressaltado, pois veio-me à mente o programa que tinha visto à noite na RTP2.
Durante as poucas horas que estive no dorme não dorme os meus neurónios não me largaram com aquela péssima prestação de serviço público que a RTP2 nos ofereceu por volta da meia-noite e trinta com um documentário com o nome de “ City Folk (Genta da Cidade) onde durante meia hora estiveram a dar o pior dos maus exemplos que se pode dar à juventude deste país.
A história é simples, verdadeira e infelizmente ainda é o que se passa em determinada franja da nossa sociedade.
Um casal, que tem dois filhos:
- Um é estudioso, comporta-se na sociedade como qualquer cidadão da sua idade que procura, estabilidade para um futuro e porque não, uma mais valia para o seu país.
- Um outro que tem vinte e três anos e nada mais é que um vadio vivendo às custas dos pais, diz permanentemente que trabalhar é uma merda e não está sujeito a aturar patrões pois são todos uns sacanas e então dedica-se a passar os dias a fazer Skate por essa Lisboa, vai às compras nas lojas mais ins da capital, onde gasta uma pipa de massa permanentemente.
Nada tenho contra o rapazito que é uma desgraça, não só no seu aspecto, como no seu vocabulário ou o que quer fazer da sua vida. Tenho é pena dos pais que não o souberam criar e educar para que possa ser um homem de amanhã, (este é que faz mesmo parte da juventude rasca).
Já por aqui dei a minha opinião do que é ser ou não ser mãe e aqui está um exemplo de uma senhora e de um homem que não sabem ser pais.
Também nada tenho a ver com os pais do rapazola que com vinte e três anos, se dedica à vadiagem, diz que assim é que é bom, pois tem uma boa casa para viver, dinheiro para gastar e assim se pode dedicar ao seu desporto favorito. Tem um bom quarto, uma boa aparelhagem de som e vídeo e nada faz na vida para pagar tudo isso, pois os pais são cúmplices desta forma de estar na vida. Até em casa ande de skate.
Nada tenho a ver com a vida de cada um, mas quando entra nos meus bolsos, pois eu faço parte dos que sustentam a televisão do estado, aqui fico danado. Não gostei desta forma de apresentar a juventude dos nossos dias, pode ser um caso isolado, embora nós saibamos que não é, mas acho que não lhe deviam dar a visibilidade que não tem direito. É um mau exemplo para os nossos filhos.
Já nos basta, os filmes de assaltos, roubos e crimes, que nos dão a horas nobres. Já nos basta vermos permanentemente nos telejornais as desgraças do mundo, onde os nossos filhos tiram exemplos para a vida real. Já nos basta toda a violência propagada pela Internet. Pode dizer-se que são as novas tecnologias às quais não podemos fugir, que nos entra pela porta dentro com maus exemplos para a nova juventude e nem sempre podemos cortar o seu acesso aos nossos filhos, no entanto há sempre a nossa mão e saber para lhes mostrar o que está bem e o que está mal.
Eu sei que temos de viver e conviver com a violência do mundo, mas agora a nossa televisão, neste caso a RTP2, que devia estar mais dedicada a temas didácticos, estar a mostrar maus exemplos aos nossos filhos como se fosse a forma de viver mais natural do mundo, acho que não é digno de um canal público de televisão.
Se houverem mães e pais que não tenham mãos nos seus filhos, é natural que um dia apareça um filho a querer fazer o mesmo do puto do skate da televisão porque acha que assim é que é bom.
Felizmente que os meus filhos já passaram a idade destas ilusões, mas lembro-me que um dia um deles me apareceu em casa com o cabelo cortado à “tijela”, na altura era moda. No dia seguinte, fui com ele ao barbeiro e mandei cortar-lhe o cabelo à tropa. Ficou-lhe de emenda.
Aos pais deste rapazêlo, aconselho a terem mais mão nele, cortar-lhe as benesses e obrigá-lo a trabalhar, já teve a sua meia hora de fama na TV e já chega. (espero que não o aproveitem para os Morangos com açúcar. Acho que não porque era muito trabalho para ele).
Quanto à RTP2, gostava que revissem a sua programação, pois não é assim que se educa a nossa juventude.
Tenho dito e vou deitar-me feliz por ter dado o recado.
Nelson Camacho D’Magoito
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